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Mostrando postagens com o rótulo Sociedade

Pacto não é adesão sem condicionante

A política, muito genericamente falando, é o espaço da consertação - quando problemas, questões, divergências e a pluralidade de visões de mundos e caminhos são postos à mesa para que coletivamente busquemos, com diálogo e pactos, soluções comuns para os problemas e demandas da sociedade, junto aos arranjos técnicos e socias que a compõem. Significa, portanto, que para pensar e fazer política não se pode prescindir de condicionantes. As condicionantes são a um tempo, lugar de partida e também norte a uma chegada. Ou seja, estando à mesa uma demanda social para qual precisemos de solução, o ciclo que se segue é buscar os agentes sociais e políticos que tenham conexão de ação ou contraposição àquela demanda para que pensem, estruturem e construuam a solucionática ao que ali está. Essa conjunção de esforços pode exigir, por exemplo, que forças políticas divergentes se unam. E elas o farão com uma finalidade e um arranjo construído em cima de compromissos mútuos, de responsabilidades que d

Partidos não possuem o monopólio da política

A foto é de 2018 e o cartaz original diz que os partidos não são donos do Estado. É verdade. E isso precisa ficar bem claro. É também verdade que PARTIDOS NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Vamos lá. 1. Os partidos são muito importantes, fundamentais na política. 2. Sou filiada a um partido político e trabalho ardorosamente para construí-lo. É a @redesustentabilidade. Aliás, sou dirigente partidária e compartilho a responsabilidade de porta-voz desse partido aqui no DF (o que corresponde à presidência em outras organizações partidárias). 3. Se a sustentabilidade ética, social, econômica, cultural, estética, política e ambiental diz algo para você, muito provavelmente eu desejarei muito que você construa a REDE conosco. Mas, veja bem, OS PARTIDOS precisam aprender que NÃO POSSUEM O MONOPÓLIO DA POLÍTICA. Os partidos precisam aprender a respeitar o espaço do protagonismo da sociedade e reconhecer seu valor. E mais, os partidos precisam aprender a se colocar a serviço dos núcleos vivos

A vida tem dessas coisas

A gente deixa algo de lado por um tempo e depois acha que basta repor a tinta e tudo estará como antes, funcionando adequadamente, produzindo cores, dando forma e ação às palavras postas na tela, aos panoramas mentais, agora transcritos. Então, a gente vai lá. Conecta cabos, instala equipamentos, faz testes de scanner, compra novos cartuchos, faz limpeza superficial, envia impressão teste. Não funciona. Falta a limpeza de bicos, os cabeçotes. Falta calibrar as engrenagens não percebidas à vista superficial e mesmo amadora, ainda que dedicada. Vão-se horas, como o meu processo pessoal, neste momento. Toda uma manhã. Por aqui tudo bem. É apenas um equipamento que estava parado, que me pode ser útil para execução de tarefas, que pode esperar uma manutenção. E o mais desagradável que ocorrerá é o veredito de que a limpeza de cabeçotes sairá mais onerosa que comprar novo equipamento. Decisão de compra não essencial. O real e doloroso mesmo é quando nos atrevem

Sobre dissonâncias. Sobre silêncios. Sobre liderança

A expressão vozes dissonantes nem sempre faz referência a oposição.  Mesmo a mais harmoniosa música recebe, em certo grau, alguma dissonância e é daí que surge o campo da arte da composição sonora de diferentes tons que se fazem uno, em arranjos que beiram a perfeição. Dos valores maos prestigiados para o desenvolvimento de equipes vencedoras, inovadoras,  potentes e capazes de superar múltiplos obstáculos, está a pluralidade de vozes e tons. Mas esta não é cultura fácil de se construir. Nem mesmo quando há líderes que começam suas jornadas  se colocando a este desafio. Estes, também, logo se veem frente ao esforço da composição e são muito facilmente pajeados no caminho da conformação das palavras que são mais agradáveis porque práticas e em tons que não vibram diferente e, portanto, não incomodam e não chamam atenção. Tudo isso, nada mais é que a velha tática do silenciamento. Colocar-se em silêncio é necessário e saudável, quando escolha de respeito ou demanda de introspecção ao ape

A saída?

O que queremos? Uma saída.  Mas, e quando ela parece ser a interiorização. Olhar para dentro. Reclusão interna? Já estamos reclusos, diriam alguns. Será? Quanto de todo esse tempo em que estamos confinados ou necessitando estar, nos impusemos parar, de verdade, aquietar, colocar em passo de espera a mente e exercitar a escuta silenciosa? Falamos de (re) conexão, mas um ato para fora, como se de um ente externo a nós em toque a outro. E ficamos assim, no esbarrão - apenas - porque conexão prescinde entrega e entrega é passo de renúncias multilaterais, é encontro de almas ou pelo menos semelhanças de anseios, projetos, visões. Chegar até aqui não é uma corrida, seja qual for o seu aqui. E isso não é jargão. É demanda universal de nos pensarmos em um momento ímpar do século, provavelmente. Isso significa que não podemos considerar aceitável sermos as mesmas pessoas que aquelas de antes de o mundo ser tomado por esse tormento.  Ficaremos a ermo se não buscarmos essa conexão int

Em estado terminal. E ainda guiados pelo ódio.

E lá vamos nós em mais uma semana como prisioneiros do Bolsonaro Genocida. Do sossego impossível para tempos como estes, a alguma paz mínima desejada para buscarmos discernimento sobre o que ou não fazer, só nos resta reação. Outra vez. Verborragia inócua. Desespero. O Estado continua em compasso de lentidão. O vírus em corrida acelerada sob o tangedouro do irresponsável líder da nação. A bancarrota econômica performa seus males sem pudor. Por que tê-los agora? Os miseráveis açoitados pela fome. Os cegos dançando na ladeira. À beira do precipício. As cordas que amarram as instituições em um pacto de funcionamento republicano estão roídas e seus fiapos dão sinais absurdamente claros de ruptura a qualquer momento. Silêncio, inércia, escuridão. Mas o Presidente genocida prossegue sua marcha violenta. É um custo emocional, sem precedentes, acreditar que nada se possa fazer. É uma angústia profunda continuar pensando que não conseguimos comunicação e só nos reste mesmo a polariz

O que virá depois?

Talvez a maioria de nós esteja passando por altos e baixos emocionais. Ainda que eu esteja sob um teto, tenha minha casa abastecida e possua meu trabalho e salários assegurados - até o momento -, e cuja ameaça está vinculada à arrecadação do Estado e sua afetação - que sei, chegará, em algum momento, eu estou. Não tem como não está. Não é? Então, fico aqui pensando sobre que legado o que estamos vivendo nos deixará. O que virá no dia depois do amanhã, este incerto desejado? - A sanha competitiva ainda será nossa fiel companheira, outra vez? - As relações de trabalho baseadas na exploração e lucro a qualquer custo ainda nos guiarão as escolhas? - Que compreensão de valor ao trabalho - Estado, empresários e empregados - teremos? - Que valores revisitaremos com o compromisso de tomá-los por base de uma nova dinâmica de vida? Revisitaremos? - A necessidade de estarmos juntos, tão exposta em nossas palavras hoje, é fruto de um despertar de consciência coletiva e vida devotada

Alinhamento, um processo necessário

Vejo muitas pessoas julgando o tempo de encontros com equipes e parceiros como perda de tempo. A sentença comum é: enquanto estamos em reunião/vivência  poderíamos estar cumprindo tarefas.  Recorto uma frase para trazer o que tenho experienciado em equipes das quais participei ou liderei e que me ajudam a identificar que, como diz Jim Kalbach em ' Mapeamento de Experiências ', " a falta de alinhamento impacta a empresa inteira: as empresas ficam sem finalidade em comum, as soluções construídas são distantes da realidade, há um foco na tecnologia ao invés da experiência e a estratégia é imediatista ." Mas, não sou uma empresa. Se aplica a mim? Não tenho dúvida que sim. Considero que o ponto de partida esteja na concepção de servir, se e como ela faz parte da cultura da organização. Se em uma empresa as pessoas precisam compreender de que modo devem servir aos seus clientes, em outras estruturas organizacionais não é diferente. Quando servir é a base, empati

Potente é olhar pelos pequenos

A nossa era é, possivelmente, a mais contaminada pela síndrome da grandiosidade. Os  grandes números cantam as regras e encantam as mentes ,num moinho de eventos impressionante e que esmagam quase todas as possibilidade de construção que não se inspirem em ser monumental no seu espectro de partida. O Evangelho segundo Lucas traz uma história cheia de simbolismo. Conta de certa ocasião em que estando o Jesus em determinada cidade, Zaqueu, cobrador de impostos, querendo vê-lo e não podendo por causa da multidão que o cercava, posto que era homem de pequena estatura, subiu numa árvore para avistá-lo. Que grande líder ficaria à procura de pessoas pequenas? Jesus. Sim. Ele foi aquele tipo de líder que não descartava as pessoas em decorrência de suas fraquezas e debilidades. Ao contrário, no encontro com os pequenos e fracos Ele colocava todas as suas energias para que as pessoas assim qualificadas - por suas próprias mentes, por seus pares ou pelas condições de sua existê

Nenhuma pessoa é sozinha. Nem Deus.

Entre as características que fazem as grandes lideranças está a profunda consciência de que ninguém vence sozinha até que todos vençam. Por mais óbvio possa parecer, ainda precisa ser dito: nenhuma pessoa é sozinha, nem mesmo Deus. O grande chamado do pacto dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, proposto pela Organização das Nações Unidas, traz exatamente essa chave, quando toma por mote aos compromissos assumidos pelos países signatários, 'NÃO DEIXAR NINGUÉM PARA TRÁS'. Isso também pode se aplicar a nos despertar, nos nossos pequenos espaços de liderança (ou não tão pequenos assim), um princípio elementar nos ensinando que a liderança cuja vitória é sua apenas, faz-se a mais derrotada, fraca e medíocre das lideranças. Neste processo de reflexão volto outra vez às referências da minha vida, porque é o que forma o meu caráter. O ensino do Jesus está cheio desse paradigma de liderança - que só vence quando todos vencem -, quando fala da ovelha perdida

Escuta. Alegrias e Dores. Direitos Humanos no cotidiano.

Quando a gente separa um tempo para escutar as pessoas o tempo seguinte pode ser o abraço da despedida ou do acolhimento às alegrias e dores compartilhadas. Tenho feito o exercício intensional do acolhimento porque quero minhas palavras e ações cada vez mais próximas, de mãos dadas. Muitas foram as dores que compartilhei nas últimas semanas. Muitas foram as dores que acolhi e, parte significativa delas se conectou ao meu senso de justiça, me deixando  triste, provocando revoltas, estimulando reflexões às quais estou procurando amparo, luz e compreensão sobre o que vem a significar. Estou lendo mais uma vez, 'A construção do público: cidadania, democracia e participação', de Bernardo Toro. Revistar essas páginas me ajuda muito nesses momentos de pensar coisas que me são muito caras. A cada nova leitura um acúmulo da experiência anterior e o que, no curso do cotidiano experiencio. A percepção inicial - da qual outras se desdobram - é a cobrança da existência no que tocamos e no

Ordem autoritária não sustenta respeito

Quando a força bruta é a premissa semeada no espaço pedagógico, sua lição não tarda germinar e em se reproduzir. Ainda nos faltará muito para compreender que o simbolismo comunica com muita eficiência? A escola é o espaço da irmandade, da colaboração, da coletividade para o aprendizado saudável e de melhoramento das pessoas. Uma comunidade humana que tem problemas e fissuras relacionais como qualquer outra. Justamente por seu caráter pedagógico em tudo - estrutura física, sistema organizacional, operação de rotinas, conexões entre seus entes -, é a escola um campo fértil às práticas nela semeadas , especialmente sob a chama simbólica, que nunca demoram a germinar e a se reproduzir. O respeito semeado pela cultura da paz e do reconhecimento de valor à diversidade e da resolução de conflitos através do diálogo floresce em espaços, ambientes e em pessoas movidas a se desafiarem a novas posturas quando feridas na alma, confrontadas em seus erros, desabonadas em suas opiniões

Ilha da fantasia, Brasília?

Dados da Codeplan sobre a realidade do Distrito Federal, hoje, e aquela que logo ali se desenha são de deixar os cabelos de pé, especialmente porque parece que os proponentes de políticas públicas e os agentes executores, bem como os demais entes do Estado, não estão preocupados em tornar todos os entes sociais parte da discussão sobre o presente e o futuro do nosso quadradinho. Por aqui há coisas do tipo: condenar chefes do executivo pelo caos na área de saúde. É verdade, é  um caos. Mas, não se faz muito esforço para olhar as coisas de modo mais amplo. Por exemplo: O Distrito Federal é a unidade da federação com maior crescimento populacional do Brasil, a uma taxa de 11,4% de 2002 a 2017. Transporte, emprego, recursos naturais, habitação, educação, segurança pública, infraestrutura urbana. Tudo isso sofre impacto do crescimento populacional e da desorganização urbana e da incapacidade do Estado em atender a pressão no tempo minimamente adequado e desemboca em que lugar? A

Em meus passos, o que faria Jesus?

Tomando por inspiração um best-seller da literatura evangélica,  ‘Em Seus passos - o que Jesus faria?’, tenho feito o meu esforço para tentar compreender o que está se passando conosco, como diz o irmão Daciolo, Nação brasileira. Um país de maioria esmagadora cristã, que escolhe o caminho da violência para resolução de conflitos, em absoluto e claro desacordo ao que apregoa o Evangelho do Cristo. Se isso é terrível, torna-se execrável fazê-lo em nome de Deus e seus valores. Acho que nos desviamos do Caminho. Obviamente, o desvio da rota do Cristo, que hoje assume contornos grandiosos, em todas as expressões da nossa sociedade e culmina na virulência e medo como norte à tomada de decisões, não começou em 2016. No final dos anos 80 começou ganhar notoriedade uma nova configuração de igreja evangélica no Brasil. Novos ritmos, novo tipo de acolhimento, novas formas de expressão, mais liberdade comportamental, ritos menos pesados na liturgia. A igreja evangélica ganhou as ruas com mais

O balaio dos proibidos

A convivência minimamente respeitosa, ainda que o ideal fosse harmoniosa, na diversidade e espaço de oposição de ideias, tem se tornado exercício para poucos, dada a nossa sina e preferência autoritária que nos faz incapazes de ver, ouvir e falar para além de nós mesmos e, nos coloca no estranho dos mais estranhos movimentos: de reduzirmos o "mundo, vasto mundo" ao quintal dos nossos pensamentos, construído em palafitas sobre os nossos esgotos emocionais. São muitos os balaios que criamos em decorrência disso, destaco um: O BALAIO DOS PROIBIDOS. Numa embalagem, que enfeitamos com a nossa melhor retórica, colocamos não só os que pensam diferente de nós, vamos mais fundo, escolhemos os atrevidos que ousam dizê-lo, pois, ora, que afronta!  Não bastasse o outro, humano livre e diferente de mim, por natureza, divergir do que eu me torno e expresso, como ele (o outro) ainda pode querer dizer que pensa e escolhe ir noutra direção de agir e expressar o seu pensamento e mod

Poder: serviço ou tirania?

Poder é para servir ao próximo construindo a coletividade, colaborativamente. Qualquer exercício de poder que não esteja alinhado a essa premissa é TIRANIA. E que se saiba, TIRANIA se exerce com chicotes e grilhões, prendendo pés e mãos a troncos ou, prendendo mentes e corações às escuras e tenebrosas celas da mediocridade humana e seu egoísmo. As prisões da tirania podem surgir de um processo construído sob os escombros da ignorância, ausência se autoconhecimento, sofrimento. Podem, também, ter por origem o medo, esse vilão devorador de destinos, de ir além de si, percebendo nas conexões da vida a liberdade de existir e na existência construir vida. Seríamos capazes de analisar nosso interior em sincero exame para identificar o quanto estamos sendo tiranos ou o quanto nos temos submetido à tirania e assim, deixado de construir a nossa humanidade? E que outro ambiente mais propício à total disseminação da tirania, se não aquele em que o imperativo é a desumanidade?

A política será o que formos capazes de construir

Em toda construção da qual faço parte, procuro ter - como ponto de partida à minha caminhada - o que eu estou disposta a aprender fazer e a fazer e, não a expectativa da construção feita que me sirva. Nos tempos atuais, de absoluta desilusão com a política, instituições e agentes públicos que as operam; a desmedida apatia de um lado e a reação sem reflexão do outro; a ausência de disposição para olhar a sociedade e refletir seus dilemas em conjunção com as suas complexidades, pergunto: QUE POLÍTICA, AFINAL, QUEREMOS? Falamos de generosidade, fraternidade, novo tipo de ação, emancipação, processos coletivos e horizontais, colaboração; ações de longo prazo para o curto prazo dos agentes políticos; o serviço como motivação e muitos outros valiosos atributos. Especialmente por causa desse discurso, que reverbera para mim como um ideário, volto a uma das mais ricas ferramentas que temos à mão – o questionamento. Quanto estamos dispostos, a começar de nós, a aproximar esse dis

Poder é permanecer na cruz

A melhor definição de poder que até hoje ouvi e que muito me faz pensar, por isso gosto, é: PODER É ESCOLHER PERMANECER NA CRUZ. Isso dito em referência ao Cristo - que assim cremos (os cristãos)  - que tinha todas as condições de enfrentar tudo e todos, de modo sobrenatural, e para não ser crucificado. Ele escolheu permanecer na Cruz, sacrificar-se e se entregar por algo que somos incapazes de mensurar, descrever. O justo pelos injustos. Poder não é disputa. Não para mim. Pelo menos, tenho me dedicado a compreendê-lo diferente disso. Poder não é a vitória de um sobre outro, se com a sua humilhação, tanto melhor. Não. Para mim, poder é entrega, é serviço, é abnegação, é fraternidade, é respeito, é amor. E todos os frutos gerados por isso. Alguns dirão: o mundo não funciona assim; isso é uma patética ilusão; utopia, coisa de tolos. Perfeito. É o que sou. Tola. Acredito no serviço. Acredito na abnegação. Acredito na fraternidade. Acredito no respeito. Acredito no amor. Acredit

Sobre ensino e pesquisa e sucateamento de instituições

Há uma infinidade de instituições públicas caindo pelas tabelas, especialmente as de ensino e pesquisa. Sim, creio que temos, todos, que lamentar e protestar contra o abandono, o baixo investimento e, bem, a relação seria bem grande, de todas as mazelas que alcançam essa área. E isso é péssimo para o país. A gente nem tem noção do quanto. Uma observação é fundamental, creio, e, no mínimo honesta: o caos do setor não é fruto de uma ação recente, e não estou defendendo os ratos no poder atual, afinal, esses mesmos ratos estão há mais de uma década fazendo parte do mesmo mórbido sistema que se mostra deteriorado e quase sem perspectiva agora. Apenas revezaram na posição de comando ou assumiram o comando formalmente. Problemas sistêmicos são também fruto de ciclos e não de ação isolada. Faz bem pensar. Se o pensamento procurar investigar origens fica mais decente. Isso vale para muitas coisas e poderia nos provocar a pensar e repensar vários dos nossos procedimentos como cidadãos, tra

Participação, poder de decidir

Uma curiosidade que tinha desde que fui alfabetizada, fuçar dicionário para descobrir novas palavras e seus conceitos, ganhou para mim um tiquinho de sofisticação, através de um programa de TV de uma denominação que frequentei. O nome do programa era 'Raiz da Palavra', e lá, buscava-se estudar a etimologia bíblica para alargar a compreensão teológica de determinados fatos e previsões escatológicas. Eu achava o máximo descobrir mundos mil através das palavras. A verdade é que na grande maioria das vezes em que nos deparamos com palavras, talvez nem precisemos nos aprofundar em investigá-las. Uma visita ao dicionário mais à mão já nos poderá estender o universo de significados e a complexidade de suas significâncias para além das fronteiras das respostas enlatadas que nos são "vendidas" como totalidade inspiracional e expressão finalistica, delimitadora de mentes que é. Um exemplo?  PARTICIPAÇÃO. O que ela lhe significa? Qual a magnitude da sua expressão e o