Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2014

A quem vencem?

E depois do tiro, Que acertou o peito, Que sangrou o corpo, Que espantou o espírito, E afugentou a alma... Ele gritou: "NÓS VENCEMOS!" A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se atrás de si deixam um lastro viscoso de corrupção, sob cuja cor escura escorrem em vielas, crianças - pequenas sementes de futuro, enxertadas na miséria dos sem sonhos? A quem vencem os que bradam  "nós vencemos", se suas mãos carregam o escarlate sangue de assassínio do vigor juvenil, sugado em menosprezo, envelhecido antes do tempo, explodido no dissabor da violência,  um retorno da força que lhe suprimiu o brilho da fase mais viçosa da existência? A quem vencem os que bradam  "nós vencemos", se os seus ombros pesam sob o arco da frustração já velha do em nada se reconhecer ser, de dias presos a densas nuvens de desgraça e da opressão da não ação, acusação do porquê nada fiz, porque vi a luz e não a segui? A quem vencem os que bradam  "nós venc

Da decepção à esperança!

Em tempos de decepção profunda , há ainda uma esperança - mesmo que agonizante, no coração do brasileiro. Frágil em suas forças, mas viva, pedindo o novo, pedindo ajuda, pedindo que alguém aponte um caminho. Responsabilidade conferida a quem já viu a luz. Aliás, "ver a luz", não torna ninguém melhor, apenas significa que no coração destes - iluminados, há uma esperança mais viva e portanto, estabelece para eles a missão de disseminar esperança aos seus pares. Como? - Por uma postura capaz de exprimir, em palavras e ações, a esperança. - Sendo incansáveis no processo de conscientização dos demais. - Guardando firme a convicção de que o tempo de lançar as bases para a democracia real no nosso país é agora, e se nos movermos muito objetivamente nisso, o contágio vai sim acontecer e o novo sairá do plano ideário para o real. Eu sou fruto desse processo, ora frágil semente de esperança , plantada na terra seca da inatividade política, sufocada pelas p

Do lixo, no lixo, para o lixo?

Antigamente, muito facilmente eu guardava os nomes das pessoas. Antigamente aliás, eu guardei quatrocentos e oitenta e sete nomes completos e destes, quase todas as datas de nascimento e outras informações, como de telefones, por exemplo. mas isso foi bem antigamente. Hoje? Bem, mal consigo guardar um nome, embora eu ainda permaneça guardando muito bem as histórias. Eis aqui uma. Dona Maria é como muitas Marias que provavelmente conhecemos, comum. Mas, como a Maria mais famosa de que ouvimos falar, é ímpar. Dona Maria pariu dezenove vezes, tem quarenta e cinco netos, possui marcas inconfundíveis de uma vida sofrida e do lixo tira o seu sustento, em pesadas jornadas de doze a quatorze horas de trabalho. Rosto queimado, pele envelhecida, mãos calejadas, poucos dentes. Mas é uma lágrima, tímida e significativa, que mais fala no momento em que ela conta sobre como a sua vida foi posta no lixo . Não. Não foi quando as circunstâncias de extrema necessidade a empurrar

I Caminhada de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes

Coloquem na   ‪#‎ Agenda‬   e vamos todo mundo: I Caminhada de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes da   ‪#‎ CidadeEstrutural‬ . Dia 30 de Maio, 8 horas da manhã Concentração: Praça na Entrada da Cidade em frente ao Posto Policial, com trajeto até o Centro Olímpico. Mais Informações:   http://goo.gl/lWvK5x Realização: Rede Social da Estrutural A   ‪#‎ DefesaDaInfância é NOSSA RESPONSABILIDADE! Não se omita!

O que transmitiremos às próximas gerações?

Tempos assombrosos, os que estamos construindo! O que transmitiremos às próximas gerações? Nossa completa ignorância acerca do nosso mundo e da nossa formação histórica - que nos impõe repetição em proporções cada vez mais absurdas, dos erros passados dos quais "nos envergonhamos"? Nossa monstruosa incapacidade de reflexão a partir do ponto de vista e realidade do outro? Nossa trágica e condenáv el intempestividade que se reproduz em violência desmedida? Nossa implacável vingança e justiça própria? Nosso incontido egoísmo? Nossa indomável insensibilidade?  Que tipo de pessoas serão aquelas da geração por vir, fundamentada assim, a partir do pior de nós? Mais tolerância, amig@s, a sua verdade não precisa ser a de todos para que seja verdade. Mais respeito, amig@s, o mundo disponível à nossa habitação ainda é um só e a convivência coletiva exige isso, respeito ao outro, às suas individualidades, necessidades, limitações, forças, poten