Uma das vantagens de trabalhar em casa é que você pode ganhar a liberdade - se tiver a cabeça livre pra isso, de começar a dar sentido a algumas pequenas coisas da vida a partir do inusitado.
A terça-feira começou assim, como ainda está: fria. A resolução do dia? Tomar café na padaria. Mas lá também estava um gelo, típico dos lugares fechados.
A terça-feira começou assim, como ainda está: fria. A resolução do dia? Tomar café na padaria. Mas lá também estava um gelo, típico dos lugares fechados.
E que tal um voltinha na quadra pra aproveitar o sol? Boa, mas não precisei ir muito longe.
Na casa da frente, um horta comunitária. Nada mirabolante. Não? Acho que sim. Nesse nosso mundo de muros, cercas, alarmes, câmeras de segura, pessoas taciturnas, é triste, eu acho, que uma plantinha, um cumprimento, um sorriso despretensioso de um estranho se torne algo mirabolante.
A verdade é que nos acostumamos a viver empoleirados nas nossas caixinhas de 40, 35, 20 e muitas vezes até 15 metros quadrados. Nos acostumamos à vida corrida em que o máximo de socialização é uma ida a um bar, ao shopping ou a academia - quando nesta, a preocupação e o ambiente é para a concentração na atividade física e aí, nos afastamos da necessidade de perceber o mundo, as pessoas, os pequenos detalhes que nos rodeiam, coisas simples que podem tornar nosso dia tão melhor, a começar por nos lembrar de que humanos que somos, precisamos manter vínculos com pessoas reais (absurdo ter que destacar isso), de carne e osso, olhar no olho, sentir as vibrações que uma interlocução, mesmo breve, pode provocar.
A verdade é que nos acostumamos a não criar vínculos com os lugares em que moramos, a não perceber que aquilo ali, também, deveria ser parte de nós. E aí, se não temos vinculos, pouco nos importa o lugar, seu estado, o que se faz ou deixa de fazer com ele. E porquê aquele lugar não nos importa, cuidar pra quê? Doar tempo para pensar em melhores soluções para os seus problemas, pra quê? Nem sabemos dos seus problemas!
Na casa da frente, um horta comunitária. Nada mirabolante. Não? Acho que sim. Nesse nosso mundo de muros, cercas, alarmes, câmeras de segura, pessoas taciturnas, é triste, eu acho, que uma plantinha, um cumprimento, um sorriso despretensioso de um estranho se torne algo mirabolante.
A verdade é que nos acostumamos a viver empoleirados nas nossas caixinhas de 40, 35, 20 e muitas vezes até 15 metros quadrados. Nos acostumamos à vida corrida em que o máximo de socialização é uma ida a um bar, ao shopping ou a academia - quando nesta, a preocupação e o ambiente é para a concentração na atividade física e aí, nos afastamos da necessidade de perceber o mundo, as pessoas, os pequenos detalhes que nos rodeiam, coisas simples que podem tornar nosso dia tão melhor, a começar por nos lembrar de que humanos que somos, precisamos manter vínculos com pessoas reais (absurdo ter que destacar isso), de carne e osso, olhar no olho, sentir as vibrações que uma interlocução, mesmo breve, pode provocar.
A verdade é que nos acostumamos a não criar vínculos com os lugares em que moramos, a não perceber que aquilo ali, também, deveria ser parte de nós. E aí, se não temos vinculos, pouco nos importa o lugar, seu estado, o que se faz ou deixa de fazer com ele. E porquê aquele lugar não nos importa, cuidar pra quê? Doar tempo para pensar em melhores soluções para os seus problemas, pra quê? Nem sabemos dos seus problemas!
Mas é preciso que voltemos a perceber o dia e os seus detalhes. A rua e as peculiares. A quadra e as suas necessidades e a melhor maneira de torná-la comunitária. É preciso que voltemos a perceber a cidade e a terra que nos acolhe, as pessoas e as relações que se são rompidas, conduzem-nos ao precipício de nos acharmos absolutos e que podemos viver o melhor da vida sozinhos, isolados. Ledo engano que nos condena.
A torcida é que despertemos para o mundo vibrante ao nosso redor e o façamos interessante, de possibilidades intensas na vida comunitária, num poderoso start para um ciclo de melhoramento de nós mesmos e do nosso mundo, porque o lado bom da vida nos é dado a experimentar a partir dos relacionamentos que nos permitimos criar, e conhecer a nossa vizinhança e a nossa cidade é uma excelente oportunidade para isso.
A torcida é que despertemos para o mundo vibrante ao nosso redor e o façamos interessante, de possibilidades intensas na vida comunitária, num poderoso start para um ciclo de melhoramento de nós mesmos e do nosso mundo, porque o lado bom da vida nos é dado a experimentar a partir dos relacionamentos que nos permitimos criar, e conhecer a nossa vizinhança e a nossa cidade é uma excelente oportunidade para isso.
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