Os ventos do autoritarismo agem por frestas, batem portas e janelas, arrancam lençóis nos varais, derrubam casas, torres, contorcem e distorcem estruturas, abalam construções e firmam-se como a última ordem válida a que se devem curvar todos.
Os ventos do autoritarismo começam sutis, como a brisa do fim do dia e embevecem desatentos, corações em desalento, ocupados em demasia, apressados se desesperam.
Os ventos do autoritarismo sopram em todos os lugares e vão ganhando força se não enfrentados.
Os ventos do autoritarismo rasgam mãos que trabalham, sangram corações de vela ideológica comum, cegam até os olhos mais dedicados e tornam insanos os lúcidos da terra.
Os ventos do autoritarismo estão varrendo a terra. Nunca deixaram (é verdade) ou deixarão a nossa história.
Nos levaremos por eles?
Como os enfrentaremos?
O que de nós restará ao cabo de seus ataques mais vorazes?
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