Política grandiosa em capacidade transformadora só se faz a partir de alguns princípios elementares:
Escuta ativa;
Diálogo efetivo;
Transparência radical;
Participação ampla;
Experimentação.
Isso distribui poder.
Isso faz a política potente e grandiosa.
Fora disso a política é medíocre.
Toda vez que um grupo ou organização partidária se furta ao exercício profundo desses princípios acaba por se fechar, mergulhando em uma lógica reducionista de centralização e na mediocridade das disputas de pequenos poderes.
A ação política, então, fica estreita e frágil. As pessoas e grupos que a fazem podem até gritar, mas nada dirão. A potência da palavra não se traduzirá em construção.
O que resta é política da espécie ensimesmada, distante das pessoas, da diversidade, pluralidade e da potência das múltiplas vozes que podem sim, ser uníssonas sem perder a potência vocal individual.
Todos os dias, em todos os espaços de que participo, ouço demandas de participação.
A sociedade está nos dizendo há muito tempo sobre o caminho.
As políticas públicas que se legitimaram estão nos dizendo há muito tempo sobre o caminho.
Mas, aos milhares, agentes públicos e fazedores de política pública e de política partidária insistem em processos centralizados, baixa transparência, pouco diálogo, escuta de conveniência e repetição de receitas.
Isso afasta as pessoas da política e descredibiliza os espaços partidários e enfraquece as instituições, sejam quais forem.
Vamos mudar essa lógica perversa de marginalização da cidadania?
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