Nós, os que inflamos o peito ao nos dizermos cristãos se cristãos fôssemos, um Brasil mais justo e mais solidário nos entregaríamos para construir. O que nos importa, porém, é discutir o sexo dos anjos, é controlar a sexualidade alheia; é esbanjar a nossa certeza de sermos abençoados (esquecendo de nos desenvolvermos abençoadores); é exaltar o justiçamento na vingança e intolerância e desconsiderar que o nosso desequilíbrio gera as mazelas que alimentam nossos monstros. Alguém já disse que o último cristão morreu pregado na Cruz. Sim, e ele lá permanece, vilipendiado, humilhado, já não não exaltado no poder da entrega, mas sucumbindo porque, ainda que seja Ele - o filho do Criador, a sua ressureição, poder, autoridade e glória operam é na vida imperfeita dos ciclos do nosso existir e na medida em que vai se assemelhando à plena que nos f...