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sozinhos somos cinza, apenas.

'quando as ideias fazem sexo' é o título de um TED que vi a primeira vez já tem pra mais de uns cinco anos, eu acho.
não falarei dele, objetivamente, de novo. direi do que me aflora ao lembrá-lo. essa troca, mistura, conexão, interação de ideias, gostos, versões, perspectivas, visões, almas. essa diversidade intensa e vibrante do existir que dá sentido à vida.
pulso. vibro. sorrio. exulto. imagino coisas mirabolantes e esperanço em cores, formas e diversos sabores quando vislumbro o novo que as nossas conexões são capazes de gerar.
sozinhos somos cinza, apenas.
conectados por esse fio de cobre poderoso, a diversidade, nos fazemos vivos, múltiplos, inteligentes, ricos, fortes.

isso é tão poderoso.
talvez esteja aí a razão de tanta contrariedade a que nos façamos respeitosos. isso nos emancipa sem nos fazer independentes, antes apenas se mantém se interdependentes somos, o que não cultiva, almas escravas do eu.

torcendo para que nesses tempos de trevas, a escuridão nos desperte à perspectiva do sexo, profundo, verdadeiro, sincero, honesto de ideais, que gerem outras gentes, talvez até mesmo em nós, melhores que essas que hoje somos.

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