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Mostrando postagens com o rótulo nova política

Internamente melhor para externamente melhor

O sistema político é autoritário, antidemocrático, segregador, ensimesmado, machista, violento e não afeito à renovação. Qual o principal local, oficina ou laboratório de todas essas práticas? A construção interna dos partidos políticos. É lá que esses caminhos se desenham, são treinados e se consolidam para se repetirem ano após após ano nas casas legislativas, e também no exercício do poder executivo. Quer saber se determinada pessoa é democrata, praticamente da velha ou nova política, se está a serviço ou se servindo da política? Olhe para o modo como ela se porta e faz a construção interna do seu partido. Ela valoriza os processos horizontais, coletivos, colaborativos e compartilhados, ou é aderente aqueles feitos às escondidas, com velado desprezo ao coletivo, como ente capaz de melhor criar, ainda que "dê mais trabalho" que as decisões e caminhos dos iluminados? Ela valoriza a emancipação das pessoas ao seu redor, dando -lhes plena liberdade de op

Dançando no fluxo da consciência

Quase três anos depois de manter-me longe da literatura de administração e negócios, voltei a folheá-la, revisitando o impulsos de algumas das suas facetas e perspectivas frente. É da edição nº 124 da HSM Management que vem inspiração para estas linhas, não para escrever sobre liderança de mercados e negócios, mas política. "Ausência de ego, a sensação de intemporalidade, a motivação natural e a riqueza criativa, que surgem quando as pessoas estão em êxtase, podem alavancar seu desempenho" . São estes os atrativos com os quais Steven Kotlen e Jamie Wheal nos levam para o artigo 'Habilidades que vêm do fluxo da consciência'. O começo é um registro sobre o desafio de Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, no dilema da escolha um CEO que desse ao mercado e investidores a segurança que eles, jovens, em 2001, não conseguiam dar. Para além das qualificações técnicas, "eles queriam alguém que conseguisse deixar o ego de lado a fim de compreender

Pessoas virtuosas por instituições virtuosas

Ouvir Marina Silva e acompanhar as suas práticas políticas é um exercício e tanto de aprendizado. Ela é uma pessoa ímpar, por isso procuro prestar bastante atenção ao que diz, matutar, refletir, observar a congruência do seu discurso e prática e absorver o que a minha própria consciência orienta. Admiro especialmente o esforço a que ela se impõe, assim vejo, para que as pessoas se assumam cidadãs responsáveis pelos próprios destinos e para que percebam o quanto isso concorre para o destino coletivo. Admiro a visão de liderança que estimula as pessoas à emancipação. Admiro sua capacidade de provocar processos de pensamento com falas instigantes como quando diz: "Pessoas virtuosas constroem instituições virtuosas que corrigem as pessoas quando falham em suas virtudes". Tenho pensado muito sobre o significado e importância disso e, se e como temos nos desafiado a perceber o valor de, no processo democrático e na relação das forças políticas com a estrutura do Estado, em que

MENSAGEM PRA JUVENTUDE

À Juventude de Luta e de Paz. É nos mistérios da juventude encontro boa parte de poderosa energia inspiracional para os desafios do cotidiano. E, embora os n ossos tempos sejam muito ruins e tanto piores para as juventudes - que se veem dizimadas pela violência; em escalas absurdas de desequilíbrio de oportunidades para desenvolvimento de seus potenciais e sua cidadania e tantas vezes, silenciadas nos campos de disputa de ideais, engessando ideais,  as juventudes continuam fortes, intensas, vibrantes, dinâmicas, sonhadoras, capazes, vivas. É assim que as vejo e por isso não posso dizer outra coisa senão: J OVENS, VOCÊS SÃO IMPRESCINDÍVEIS na construção dos processos políticos do nosso país. Sim, o sistema é viciado (mas a origem dos vícios somos nós), por isso, mesmo as novas proposições e construções políticas, tantas vezes, saltam diante de nós como se velhas fossem. É que estão lá os nossos vícios todos, juntinhos, de mãos dadas. Os meus, os seus e os de gerações anteriore

A política será o que formos capazes de construir

Em toda construção da qual faço parte, procuro ter - como ponto de partida à minha caminhada - o que eu estou disposta a aprender fazer e a fazer e, não a expectativa da construção feita que me sirva. Nos tempos atuais, de absoluta desilusão com a política, instituições e agentes públicos que as operam; a desmedida apatia de um lado e a reação sem reflexão do outro; a ausência de disposição para olhar a sociedade e refletir seus dilemas em conjunção com as suas complexidades, pergunto: QUE POLÍTICA, AFINAL, QUEREMOS? Falamos de generosidade, fraternidade, novo tipo de ação, emancipação, processos coletivos e horizontais, colaboração; ações de longo prazo para o curto prazo dos agentes políticos; o serviço como motivação e muitos outros valiosos atributos. Especialmente por causa desse discurso, que reverbera para mim como um ideário, volto a uma das mais ricas ferramentas que temos à mão – o questionamento. Quanto estamos dispostos, a começar de nós, a aproximar esse dis

Contra o monopólio dos partidos

Para derrubar o monopólio dos partidos é preciso participar da política, fazer política, hackear a política e os sistemas vigentes até que eles sejam transformados e os partidos simplesmente se tornem DESNECESSÁRIOS. Porque, na Boa, não se faz política só com partidos. Aliás, as boa política que ainda sobrevive, na esmagadora maioria das vezes, está fora dos partidos. Rumbora quebrar a banca e provar para os partidos que eles não são donos do Estado? Mas,  Ádila Lopes , você é filiada à REDE? Sim, sou e bem atuante. Como é isso, então? É assim, uai, como se vê. A gente está trabalhando para que o sistema mude, a sociedade seja emancipada e os partidos, que já são obsoletos, se tornem DESNECESSÁRIOS. Eles vão continuar existindo? Ainda por muito tempo. Mas, o cidadão PRECISA saber que o poder é do povo e as decisões são do povo e o Estado está a serviço do povo, não dos partidos.

Internet, não-partidos e juventudes: elementos da nova política

Para mim, POLÍTICA é ferramenta de transformação social. Ela pode (e deveria) ser serviço. Também pode (e é na maioria das vezes) dominação de castas. Partindo do que acredito acerca em soma à revolução digital, como nunca antes, a política cada vez mais será dinâmica e desprendida do locus partidário, fruto de redes e redes em conexões extraordinárias, movidas e existindo como a fluidez da dinâmica social e sem o taco pesado dos partidos políticos. É a POLÍTICA firme e forte rompendo com o sistema que a escravizou faz tempo. Ou os partidos se reinventam (alguns tem é que desaparecer e não deixar rastro) para serem movimentos mobilizadores da sociedade ou eles perderão qualquer chance de sobrevivência. E isso logo ali. Sou contra os partidos? Não é que eu seja contra. E você pode e DEVE fazer política independente de partido. Eles ainda são necessários. Apenas ainda. Faço parte de um. Aliás, sou dirigente no partido de que faço parte. Aliás, meu ínfimo tempo após minhas pesadas e