Sempre gostei de acordar cedo e dormir tarde. A bem da verdade e, sinceramente, já houve tempo em que achava que dormir era perda de tempo porque, segundo dizia, enquanto dormia, quieta entre os meus lençóis, fora do calor da minha cama a vida acontecia e eu sequer via. Batia meio que um sentimento de inutilidade e desperdício de vida por dormir. Tolice. Seja pelo óbvio e necessário repouso para o corpo e a mente. Seja pela absoluta, aí sim, inutilidade e desperdício de pensar-me com todo esse significado para o mundo, poque embora todos tenhamos significado, sim, o sentido e expressão dele se dá no comum, não em um. Então, pelo cansaço das pesadas rotinas, pressões, novas consciências, estou aprendendo a apreciar o sono, cuidando para não perder a outra consciência de separar isso da absoluta preguiça. E estou aprendendo a apreciar as diversas fases dos dias, em especial, a necessidade da quietude das manhãs, suas cores, leves cheiros, suaves sons e doces sabores; ...