Era final de tarde, uma tarde daquelas em que a gente diz “uffa, é comer algo, tomar um banho, colocar os pés pra cima e relaxar”. Era. Mas, havia ali, muita gente. Gente cansada e faminta. Gente que não podia fazer nada por si.
“Onde compraremos comida para toda esta gente?”
A pergunta de mais de dois mil anos atrás venceu os limites da Galiléia e reverbera até nós, neste exato momento.
Sabe o incrível? As mesmas respostas continuam sendo dadas e elas giram em torno da negativa de condições na resolução de problemas como a fome – que poderia aqui representar a privação de direitos.
O Evangelho diz que o Cristo já sabia o que estava por fazer, mas colocou a questão para ver qual seria a resposta dada a ela por aqueles que se diziam seus discípulos.
A questão continua e a expectativa do Cristo também.
Já agora, ele aguarda resposta da Igreja frente também à fome, mas não apenas de uma refeição no meio de uma peregrinação – a que alcança no Brasil ainda, em 3,4 milhões de pessoas; ele aguarda resposta à violência que vitimou 56 mil pessoas só em 2013, sendo a maioria jovens; ele aguarda resposta quanto às cerca de 3,6 milhões crianças fora da escola e das 24 mil em situação de rua ou das 3,1 milhões crianças trabalhando quando deveriam receber proteção do Estado, da família, da sociedade e da Igreja. Sim, ele aguarda resposta frente à população de 711.463 mil pessoas encarceradas em prisões absolutamente degradantes; também aguarda resposta acerca das relações promíscuas construídas em torno da gestão da coisa pública e por fim, ele aguarda resposta quanto aos sete jardins que foram confiados a nós para que nos servissem de alimento e deles cuidássemos, quando alguns estão quase extintos. Isso apenas para resumir em linhas gerais, alguns pontos a partir dos quais estamos sendo observados.
Desde aqueles tempos e ainda hoje, há os que fingem não ver, há os que silenciam e há os que dizem ‘não temos condições de ajudar, o melhor é dispensar as multidões’.
Algumas dessas respostas se encaixam nos ensinamentos do Evangelho, que sintetizam o novo jeito de viver que a Luz veio mostrar ao mundo?
Naquele tempo e ao longo da História sempre houve aqueles que encontraram “cinco pães e dois peixes” e os trouxeram à comunidade, mesmo que reticentes e já observando “que é isso para tanta gente?”, E quanto a nossa resposta hoje?
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Publicado originalmente em: COLETIVAÇÃO
Curta e Acompanhe: https://www.facebook.com/sigacoletivacao
“Onde compraremos comida para toda esta gente?”
A pergunta de mais de dois mil anos atrás venceu os limites da Galiléia e reverbera até nós, neste exato momento.
Sabe o incrível? As mesmas respostas continuam sendo dadas e elas giram em torno da negativa de condições na resolução de problemas como a fome – que poderia aqui representar a privação de direitos.
O Evangelho diz que o Cristo já sabia o que estava por fazer, mas colocou a questão para ver qual seria a resposta dada a ela por aqueles que se diziam seus discípulos.
A questão continua e a expectativa do Cristo também.
Já agora, ele aguarda resposta da Igreja frente também à fome, mas não apenas de uma refeição no meio de uma peregrinação – a que alcança no Brasil ainda, em 3,4 milhões de pessoas; ele aguarda resposta à violência que vitimou 56 mil pessoas só em 2013, sendo a maioria jovens; ele aguarda resposta quanto às cerca de 3,6 milhões crianças fora da escola e das 24 mil em situação de rua ou das 3,1 milhões crianças trabalhando quando deveriam receber proteção do Estado, da família, da sociedade e da Igreja. Sim, ele aguarda resposta frente à população de 711.463 mil pessoas encarceradas em prisões absolutamente degradantes; também aguarda resposta acerca das relações promíscuas construídas em torno da gestão da coisa pública e por fim, ele aguarda resposta quanto aos sete jardins que foram confiados a nós para que nos servissem de alimento e deles cuidássemos, quando alguns estão quase extintos. Isso apenas para resumir em linhas gerais, alguns pontos a partir dos quais estamos sendo observados.
Desde aqueles tempos e ainda hoje, há os que fingem não ver, há os que silenciam e há os que dizem ‘não temos condições de ajudar, o melhor é dispensar as multidões’.
Algumas dessas respostas se encaixam nos ensinamentos do Evangelho, que sintetizam o novo jeito de viver que a Luz veio mostrar ao mundo?
Naquele tempo e ao longo da História sempre houve aqueles que encontraram “cinco pães e dois peixes” e os trouxeram à comunidade, mesmo que reticentes e já observando “que é isso para tanta gente?”, E quanto a nossa resposta hoje?
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