Nunca antes na História tivemos tantas
possibilidades de acesso à informação, especialmente, se nos encontramos nos
centros urbanos. E aí, uma questão salta, de imediato diante de nós: o que temos feito com a
informação?
- Acumulamos dados, simplesmente?
- Tornamo-nos meros repetidores?
- Ou nos estimulamos e dedicamos a um processo de transformação da informação em conhecimento?
Sim, porque informação, por si
só, apenas nos limita à repetição do quadro em que estamos, no máximo,
como se outra realidade vivêssemos. Ou seja, é um aprisionamento a uma falsa
nova condição, à uma falsa expectativa de aperfeiçoamento.
De outro modo, porém, quando nos lançamos ao labor de buscar informação e depois as
lançamos sob os filtros do estudo, da análise, da percepção de mundo, de
construção da história; na disciplinada tarefa de transformá-las em
conhecimento, aí sim, a informação passa a ter sentido, passa a ter
significado, pois começa a desencadear em nós, e em seguida, a partir de nós, um
processo libertador pelo qual nos reinventamos, damos alicerce sólido a uma
nova mente, criativa e coletiva, que rompe as cadeias da mesmice centradas no
egoísmo, que gera novas possibilidades com vistas ao benefício do todo e assim,
dá vida ao conhecimento, quando por ele, vislumbramos e temos reais
possibilidades de evolução.
Obviamente, a tarefa é árdua,
porque para começar, ela exige ruptura. Não com algo externo, mas com a nossa
tendência natural à acomodação. Depois, isso se estende à necessidade de visão
coletiva, o que nos é dolorido, muitas vezes, aceitar. Já que não somos
educados a termos alegria no progresso coletivo a partir do nosso esforço, mais
pesado (em muitos casos). O fato é que a nossa cultura, imprime a recompensa
individual, somente, como a suprema conquista e glória da nossa existência.
Ainda, há o esforço e persistente fé que devemos despender, na tentativa de
contagiar as pessoas ao nosso redor e, como isso é um processo de consciência,
a base é a decisão de cada indivíduo, por isso, esforço e fé. Há que ter fé,
muita fé.
No fim, a expectativa e as
possibilidades são boas, pois a chave da prisão de nós mesmos e dos sistemas
que nos oprimem e nos escravizam à pequenez, à vida mesquinha e contraditória,
vazia e sem significado, está bem diante de nós.
O que precisamos? Levantar,
acessar as informações, decodificá-las e transformá-las em conhecimento. E ai,
de posse de conhecimento, essa mina inesgotável de poder, temos vitalidade para criar e viver o novo, de fato.
Como responderemos à questão que está diante de nós: o que temos feito com a informação?
O conhecimento é libertador, é uma árvore de vida. Que essa consciência nos motive a uma nova disposição mental para a construção de uma nova sociedade.
Abraços.
Comentários
Postar um comentário