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Mostrando postagens com o rótulo vida cristã

SEM PARTILHA DO PÃO NÃO HÁ RESSURREIÇÃO

Os evangelhos trazem uma história, pós crucificação e ressurreição, cheia de significado. Os discípulos no caminho de Emaús. A cidade distava de Jerusalém cerca de 10 km. Um estranho se aproxima e longa conversa se dá pelo caminho. A grande surpresa: acaso você é o único que não sabe dos acontecimentos dos últimos dias? Era eloquente, aquele estranho. E discorria com muita graça e sabedoria sobre as profecias.  Continuava, todavia, um estranho de boa conversa. Chegam ao destino e, sendo noite, os discípulos o convidam para entrar e participar da refeição. À mesa, o estranho de boa conversa ora e, agradecendo reparte o pão. Um milagre acontece. Os olhos de todos se abrem. Os corações aceleram. Eles o reconhecem. É O CRISTO. ELE VIVE. Não há mensagem mais poderosa que a partilha. É a partilha que semeia em nós a esperança. É a partilha que nos renova sonhos e vida. É a partilha que nos faz humanos. É a partilha que nos resgata dos nossos mais terríveis medos. É a partilha que

[v.2020 - APENAS AMEM]

Ele estava muito cansado, física e emocionalmente. Os últimos dias, especialmente desde a sua chegada aos arredores de Jerusalém, não estavam nada fáceis.  Não bastasse a dor de ver o sofrimento do povo, a exploração da fé de todos ali, a inabilidade dos discípulos em lidar com a miséria e a violência, ainda lhe pesavam as próprias dores - da responsabilidade,  da missão, do que estava por vir, da solidão. E  como doía a solidão. Então ele resolveu abraçá-la, já que nada poderia fazer contra ela. E procurou um jardim, que embora sombrio aquela noite, denso e absolutamente pesado - talvez por antever o que logo aconteceria ali, era um jardim. Ele tremia e não era de frio. Talvez nem frio cobrisse aquelas regiões por aqueles dias. Ele estava gelado e sozinho. Ainda que três dos que o acompanhavam fazia três anos, estivessem por ali,  mas distantes, essa era verdade, Ele estava sozinho. As trevas dominaram violentamente aquela noite enquanto Ele gemia. Sozinho.

Cuidar da criação, nossa primeira missão

A mordomia cristã deveria começar pelo cuidado à criação - a Terra, habitação comum que nos foi confiada e seus viventes, de todas as espécies - de onde derivariam os êxitos da nossa caminhada.   O grande desejo do Criador é que, refletir a sua natureza seja o ponto de partida da nossa caminhada. E assim, que nos tornemos capazes de cumprir a nossa primeira missão: cuidar da criação e orientar as nossas escolhas, ações e reações a partir dessa referência.   “O Eterno levou o homem para o jardim do Éden, para que cultivasse o solo e mantivesse tudo em ordem.” (A Mensagem)     Tudo era muito bom e Ele se alegrou nisso. Havia ali, no jardim, a expressão da sua natureza, em detalhes. Cores, formas, sabores. Um sistema completo e eficiente de cooperação para a manutenção do fluir da vida em sinergia, interdependência e equilíbrio.   E Ele nos fez mordomos.   Sob a clara orientação de mantermos a ordem do Éden, deu-nos a Terra por habitação e fez nossa responsabilidade pri

Em meus passos, o que faria Jesus?

Tomando por inspiração um best-seller da literatura evangélica,  ‘Em Seus passos - o que Jesus faria?’, tenho feito o meu esforço para tentar compreender o que está se passando conosco, como diz o irmão Daciolo, Nação brasileira. Um país de maioria esmagadora cristã, que escolhe o caminho da violência para resolução de conflitos, em absoluto e claro desacordo ao que apregoa o Evangelho do Cristo. Se isso é terrível, torna-se execrável fazê-lo em nome de Deus e seus valores. Acho que nos desviamos do Caminho. Obviamente, o desvio da rota do Cristo, que hoje assume contornos grandiosos, em todas as expressões da nossa sociedade e culmina na virulência e medo como norte à tomada de decisões, não começou em 2016. No final dos anos 80 começou ganhar notoriedade uma nova configuração de igreja evangélica no Brasil. Novos ritmos, novo tipo de acolhimento, novas formas de expressão, mais liberdade comportamental, ritos menos pesados na liturgia. A igreja evangélica ganhou as ruas com mais

MAIS UMA ORELHA NO CHÃO?

Depois de uma vigília, a mais pesada de toda a sua vida, quando esteve mergulhado na mais profunda angústia e solidão possível a um vivente suportar, chegaram soldados e servos para levá-lo preso. Armas em punho. Medo nos olhos. E o traidor a guiá-los. Pedro, um dos seus e daqueles que o deixaram só na angustiante vigília, porque cansado dormiu, saca a espada e com maestria decepa a orelha de Malco, um servo. Uma repreensão à ação precipitada, embora natural. Uma ação inesperada. Uma cura. Um ensino. As armas da missão do Cristo não fazem sangrar, não dilaceram corpos, nem adoecem almas. Tempos semelhantes aqueles vivemos hoje. Instabilidade política e social que colocam em xeque a nossa dignidade, o ânimo, a nossa visão de mundo, a nossa fé, a esperança. Orelhas ao chão é o primeiro impulso. No entanto, o ensinamento do Cristo permanece o mesmo e o seu fruto é EMPATIA. Malco, o servo, cumpria ordens de um sistema traiçoeiro e perverso e a sua presença ali esta

Sobre o poder a compaixão

Todos nós, em algum nível, temos poder. Alguns de nós nos desenvolvemos nele e o tornamos alavanca para muitas coisas, de forma decente até. Outra parte de nós se embevece no poder, aqueles pequeninos do cotidiano e mergulha num processo amedrontador de monstrificação. O poder atordoa com muita facilidade. Todos os poderes. Já estive mergulhada no poder eclesiástico e vi de perto, por dentro, como ele pode ser destruidor. Já fui vítima e vitimei através dele. Infelizmente, e com muita dor digo isso, grande parte dos abusos de poder que hoje consigo identificar, me remetem àquela época. Conchavos promovidos por quem está em posição de autoridade, relatos parciais de situações coletivas com o fim de manipular construções, decisões, ações. Entrega de dados apenas na parte que interessa a quem tem maior fatia de poder. Fora as chantagens, emocionais e financeiras. Todos nós temos ou podemos ter pequenas fatias de poder. O que temos feito com elas e o que temo

Último cristão

Nós, os que inflamos o peito ao nos dizermos cristãos se cristãos fôssemos, um Brasil mais justo e mais solidário nos entregaríamos para construir. O que nos importa, porém, é discutir o sexo dos anjos, é controlar a sexualidade alheia; é esbanjar a nossa certeza de sermos abençoados (esquecendo de nos desenvolvermos abençoadores); é exaltar o justiçamento na vingança e intolerância e desconsiderar que o nosso desequilíbrio gera as mazelas que alimentam nossos monstros. Alguém já disse que o último cristão morreu pregado na Cruz. Sim, e ele lá permanece, vilipendiado, humilhado, já não não exaltado no poder da entrega, mas sucumbindo porque, ainda que seja Ele - o filho do Criador, a sua ressureição, poder, autoridade e glória operam é na vida imperfeita dos ciclos do nosso existir e na medida em que vai se assemelhando à plena que nos foi dada no paraíso, quando nos dispomos a plantar jardins aqui na terra, pelo exercício das virtudes do Reino de Justiça e Paz que ele nos deu exempl

Poder é permanecer na cruz

A melhor definição de poder que até hoje ouvi e que muito me faz pensar, por isso gosto, é: PODER É ESCOLHER PERMANECER NA CRUZ. Isso dito em referência ao Cristo - que assim cremos (os cristãos)  - que tinha todas as condições de enfrentar tudo e todos, de modo sobrenatural, e para não ser crucificado. Ele escolheu permanecer na Cruz, sacrificar-se e se entregar por algo que somos incapazes de mensurar, descrever. O justo pelos injustos. Poder não é disputa. Não para mim. Pelo menos, tenho me dedicado a compreendê-lo diferente disso. Poder não é a vitória de um sobre outro, se com a sua humilhação, tanto melhor. Não. Para mim, poder é entrega, é serviço, é abnegação, é fraternidade, é respeito, é amor. E todos os frutos gerados por isso. Alguns dirão: o mundo não funciona assim; isso é uma patética ilusão; utopia, coisa de tolos. Perfeito. É o que sou. Tola. Acredito no serviço. Acredito na abnegação. Acredito na fraternidade. Acredito no respeito. Acredito no amor. Acredit

No mundo para servi-Lo

Enquanto o Cristo dizia "eu vos envio como cordeiros  para o meio dos lobos" e noutro momento orava ao Pai dizendo "não peço que os tires do mundo, mas que livres do mal," os pastores continuam insistindo no encastelamento, especialmente dos jovens, a pretexto de que não se misturem com o mundo. Tática velha, encardida e mal sucedida, quando tornar-se do mundo, na perspectiva e princípio do Reino que nos devia orientar, diz respeito aos valores, esses nem de longe combatidos ou sequer denunciados por esses mesmos tais pastores, antes fomentados, a saber: a intolerância, o consumo exagerado, a irresponsabilidade com o bem comum, o desprezo à natureza, as desigualdades, os preconceitos e coisas semelhantes a estas. E apressadamente vamos, nas milhares de congregações espalhadas por todos os lugares, criando comunidades monstros de gente que não se responsabiliza pelo próximo e assim rasgamos o Evangelho. Nossos lábios derretem em ódio. Nossos pés tem pressa de viol

Não acredito na oração

Eu não acredito na oração cuja expressão vocal não seja precedida e sucedida de consistente disposição de ser a expressão vocalizada. Por que? A palavra sobre caos iniciou um processo que criou o jardim, um coeso sistema de vida. E a palavra foi-nos dada para continuarmos manifestando aqui, agora e sempre, o poder criativo e criador da fonte de todas as coisas e seres.  Mas, a palavra só é ato se envolta no Espírito - o sopro da vida, portanto, sendo dinâmica e dialogal com a existência, demandas, carências, potenciais da existência. Toda ela. A palavra dissociada do Espírito é verbo acusatório, desagregador, perverso juiz, arma com fim único o assassinato - de sonhos, de esperanças, da existência. Por isso, todas essas orações agora convocadas por Apóstolos, Bispos, Pastores e um sem número de gentes outras, pelo Brasil e para que o Brasil “seja do Senhor Jesus Cristo”, para mim são apenas palavras soltas, vazias, hipocrisia em sua mais dolorida e mal cheirosa demon

No caminho de Emaús, um milagre

"Te ver e não te querer É improvável, é impossível?" A história humana se repete e é intrigante perceber o que dizia o Pregador sobre não haver nada de novo na face da terra. Os dilemas do caminho de Emaús continuam a nos acompanhar.  O que tínhamos ali? - Dois discípulos de Jesus indo em direção a Emaús; - Uma caminhada envolta nas cenas de uma tragédia (anunciada e cumprida). Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus chegou perto e começou a caminhar com eles, mas, "alguma coisa não deixou que eles o reconhecessem" . O Cristo, então, sob a nuvem do desconhecimento começa a levantar algumas indagações, que obviamente, não são bem recebidas, afinal, como poderia alguém não saber dos últimos acontecimentos que varreram Jerusalém, provocando expectativas, distúrbios, desavenças e muito choro?  Esperança frustrada.  Promessa não compreendida. Corações abalados. Mentes preocupadas. E eles discorrem ao novo companhe

[FÉ & OUTROS DIÁLOGOS] - QUEDE ÁGUA?

Fé e Outros Diálogos é um encontro para conversas e reflexões sobre a vida e suas interações com a fé cristã. A próxima edição será dia 8 de abril, às 18h, no Salão de Eventos da Igreja Anglicana - que fica na SQS 309/3010). Aos jardineiros da criação, uma pergunta: QUEDE ÁGUA? Painel: A água e sua importância à vida. Documentário: De onde vem a água? Painel: Tem o Estado e nós, scoiedade? Painel: A Igreja e o paradigma do cuidado! E mais: música, dança e poesia SERVIÇO Data: 08/abril Horário: 18h Local: Igreja Anglicana - SQS 309/310 (Asa Sul) O que acontece quando vivemos no caminho de Deus? Deus faz surgir dons em nós e a convicção de que há algo de sagrado em toda a criação e nas pessoas. -------- Realização:  Nós. Sociedade.  e  Anônimos do Reino Apoio: Arca

Jesus para Presidente do Brasil

Jesus Cristo Presidente do Brasil e satanás e suas legiões na Câmara Federal e no Senado. Desculpem o radicalismo e comparação, mas o índice de VDM é quase 100% e, SÓ não é total porque Jesus, até onde me consta, é O CARA e pode fazer milagres. Por outro lado, ele é cheio dessa mentalidade de livre arbítrio. Complicado isso, viu? Duvida? Se liga nos fãs clubes dele espalhados por aí. Não tenho muita fé que dê certo. Também não creio se ele, se fosse o caso, desejaria entrar nessa e sabe por quê? É papel nosso construir uma sociedade justa, igualitária, profundamente democrática, não de um salvador da pátria. Tem receita? Acho que tem um monte de ingredientes à mesa e que a gente precisa fazer algo que nos alimente ao desenvolvimento real. Reforma do sistema político. Democratização da democracia, que implica em atualização das formas de participação política, mais participação social. Transparência total  em toda a cadeia de serviços públicos. Educação voltada para desenvol

Sobre ser mulher e ser Igreja

Duas mulheres viúvas em país estrangeiro. Fome na por todo lado. Uma convicção: TEU POVO É MEU POVO, ONDE FORES IREI CONTIGO. Isso é dito de acontecimentos muito, muito antes do Cristo encarnado e a mulher a quem se atribui essa frase era Rute, de quem veio Davi, o maior rei de Israel. E hoje, a quem dirigiria Rute, a sua fala? Imagino, e somente isso posso fazer e nisso me inspirar, ela estaria entre as viúvas, divorciadas, traídas, abraçando-as e diria: estamos juntas e vocês não estarão mais sozinhas, no abandono que quiseram lhe dar como marca e insígnia. Às estupradas a cada 11 minutos, às agredidas a cada 5 minutos, junto aos corpos das assassinadas a cada 2 horas,  ela choraria e com o sangue dessas suas irmãs escreveriam cartazes e faixas e ela sairia por todos os cantos da cidade - nos palácios, nas igrejas, nos guetos e em frente às emissoras de rádio e  TV bradaria:  ESTE TAMBÉM É O MEU SANGUE, ESTA É TAMBÉM A MINHA FERIDA E DOR e a violência não pode ficar impune. Ela

Sobre marido e esposa

Ouvi recentemente  (mais a vida toda também) e gastei boa parte da minha noite passada pensando sobre o significado e impacto disso: "A mulher tem que seguir o seu marido". Mentira. A justificativa é a Bíblia. Nem vou dizer que é mentira, também, para não provocar mais contenta. Vou perguntar: E quando a Bíblia diz que "o marido deve amar a sua esposa como Cristo ama a sua Igreja", o que você faz a respeito disso? E como é o amor de Cristo à Igreja? Ele, o Cristo, a constituiu. Deu a ela status e autonomia de agir, recomendando que o fizesse segundo os princípios do Reino de Justiça e Paz que Ele veio demonstrar possível ao mundo, com a própria vida - por palavras, atitudes e sentimentos. Você, marido, age assim, dando autonomia à sua esposa ou a silencia e a reduz, a engessa, fica ofendido que ela faça e aconteça? E a sua preocupação nem são os princípios, é você! Ele, o Cristo, a respeitou, consciente de que ela era pa

Salvação, o que é afinal?

O que é, afinal, a salvação? A gente lê e pratica tanta asneira em nome da fé e de Deus. Por que essa mania de querer justificar a tal obra de Deus na vida do homem? Qual a dificuldade de compreender que a tal revolução espiritual de que tanto falamos e acerca da qual nos dizemos portadores, antes é construída dentro, num doloroso processo de autoconhecimento para significação de iguais e unicidade? Por que insistimos tanto em desprezar que não tirar o ladrão da Cruz, não derrubar o Império Romano numa luta armada sangrenta, não significa que não devamos ter inserção social e política para nos lançarmos a uma alienada existência, como se nada aqui nos dissesse respeito? Afinal, nossa casa é o além. Desde quando o estrangeiro não tem responsabilidades com a terra que o acolhe? A revolução do evangelho é, ao mesmo tempo silenciosa e estrondosamente impactante. O problema é que nunca a deixamos florescer. Há algo mais revolucionário, silencioso e impactante, que amar sem olhar a qu

Santidade e a Sexualidade da Juventude Cristã

Está aberta a temporada de retiros espirituais e acampamentos de carnaval. Há muitas opções e estilos e uma temática só:  SANTIDADE = SEXUALIDADE DOS JOVENS IRMÃOS. Eu faço a mea culpa, pois já promovi muito isso. E como promovi. Mas sempre carreguei um questionamento que agora tenho liberdade de fazê-lo mais abertamente: Por que cargas d'água só se fala desse tema nos eventos de jovens? É claro que eu sei a resposta, o que me deixa, obviamente, ainda mais indignada por tudo o que eu já promovi (mesmo quando fazia de boa fé - quase todos fazem de boa fé, o que não deveria significar enterrar a capacidade de pensar - e aí fico com raiva de mim, porque, afinal, eu SEMPRE questionei mil coisas e daí, enfim, viremos o disco). Parece que é a única coisa que importa pra juventude - e de tanto se falar, assim acaba sendo; que é a única coisa para que se tem espaço na vida da juventude é sexo. Claro que tem muito espaço (mais até do que deveria, é bem verdade, porque fala-se mai

Fé é Amor

De uma vez por todas, entendamos. Eu e você, nós que enchemos o peito nos achando bons ao nos declararmos cristãos (e já estamos errados nisso): a cultura do ódio, o desejo insano por vingança - no fazer justiça com as próprias mãos, o apontar os bandidos como seres a serem extirpados da sociedade, a ausência de misericórdia, a indisposição para andar com os de má fama para não prejudicar a nossa reputação, a intolerância, a incompreensão de sociedade como um organismo de existência sistêmica, a relutância em confrontar culturas segregadoras, bom acho bom a gente voltar para a Escola Bíblica, porque se há uma coisa na qual todos os segmentos cristãos e, em especial os evangélicos - minha origem de fé - convergem, a despeito das incontáveis divergências que possuem, é que o LIVRO TRAZ A REVELAÇÃO DO CRISTO. Então, que tal voltarmos ao exame da Escritura Sagrada para tentarmos nos reencontrar com o Cristo que nela se revela em amor? Quem sabe, assim, resgatemos a consciência de