O projeto de Deus para o homem está centrado em relacionamentos.
Deus → Homem
Deus → Homem
Deus -pecado- Homem
Deus - Jesus - Homem
Fomos descaracterizados pelo pecado. Mas Cristo veio para restabelecer nossa comunhão com Deus e com o próximo, veio para fazer uma obra de transformação no homem.
Sem Jesus não temos comunhão com Deus, pois o nosso relacionamento foi comprometido pelo pecado e assim, não podemos também usufruir dos relacionamentos com os nossos irmãos de forma saudável.
Assim, precisamos compreender que dentro das relações humanas é natural e compreensível que ocorram conflitos e esse é um dos maiores desafios que enfrentamos no nosso dia-a-dia.
Claro, Deus na Sua infinita sabedoria e poder fez-nos seres individuais, diferentes. Não somos uma massa homogênea . Temos gostos, opiniões, visão, perspectivas, ideais e tantas outras coisas diferentes uns dos outros. E isso é fascinante.
Agora, diante das diferenças nós vamos encontrar dois tipos de comportamentos:
1. Há aqueles que se inibem e concordam com tudo bloqueando as suas emoções
2. Há aqueles que partem para as discussões, extravasam medindo forças
Sendo uma ou outra a reação....é das diferenças que surgem os conflitos. E estes, as vezes podem ser positivos e outras vezes serão negativos. O que determina o benefício ou malefício de um conflito é o seu resultado, o fruto.
O conflito que nos faz amadurecer, que nos faz pensar e nos leva ao desencadear do desenvolvimento pessoal e espiritual é positivo. Aquele, porém, que se transforma em contenda e tristeza duradoura e que gera rompimento das relações é negativo.
É como se fóssemos engrenagens de um motor. Para que este funcione bem é necessário um atrito entre as suas peças. Sem esse atrito não há funcionamento adequado, não utilidade ao motor. Porém, se esse atrito acontecer sem o óleo, as peças vão se desgastar e motor mais cedo ou mais tarde vai parar. Assim são os nossos relacionamentos. É natural que haja atritos. É até bom que aconteçam, pois nos forçarão a enriquecer nosso convívio, a conhecer melhor as pessoas que nos rodeiam. Porém, se não houver o óleo do Espírito Santo a lubrificar as peças - nós, nos dirigindo, nos dando discernimento em cada situação, os atritos provocarão danos irreparáveis às peças e o rompimento dos relacionamentos será inevitável.
Rm.12:18
Mas, quais são as causas para os conflitos...além das diferenças naturais entre os seres humanos???
Vamos enumerar algumas:
1 - Causa pessoal ou psicológica: diferenças de gostos, opção, opinião ou estilo. Aqui, precisamos aprender a respeitar a individualidade das pessoas. Somos diferentes e essas diferenças não podem se tornar motivo de conflito.
2 - Causas de má formação doutrinária: são as diferenças de caráter e personalidade que desenvolvemos especialmente na infância e adolescência e que projetamos nas nossas experiências da vida adulta acarretando dificuldades no convívio com as outras pessoas. Quando aceitamos a Jesus Cristo nossas deformações são transformadas e tudo se faz novo. Temos que viver a palavra de II Co. 5:17
3 - Causas circunstanciais: desemprego, enfermidades, dívidas, consumismo, omissão, traíção, acomodação, ciúmes...não podemos deixar que a ansiedade e as preocupações afetem nosso domínio próprio. Fp. 4:6-7
4 - Causa carnal - o pecado: são os comportamentos carnais, inclinações de natureza pecaminosa, diretamente ligadas a desejos físicos e egoístas que devemos banir da nossa mente - I Tm. 5:20
5 - Causa espiritual: satanás é o idealizador dos conflitos. Prova disso, foi a sua ação no céu, semeando discórida e rompimento. Devemos buscar discernimento espiritual a todo instante para não cairmos nas ciladas e confusões arquitetadas por satanás - I Pe. 5:8
Então, se os conflitos são praticamente inevitáveis, o que devo fazer diantes de uma situação conflituosa?
Precisamos administrar os conflitos a fim de viver em paz com todos quantos conseguirmos.
Mt. 5:23-24
Esta passagem bíblica nos fala da importância da reconciliação. Portanto, frente a um conflito:
* Analise a causa do conflito - Pv. 19:2 - um conflito mal conduzido pode gerar contenda que se for alimentada por se transformar numa guerra.
* Pergunte-se: é realmente necessário levantar uma polêmica?
* Então aja conforme a palavra de Ef. 4:13 - EQUILÍBRIO, MODERAÇÃO E AMOR.
Diante da necessidade real de um conflito e se este conflito pode gerar bons frutos temos 2 situações com as quais lidar - já que a obra de Cristo é transformar.
A primeira diz respeito ao encorajamento > atitude pela qual motivamos e incentivamos outras pessoas a desenvolverem o caráter de Cristo em suas vidas. Através do encorajamento comunicamos os valores espirituais a serem seguidos, participanndo diretamente do crescimento e habilitação de outras vidas - Hb. 10:25
Ao encorajarmos alguém, precisamos nos focar naquilo que é bom, nas boas obras. Tudo em amor não fingido. Precismamos entender que "o que a gente faz fala muito mais do que só falar".
Em segundo lugar, temos que confrontar. Ou seja, expor uma atitude ou situação em que a pessoa está envolvida e comprometa sua integridade física, emocional ou espiritual. Confrontar é desencorajar atitudes erradas que estão fora dos padrões de Deus - Pv. 27:5
Porém, precisamos ter ciência de que o alvo do confronto é o pecado e não a pessoa. Então, a motivação correta para o confronto deve ser desejar o bem. Por isso, o confronto sempre deve ter por base a Palavra de Deus e nunca opinião ou gosto pessoal.
É preciso que sejamos atalais do Senhor - Ez. 33:1-20
Assim, confrontar exige alguns requisitos, e são eles:
1. Amor: sentimento genuíno, incondicional
2. Coragem: ter disposição
3. Sabedoria: não apenas conhecimento. É preciso saber a melhor hora e momento para colocar o conhecimento em prática - Pv. 8 e Tg. 1:5
Mas, e nós? Quando somos confrontados que atitudes temos???
Precisamos desenvolver uma atitude de receptividade em relação ao confronto.
Ser receptivo é ter o espírito ensinável para receber repreensão, analisá-la e assim mudar de comportamento.
Precisamos entender que o nosso crescimento espiritual é consequência da abertura que damos ao Espírito Santo para nos ensinar e corrigir - Pv. 3:11-12
Por fim, ao confrontarmos poderemos encontrar as seguintes reações:
* Reação contra o confrontador: nem sempre o confronto alcançará um coração pronto e receptivo e neste caso, pode reagir distorcendo a correção, buscando um culpado para a injustiça, criando assim, uma barreira.
* Reação de auto-rejeição: ao invés de fazer uma análise e se posicionar e mudar, a pessoa acha mais fácil se retrair e se esconder.
* Reação correta: o ideal é ouvir a repreensão, analisá-la com a ajuda do Espírito Santo e mudar de atitude para haver crescimento e amadurecimento cristão.
Ter sempre um coração simples e aberto, um espírito pronto para viver a cada dia o novo de Deus vai gerar transformação...vai produzir relacionamentos saudáveis...vai fazer de nós semelhantes a Cristo.
Transformemo-nos!!!
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