Há um TED do qual gosto de demais e sempre o recomendo, cujo título é algo como "QUANDO AS IDEIAS FAZEM SEXO" (https://youtu.be/-S5bHRacvu0), ele me desafia, sempre, a novas perspectivas quando estou diante de desafios acerca dos quais tenho alguma percepção de que não são apenas meus, muito embora me alcancem, em seus efeitos, diretamente. Lembro que a junção de ideias, pessoas, propósitos, missões é o que nos aperfeiçoa e nos conduz à luz, o que é absolutamente necessário nos tempos profundamente beligerante e intolerantes que vimemos.
O que nos acontece agora?
- Fazer sozinhos, qualquer coisas que seja, nesse novo mundo que diante de nós está, é simplesmente impossível (na verdade, nunca foi, mas já acreditamos que sim).
Um fundamento é nos reunirmos para pensar, juntos, sobre o que somos, no que nos tornarmos, os conceitos que nos algemaram ao caos existencial de quem nos tornamos propriedade e, juntos, também pensarmos em como darmos vida a este novo mundo.
Compartilho uma abordagem riquíssima de Edgar Morin, em que ele questiona como "a globalização uniu e isolou culturas, e aponta a reintegração dos saberes e a consciência das ambivalências da sociedade como vias de uma transformação".
Abaixo transcrevo um pequeno trecho e deixo o convite ao desafio de ouvir, pensar, discutir, dialogar sobre isso tudo que está diante de nós, nossas crises, que dizem respeito não a seres isolados, mas a todos.
Em que ponto a nossa fé cristã interage com isso tudo? Talvez essa questão também nos caiba, ou não (?)
"O século XX foi ameaçado por um polvo. O polvo do totalitarismo. De totalitarismo Facista, Nazista, Stalinista, Maioista. Este polvo do totalitarismo está morto.
A economia globalizada, a implosão do sistema soviético e abertura da China, do Vietnã e de outros países ao mercado e ao capitalismo permitiram o desenvolvimento de um outro polvo: o da especulação financeira. O polvo do capitalismo financeiro. Notem como ele já é poderoso, já que este capitalismo financeiro é mais poderoso que os Estados. Basta uma Agência de Rating baixar a nota de risco dos EUA para que se instaure o pânico nas Bolsas de Valores e os Estados, tremam por serem incapazes de regular e frear o que se torna uma crise generalizada.
Eis o mundo com novas ameaças. E como todos estes processos se aceleram e se agravam, a globalização é o pior deles, pois ela conduz a catástrofes. Mas ao mesmo tempo é o melhor deles por reunir pela primeira vez todos os seres humanos, de todos os continentes, sem que saibam, em um destino comum. Eles correm os mesmo riscos. Passam pelos mesmos problemas fundamentais. Pelos mesmos perigos ecológicos. Pelos mesmos perigos econômicos. Os mesmos perigosos das possibilidades de guerra.
Tudo isso cria condições para a formação de um novo mundo. Foi a missão dada aos jovens, por Zygmunt Bauman, quando ele disse: "cabe a vocês inventarem novas formas de democracia".
O problema agora é inventar uma sociedade em escala mundial que não siga o padrão dos Estados nacionais que não seja o tipo super Estado mundial que segue o padrão dos Estados Nacionais. Uma nova forma de organização política, da mesma forma que a democracia ateniense, que era uma democracia de pequena polis, de alguns cidadãos, transformou-se em uma democracia de Nações.
Atualmente há uma nova sociedade a ser criada. Talvez a internet tenha um papel nessa democracia. Portanto temos um problema absolutamente vital e fundamental, revelado ao mesmo tempo pela comunidade de destino mundial: talvez de criar um novo mundo. E comunidade de destino. Foi a mundialização que criou essa comunidade de destino. Temos uma comunidade de destino que devemos construir e pensar para o futuro. De onde surgirão dificuldades, claro, mas de onde surge também uma direção a seguir."
Parte 2: https://youtu.be/uZBK0gtfsrU
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