Porcos na Sala é um livro da prateleira gospel recheado de polêmicas, segundo consta. Em tempos - que ficaram para traz (graças a Deus), já tentaram me convencer, por diversas vezes, a lê-lo. Sem êxito. O fato é que, vez ou outra ,coisas acontecem na minha órbita existencial que me lembram de "porcos na sala". Não o livro, não sei do seu conteúdo, mas o que a expressão me significa.
Há muitas salas, por aí, às vezes as nossas ou aquelas que frequentamos sempre, cheias de porcos fuçando os cantos, espalhando seu odor, arranhando os pisos, fazendo cocô e urinando, deixando espalhados os restos de comida.
Porcos fedem. Ou, para mais educadinhos, cheiram mal.
Não tenho nada contra os bichinhos, apesar de comê-los de vez em quando (ainda). Mas eles, como é quase natural na nossa cultura cristã (e evangélica), nos levam a associação do imundo e é esse o sentido que tenho agora, saltando à mente, pulsando no peito, arrepiando os pelos, lacrimejando os olhos.
Quando morava no interior (lá em Barbacena do Maranhão), tivemos porcos no quintal de casa, e as crianças tinham por tarefa preparar e dar comida para eles, bem como limpar o chiqueiro. Claro que a gente odiava. Também já os vi sendo sacrificados e a sangria, bem, é tosca. Eles são sorrateiros e também, escandalosos. É um mistério.
Porcos na sala. Essa imagem está tão viva na minha mente agora, que consigo ouvir as patas arranhando o chão, o grunhido abafado, posso sentir o cheiro forte.
Há porcos na sala e estão se reproduzindo.
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