Olá Amigos,
esses dias eu disse que escreveria sobre Esperança, e poderia ter dado um jeito em cumprir essa promessa ainda na sexta-feira, já que o texto ficou pronto lá. Porém, não fiz isso e pensando bem, passados os dias, acho que hoje é o tempo perfeito para a publicação. Aqui está, RÉGIA ESPERANÇA:
Estou a milhares de metros de altura, e da janela observo agora, veias de água em rios, ribeiros e igarapés, cortando o cerrado e cercadas pela vida que delas emanam.
O verde da régia esperança que insiste, apesar dos maus tratos que lhe foram impostos pela ganância ou simples desprezo de valor, é renovador, e fala, e grita: insista, contra os contratempos, insista, mesmo contra o vento, insista, mesmo contra o vento, no desfavor e falta de alento, insista, sem estrutura ou sob abalo intenso, insista e não permita que o ressentimento permaneça nas suas veias e contamine a esperança, que como um rio, água no meio do nada, inabitado, produz vida por onde passa e faz ressurgir uma nova vida sobre a anterior destruída ou inibida de se mostrar.
É sobre e a partir das veias de esperança em nosso ânimo, que alimentamos a vida. Pois se o corpo precisa de pão e água, descanso e ação, a alma precisa de uma esperança que se renove na fé diária de que fomos trazidos à vida para existir, coexistir e fazer valer, a nós e a outrem, os nossos dias aqui. E o valer a pena está na capacidade de ressurgirmos, quando em cinza nos tornamos, e outra vez levantarmos, quando em ruínas interiores nos decompomos, para dizer a nós mesmos, que até o último suspiro do nosso corpo, nossa alma manterá viva a esperança, o combustível da própria vida.
Até breve!
Ádila Lopes
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