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Mostrando postagens com o rótulo Poesia

E se a alma

E se alma estiver escura? Dê a ela os olhos que lhe serão como um clarão, um lampejo na escuridão! E se a alma estiver fria? Dê a ela um abraço que se reproduza em calor, uma última razão! E se alma estiver faminta? Dê a ela uma migalha de esperança que lhe seja sobrevida para um suspiro de paixão! E se a alma estiver sedenta? Dê a ela uma lágrima e ela se lembrará que é maior que a solidão! E se alma estiver morrendo? Dê a ela amor e ela experimentará a sobrenatural ressurreição!

Ela é...

Ela é alva, mas outras vezes é colorida Ela é macia Ela tem tem um cheiro suave Ela é flexível Ela fala, na maioria das vezes, bem tranquilamente e baixo Mas, ela também é firme E, há vezes em que ela fala alto, fala forte Ela apaga coisas, no sentido de deixá-las lá para trás, sabendo-se que existiram, mas sem atrapalhar hoje E há tempos em que ela gera coisas, muitas coisas. Na verdade, se deixarmos, ela sempre estará gerando coisas. Ela ilumina e mostra possibilidades Ela é graciosa e de tanta graciosidade, às vezes, ela faz chorar e outras, rir Ela é libertadora Ela é renovadora Ela é alegre e alegra Ela às vezes, parece um abraço, daqueles longos, nem sufocantes, sem superficiais, mas um misto de algo muito humano e um toque divino Ela às vezes, parece um afago Ela é singular Esperança, bom tê-la sempre viva, aqui no meu peito.

Não se morre de amor

Não se morre de amor. Morre-se de desamor No dissabor da traição Na angústia do abandono No medo da solidão De amor não digo o toque, carne, cheiro e suor De amor digo viver de um para o outro, viver de um no outro Independente do escopo E morre-se de desamor não no dia da morte Mas na perda diária da esperança No sangrar da alma em trauma No apagar do sorriso livre Isso ainda num corpo frágil que vive De amor não se morre Mas de desamor ... morre

Reflexão

O Caminho da Vida O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. (O Último discurso, do filme O Grande Ditador) Charles Chaplin

E agora, José?

E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ? e agora, você ? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama protesta, e agora, José ? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José ? E agora, José ? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora ? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora ? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se v