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Mostrando postagens com o rótulo Versos

São encantos

Teu sorriso tímido. Teu olhar discreto. Tua voz serena. Teus comedidos gestos. Tuas mãos macias. Fosse eu artista das palavras, Te descreveria em bela prosa, Te eternizaria em poesia. ... Não tendo tais dons, guardo-te na memória dos meus pequenos versos, das rabiscadas frases em papel de pão, a partir dos cheiros e jeitos que só você sabe ter e ser.

Aprender contínuo

Às vezes é preciso deixar -se flutuar, leve, sobre águas, mesmo turvas é preciso considerar, com sinceridade, o não controle dos dias às mãos humanas, calejadas de medos é preciso creditar à luz, cuja origem não somos nós, isolados em nós, o apontar de inusitados caminhos surpreendentes  um aprender contínuo  em ciclos  vivos

Ganhei Verso 2

Já diz o ditado que um grama de sorte é melhor que uma barra de ouro. Encontrar Ádila em tempos de poucos sonhadores é magia, imensidão, desfrute e  gratidão Pote no final do arco-iris. Ela é comprometida com a vida. Amiga da lua, se recupera do dia para avançar com o sol. Dada ao outro. Se conecta na força do respirar. Obstinada. Utópica. Desvaloriza padrões. Aprendeu com o cerrado a estimar o não visto. Estico ampulheta quando a tenho por perto. Viagem, cinema, cafés. Teatro, livrarias, shows e rolês. Comparsa da música, livros, poesia.  É natureza. Terra, fogo, vento, água. Linda exuberante apta a desbravar. Com talentos que afrontam a contagem. Expande horizontes. Enfrenta cicerones. Todo dia tem leão que manda pastar. Existencia que inspira e enconraja. Nao compreendo como vivi décadas sem nela morar. Desejo aos anos que nos restam: Tempo de desfrute. Ócio pra criar. Oraçao que escuta e coragem para não se adequar. Amo-a mais do que todas as caronas que

O que quero ser

Daquela Rocha firme, de inominável grandeza, quero ser pedrinha talhada no tempo e pelo vento, levada à construção que perdura. Daquela fonte limpa que não seca, quero ser água que corre, percorre mundos mil, irriga para dar alimento, faz florir ou dá descanso. Daquela frondosa árvore, quero ser semente, frutificar em novos sonhos, produzir e dar folhagem, copa adequada e sombra. Daquele fogo que purifica e aquece, Quero ser faísca, pequena chama que fumega, ativa luz, novos horizontes. Daquela terra imensa sem dono, solo saudável e produtivo Quero ser grão que se junta a outros, nutrem-se para dar vida à semente ali posta em vida nova germinar.

Algumas vontades

Adoro O brinde da poesia, o tinlindar da sinfonia misteriosa que enche meus ouvidos na conexão de letra e melodia daquela música que me toca. Desejo  As provocações da leitura que fazem fervilhar meu cérebro; põem em dúvida meus frágeis saberes e dizem em alto e bom som que nada sei; apontam caminhos outros que devo desvendar e aqueles que me pedem revisitação. Busco A descoberta, tanto quanto o mistério porque me instiga à descoberta, eu sei, de gentes, lugares, sabores, cores, mundos outros fora do meu, esse que tanto prezo e isso, ainda que relute ir além do que julgo já dominar, e por isso seguro. Aprecio O riso tímido e a gargalhada entre os íntimos; o sereno violão e a guitarra em alta frequência; os tambores. Quero O silêncio da minha casa, a quietude da solidão e calor do abraço, a mão firme, o olhar que não desvia e profundo percebe e mostra a alma. Procuro   O conhecimento e o propósito, o serviço e a missão, a razão e a emoção de mãos

Era...E eu chorei por isso

Era apenas dor de alma sofrida, aquele aperto no peito. Era desejo por vida, aquela angústia que de tão fina não cabia mais em mim. Era tristeza de vida incompleta, aquela sensação de escuridão. Era o gemido rasgado, aquela passada apressada e veloz na estrada da traição. Era o grito da fala insana, aquela algazarra silenciando o fazer concreto de ser. Era a incerteza cega, aquele tatear à beira do palco das violações para ter. Era a escuridão, aquela tormenta de quem sabe sabe o que vem e não pode fazer o que deve. E eu chorei, por isso.

Quero ser

Da rocha firme, de inominável grandeza, quero ser pedra talhada no tempo e pelo vento, levada à construção da vocação que perdura. Da fonte límpida, que não seca, quero ser fio d'água que rompe a terra, contorna obstáculos, corre, percorre mundos mil, irriga, sacia a sede e faz florir. Da árvore frondosa, quero ser semente e frutificar em novos sonhos na estação certa, ser galho de folhagem verde para descanso do forasteiro. Da terra imensa sem dono, quero ser grão que se junta, se agrega a outros e se faz solo fértil, produtivo p ara no espaço limitado do existir, ser capaz de alimentar esperanças. Do céu anil quero ser nuvem, leveza imensa que eleva a mente, transcende corpos, abre poros, tira do chão, arrebata coração, desperta olhos para enxergar além do posto ante seu limite ocular.

Quero-te amar

Quero-te amar. Somente na quarta-feira poderás amar-me Quando meu corpo em fervura borbulhará em teus lábios para que sintas o sabor da minha eriçada e saboreies o mel dos meus poros. Por hoje Beijo-te lenta e gostosamente e fujo os meus lábios dos teus para que os possa procurar até quarta-feira.

Às vezes

Às vezes é assim Saímos à procura de sentido E nos perdemos em nós Labirintos  Sem mapa Profunda escuridão Mas há pequenas luzes Espasmos de esperança Que confundem os já trôpegos passos  Há buracos E tropeçamos É estranho Porque é dentro de nós Lugar que não tendo porquê Achávamos seguro, plano Caímos sobre a nossa pequenez E sangramos Não o corpo A alma Às vezes é assim Mente confusa Corpo cansado Às vezes Uma busca Um encontro No labirinto da nossa alma Uma expectativa Um sonho Uma esperança Um novo Dia após um dia de busca

Ouço

Ouço vozes no escuro Das sombras do sim e do não Ouço palavras mudas Que grunhem loucuras à minha razão Ouço o silêncio Que fala  Que chora Ouço o silêncio do sim E o alvoroço do não Ouço o chamego do medo E o tremor da precipitação Ouço a movediça mentira Da auto-afirmação Ouço-me agora E em seguida mais não

De quantos em quantos?

De quantos nós é feita uma prisão? O nó da alma bruta em desconstrução? O nó do sentimento cego, coração? O nó do tempo passado à emoção? De quantos passos é feita uma libertação? O passo trôpego, incoerente da emoção, em confusão? O passo firme, constante da razão? O passo do amor próprio em confissão? De quantos ciclos é feita a salvação? O ciclo intenso da perdição?

Eu prefiro a periferia.

Eu prefiro a periferia. Por lá não há nada, mas creia, nunca está vazia. Por lá, tira-se força extraordinária das dores para transformar a desgraça dos ais e turbulências do nada ter em reflexão, filosofia, arte e até poesia. Sim, frente à frenética hipocrisia das plumas e espaços brilhantes e frieza dos mármores congressionais, eu prefiro a periferia. Lá o Deus se faz gente, carne, sangue, vida efervescente, compadece-se do pequeno, feio, preto, pobre, bêbado, prostituta, cego, analfabeto, viciado e doente. Lá o Deus desce do céu e senta-se no chão ou à mesa - se houver, e se faz gente como a gente. Lá o Deus só tem uma regra, ela é simples e chama-se amor permanente. Eu prefiro a periferia Atropelada pela desumanidade Milagre! Humana se mantém na lama, no lixo, no esforço sôfrego da vida nos becos escuros, fedidos e sem saída, escadas de difícil acesso e subida. Talvez bem egoísta, eu prefira a periferia porque ela controla a minha própria in

#Versos: É preciso

É preciso calar a alma  E emudecer o coração É preciso enxugar a face E crer que existe outra razão É preciso ir além da fala E dar nova semente ao chão É preciso regar a terra E aprender a equilibrar a emoção É preciso renovar a mente todo dia Na esperança de não viver em vão

Eu ganhei versos!

O que dizer dela?  Me faz lembrar do primeiro dia que a encontrei  Me faz lembrar da alegria que senti quando a vi voltar Me faz sonhar O que desejar a ela? Amizades que duram uma vida inteira  Bem querer que a faça estremecer  Fé para continuar O que propor a ela? Viagem de mochila na América Latina  Manhãs no monte e tardes também Usufruto da criação e de toda plantação Quem é ela? Pote de ouro prometido no arco-íris  Presença marcante de voz segura Amiga amada que se chama Ádila ------------------------------------------------- Obrigada, Aline, sua amizade é uma pérola de grande valor!;) 

Qual a forma da fôrma da sua vida?

Qual a forma da fôrma da sua vida? Compreensão de ciclos ou repetição de ferida? Espaço vazio ou o silêncio necessário da partida? Inacessível existência ou de tão caro valor que precisa ser distribuída? Da solidariedade ou da vaidade descabida? Qual a forma da fôrma da sua vida?

Lágrimas

Há um sal que tempera E salga Arde Verte Em gotas, desmontando tudo Passado Presente Futuro E lavam Ou sujam O corpo A alma O Espírito E deixam marcas tão profundas que só, e somente só, Os sábios vêem e percebem seu significado e ato Águas correntes que somente as vertem Os vivos. Lágrimas Origem na dor ou no êxtase de gozo pleno Da alegria. Lágrimas Lembranças derretidas da nossa humanidade em sinônimo De saudade. Lágrimas E o Criador deve tê-las vertido quando viu que o que fez Era bom

A quem vencem?

E depois do tiro, Que acertou o peito, Que sangrou o corpo, Que espantou o espírito, E afugentou a alma... Ele gritou: "NÓS VENCEMOS!" A quem vencem os que bradam "nós vencemos", se atrás de si deixam um lastro viscoso de corrupção, sob cuja cor escura escorrem em vielas, crianças - pequenas sementes de futuro, enxertadas na miséria dos sem sonhos? A quem vencem os que bradam  "nós vencemos", se suas mãos carregam o escarlate sangue de assassínio do vigor juvenil, sugado em menosprezo, envelhecido antes do tempo, explodido no dissabor da violência,  um retorno da força que lhe suprimiu o brilho da fase mais viçosa da existência? A quem vencem os que bradam  "nós vencemos", se os seus ombros pesam sob o arco da frustração já velha do em nada se reconhecer ser, de dias presos a densas nuvens de desgraça e da opressão da não ação, acusação do porquê nada fiz, porque vi a luz e não a segui? A quem vencem os que bradam  "nós venc

Medo e Reação

Se o medo me assenhora O que importa Eu não sei Se o medo me apavora O que dizer Eu não sei Se o medo me devora O que fazer Eu não sei Mas se o medo vai embora É agora Eu pensei É o dia, é o tempo Da história Refazer Um segundo  Sem demora Aprender Mas a vida que não para Frente o medo Ou poder Viu o tempo jogar fora Sua melhor chance de ser O que tecer  Agora com os dias Destino, disitintos Que como fios emaranhados Se perderam no novelo Enraizado no medo Pois história não refaz Repete-se pela paz Ou vive-se outra Esquecendo-se a de traz Só resta a reação Antes de o medo congelar o coração Se ele vem me assenhorar Domino-o eu, então Se ele me apavorar Tiro dele a percepção E quando ele vier me devorar O calor do sonho em meu coração O deixará sem efeito e sem razão Que vá embora o medo, então!