Minha próxima tatuagem será algo assim. Só tenho uma. Por hora. Eu amo essas peças de vida, contorcidas. A gente olha e não dá nada. Despreza. Sentencia feiúra. É que a gente valoriza os invólucros. Idolatra a aparência que nos é vendida padrão. E despreza conteúdo. Não compreende a potência das raízes. Então a gente constrói sobre a areia fofa, que tem o seu lugar. Não para base. Não a algo que se deseja perene. O que esse tempo nos tem ensinado? Da solidão. De multidões emocionais nos cubículos da nossa alma, todas juntas e ao mesmo tempo, agora e sem pedir licença, sem aviso-prévio, sem agendamento. O quanto a solidão nos importa? Por que nos importa? O que nos constrói e desconstrói? Por que a tememos? Para que a veneremos? Da presença. Das milhares de vozes humanas em laços familiares dos quais nos desacostumamos porque a era do cada um por si virou grito de independência e solidez social. Plástico? Das impercepções das almas, método de exi...