É assim, mais simples do que supomos, sem choro nem reza:
cada escolha uma sentença.
E nas escolhas ...
Os caminhos podem ser de pedras e causar feridas, e pelas veredas bem tortuosas, ainda é possível que nos rasguemos em espinhos. Mas há flores e luzes e águas também, às vezes até corredeiras que por breves tempos levam pra longe da gente o suor da caminhada, as lágrimas da tensa estrada e nos lavam o corpo e renovam a alma, dão-nos pele limpa, esperança, novo e bom cheiro, nova energia. E ainda nos falam, as águas, para seguirmos com o alerta de se para trás olharmos que seja apenas para nos lembrarmos "do que foi bom".
À beira dos caminhos há frutos danosos, venenosos que a fome nos precipita prová-los. Há o fruto, porém, da esperança, que corta o poder do veneno e alimenta ... a alma para que busque o pão para o corpo e seguimos.
Há trevas nos caminhos e nelas apenas se percebem o uivos apavorantes e no terror da noite escura, às vezes, não há proteção, só gritos desesperados por salvação. Mas, a noite dura um tempo e depois do tempo escuro sempre virá o tempo da luz para os que a desejam e por ela vemos tudo, ainda que feio, e aprendemos a construir novas trilhas ,todo dia, para os pés cansados, esperançando o jardim de delícias, a sombra e o frescor das águas cristalinas e as folhas que curam as nações, de árvores que dão frutos saborosos e que a todos igualmente alimentam.
A vida é assim ... deriva de escolhas!
E há estradas, largas ... aceleradas, convidando a que andemos a toda pressa, uma peça, uma corrida obstinada por chegar à frente, subir ao pódio, comemorar ... sozinho a vitória dos méritos pessoais. Parece belo, penso apenas nos ais finais.
Escolhas. A vida é assim, todo dia, da ciência do ser e mesmo aos que se perdem em apenas ter. Escolhas.
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