Se as pessoas não nos valerem ocupar nosso tempo, com seus dilemas e potenciais, problemas e soluções, implicações de razão e os trôpegos passos de quem tem pressa e por isso falha ou de quem é cuidadoso e falha nisso também, nenhum valor terá o discurso do realizar ao preço de ver sucumbir trajetórias, de não enxergar as gentes que do lado da gente sacrificam-se.
Porque o que vale são as pessoas.
Nenhuma conquista vale, se antes não vierem as pessoas.
Dar-se não vale nada, por nenhuma instituição, por melhores sejam no papel os seus valores, se não suarmos e não perdermos o sono e não nos aplicarmos pelas pessoas e às pessoas, seus dilemas, inclusive.
Hoje eu estou bem certa disso e este foi um aprendizado à base de 13 anos de entrega total e irrestrita à uma instituição. Não farei mais isso. De tudo o que já abandonei de mim nas estradas da existência, das poucas promessas que me fiz, me aplicarei a honrar esta: a instituição só vale se as pessoas valerem, porque as instituições virtuosas que corrigem as pessoas quando falham em suas virtudes, são antes construídas por pessoas virtuosas. É e deve ser, um ciclo de virtudes que se retroalimentam e se corrigem, aperfeiçoam.
A primeira virtude de uma instituição, representada obviamente nas pessoas que a fazem, é não coisificar pessoas, é considera-las do ponto de partida, na estrada seguida até a chegada proposta.
O que vale no final são as pessoas e elas não se teletransportam do início ao término da caminhada. Fantasmas não são. Elas dão passos, avançam, recuam, param, são um lidar de razões e emoções, até que finde a estrada.
Ou as pessoas valem ou não há valor na caminhada.
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