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Mostrando postagens com o rótulo Brasília

// agradecimento // Associação do Parque Ecológico das Sucupiras

N a política há diversos espaços, todos igualmente importantes e necessários para que ela (a política) cumpra seu papel de serviço ao comum, à sociedade. Aqui, tal qual em todo o país, há gente fazendo política de formiguinha - que para mim é a mais potente. Gente que entende sua responsabilidade cidadã e se deixa possuir por uma causa. Em 2015 conheci Fernando De Castro Lopes e Madalena Rodrigues em uma marcha pelo clima, aqui em Brasília. Dali e nos anos seguintes, a partir do meu trabalho e militância, interagi diversas vezes com os dois em decorrência da luta histórica que travam, com outras cidadãs e cidadãos, em defesa do Parque Ecológico das Sucupiras. Sei que já foram muitas as vezes que eles quiseram jogar a toalha, desistir. Afinal, são mais de 20 anos de batalhas contra o poder financeiro e a especulação imobiliária, predatória e destruidora do patrimônio ambiental, bem comum. E há a inércia do poder público feita cúmplice. Eles seguem lá, na luta. Hoje meu dia foi bem c

Mais mulheres na política

Nós acreditamos que a qualidade da democracia está diretamente ligada à participação de mulheres na política. Por isso, o estatuto da REDE Sustentabilidade determina que pelo 30% da sua direção partidária contemple representação de gênero e que os seus cargos executivos devem priorizar paridade. Aqui no DF, todavia, nos impulsemos paridade, no sentido de termos uma prática democrática mais ampla, cada vez mais próxima da real necessária. O nosso Diretório (Elo Distrital) e a  nossa Comissão Executiva Distrital - que farão a gestão partidária até novembro 2021, e a Delegação escolhida para o Congresso Nacional em maio (2020) são 100% paritárias. Além disso, a nominata eleitoral da @rededf para 2022 será paritária e os recursos que tivermos para investimento nas candidaturas deverão ser igualmente divididos entre mulheres e homens. Fora outras medidas que já estão em curso, no campo da formação política e da promoção à visibilidade das nossas lideranças femininas.

Ilha da fantasia, Brasília?

Dados da Codeplan sobre a realidade do Distrito Federal, hoje, e aquela que logo ali se desenha são de deixar os cabelos de pé, especialmente porque parece que os proponentes de políticas públicas e os agentes executores, bem como os demais entes do Estado, não estão preocupados em tornar todos os entes sociais parte da discussão sobre o presente e o futuro do nosso quadradinho. Por aqui há coisas do tipo: condenar chefes do executivo pelo caos na área de saúde. É verdade, é  um caos. Mas, não se faz muito esforço para olhar as coisas de modo mais amplo. Por exemplo: O Distrito Federal é a unidade da federação com maior crescimento populacional do Brasil, a uma taxa de 11,4% de 2002 a 2017. Transporte, emprego, recursos naturais, habitação, educação, segurança pública, infraestrutura urbana. Tudo isso sofre impacto do crescimento populacional e da desorganização urbana e da incapacidade do Estado em atender a pressão no tempo minimamente adequado e desemboca em que lugar? A

Por mandatos mais participativos e transparentes

A nossa história recente vive um mergulho profundo na crise de representatividade. Estruturas frias, rígidas, distantes, ensimesmadas, incapazes de dialogar com os atuais dilemas da nossa sociedade. Os partidos não dão mais conta sozinhos, do desafio da construção a política. Na REDE acreditamos no novo jeito de fazer política e que ele está diretamente ligado ao resgate do protagonismo do cidadão para que ele voz ativa em todos os processos do fazer política, de modo que os representantes sejam de fato REPRESENTANTES, e não substitutos dos cidadãos e cidadãs. Entendemos que uma das suas principais contribuições da REDE para o resgate da política é trabalhar para quebrar o monopólio dos partidos, criando novos métodos e fortalecendo outros que já existem, em parceria com os movimentos cívicos e as instituições, oxigenando a política com mais participação real da população no processo democrático e mais transparência na ação dos seus representantes. A convicção nestes princ

Lançamento da Iniciativa Câmara Mais Barata

São muitas as mancadas acerca das quais os maus políticos que controlam o sistema institucional querem convencer o cidadão. Uma delas é sobre participação e atuação na dinâmica política, restringindo-a ao processo eleitoral - esse que se fez viciado e pelo qual as políticas públicas são friamente debeladas às disputas, se assim julgarem necessário, os maus políticos, aos seus jogos particulares de poder. Número 1: não sou contra partidos, afinal, seria doida né, porque dedico  significativa energia à construção de um, na esperança de que ele não seja propriedade de um, mas uma dinâmica e orgânica construção comum; Número 2: não desprezo o processo eleitoral, afinal, para que participássemos dele muita gente se sacrificou ao longo da nossa história e ele ainda não está completo, para atestar basta um recorte: quantas mulheres? negros? povos indígenas? filiação obrigatória para participar de um pleito. Ou seja, ele ainda está longe do mínimo ideal. Do meu voto, por exemplo, não ab

Dançando no fluxo da consciência

Quase três anos depois de manter-me longe da literatura de administração e negócios, voltei a folheá-la, revisitando o impulsos de algumas das suas facetas e perspectivas frente. É da edição nº 124 da HSM Management que vem inspiração para estas linhas, não para escrever sobre liderança de mercados e negócios, mas política. "Ausência de ego, a sensação de intemporalidade, a motivação natural e a riqueza criativa, que surgem quando as pessoas estão em êxtase, podem alavancar seu desempenho" . São estes os atrativos com os quais Steven Kotlen e Jamie Wheal nos levam para o artigo 'Habilidades que vêm do fluxo da consciência'. O começo é um registro sobre o desafio de Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, no dilema da escolha um CEO que desse ao mercado e investidores a segurança que eles, jovens, em 2001, não conseguiam dar. Para além das qualificações técnicas, "eles queriam alguém que conseguisse deixar o ego de lado a fim de compreender

Sobre Manifestações

Brasília, Capital Federal, Sede dos Três Poderes ... deveria ter uma polícia melhor preparada para as dezenas de manifestações populares que aqui ocorrem todos os anos, conforme prescreve a Constituição Afinal, elas são, não apenas importantes, mas necessárias e fundamentais em qualquer processo democrático. Ao invés disso temos uma polícia incompetente, quando a questão é a relação com as populações em marcha. Não, não me venham com papo que é o "governo golpista" porque vou às ruas desde 1998, e SEMPRE vi as MESMAS CENAS. Truculência, uso desmedido de força, provocações. É a cultura MILITAR AUTORITÁRIA E ARBITRÁRIA que é estimulada nos quartéis e centros de formação desses que se colocam em patamar de não cidadãos, em categoria superior, como se ela existisse - e deles transbordam para as ruas. O que vi ontem, por exemplo, foi de um absurdo tenebroso. Vários idosos indígenas sob fogo cruzado da polícia. Tão ameaçadores eram, aqueles velhos, que nem conseguiam correr, p

Orla, livre para todos

# OrlaLivre  é um projeto de democratização do acesso a um importantíssimo ativo ambiental. Foram décadas de espera, uma sentença judicial e o momento de fazer cumprir é agora. #OrlaLivre é um desafio para repensarmos que tipo de cidade queremos - não apenas em estrutura física, mas também de compreensão de cooperação, interação e relação da população com os espaços públicos e de relevância ambiental no acesso aos serviços ecossistêmicos oferecidos nessas áreas. #OrlaLivre é u m projeto que engrandece o Distrito Federal ao colocar a população para pensar seu lago, uma vasta e rica área ambientalmente revelante e absolutamente indispensável à qualidade de vida neste dito Quadrinho. #OrlaLivre é um desafio a Governo e sociedade para criar novos paradigmas urbanos, novas perspectivas e soluções para a cidade colocando a sua diversidade de riqueza ambiental na centralidade da construção. #OrlaLivre:  # EuApoio  e Convido a todxs xs amigxs para estarmos juntxs, segunda-feira (17

Brasília de todos os brasileiros

Dizem, a arrogância e a estupidez, que Brasília foi criada para poucos e que sua vocação era o vazio. Ledo engano. Brasília foi criada para TODOS OS BRASILEIROS, por isso democratizá-la em acesso é tão difícil. Pode-se até construir enormes e complexos prédios em cinco anos e rapidamente fazê-los habitados sob o fogo cruzado das vantagens, trocas e negociatas ou, dos sonhos dessas almas brasileiras. Uma cidade, porém, se faz no tempero do tempo que prossegue, avança e traz a força do tornar-se. Brasília é a CIDADE DE TODOS OS BRASILEIROS. Ricos, pobres, brancos, pretos, mulheres, homens, crianças. Brasília é, por natureza, a flor do cerrado, esse bioma poderoso, profundo, resistente, exuberante em cores e formas. Brasília é RESISTÊNCIA, sua vocação é ser DEMOCRATIZADA para inspirar sonhos mil nesse gigante de natureza bruta que ainda se faz nação. RESISTAMOS. DEMOCRATIZEMOS, pois, esta cidade e façamos o que lhe foi agraciada ser: A CIDADE DE TODOS OS

Um ato, mil fatos

Rodoviária do Plano Piloto. Sempre lembro que em alguns momentos do dia isso aqui deve ser um dos tantos rascunhos do inferno que estão espalhados por aí. Tudo acontece na plataforma inferior, na porta do banheiro masculino, em frente ao box E-01. Estou esperando o ônibus para a Asa Norte. Desculpem, vou usar alguns palavrões: Polícia: encosta porra!  Rapaz: pronto, senhor! Pronto, senhor! O policial começa a bater na cabeça do rapaz com o cacetete. Polícia: o que tem nessa garrafa? Rapaz: é água, senhor, é água. Leva mais duas batidas na cabeça e uma no meio das pernas. Polícia: me da aqui essa porra, seu filho da puta e abaixa essa cabeça. Abaixa a cabeça, porra! O policial toma a garrafa e cheira o líquido. Provavelmente identifica que é mesmo água e devolve pro rapaz. Bate mais duas vezes no rapaz, na cabeça e no pescoço, e dispara o último ato de civilidade antes de sair de peito inflado olhando desafiadoramente ao redor com a certeza

Brasília que Queremos?

Acho que avaliar o governo, seja qual for, não pode ser um recorte. É um contexto amplo e com elementos muito diversos. Alguns desses tantos elementos que precisam ser considerados: O país. A condição local do Estado e o seu histórico. As medidas de eficácia de médio e longo prazo. Somente esses três, TALVEZ, sejam base para AINDA darmos crédito ao governo em voga. No caso, a nós também, porque em certa medida não dar para falar eles lá e nós cá. Não sempre. Tem coisas complicadas de lidar?  Certamente muitas. Talvez a principal esteja nas forças outras que o compõem. Conservadoras, de mentalidade pouco republicana. E, talvez devamos nos perguntar: é exclusividade deste ou mais um continuísmo espúrio já absorvido pela cultura política local, tolerado e até certa medida fomentado por nós, sociedade? Há ainda elementos extra Executivo que impactam muito fortemente na gestão da cidade. Um deles, CLDF. A composição é muito ruim.

Como é que faz pra sair da ilha?

Dá uma olhada nesse visual. É bonito, não é? É como diz a canção "(...) quem sobe só para regular antena, reforça a ponte de safena". Pois bem, Senhoras e Senhores, a ponte NÃO PODE continuar a ser somente "para atravessar (...) num vai e vem", cedinho, ainda escuro, tentando-se chegar aos casarões dos poderosos (mesmo aqueles que recebem o nome de públicos); e depois, já à noite, o vai e vem se restringe ao percorrer escuro do cansaço. Não, a ponte NÃO É SOMENTE PARA ATRAVESSAR. A ponte, Senhoras e Senhores, PRECISA ser, essencialmente, para acesso livre ao patrimônio natural da nossa cidade, em seu símbolo grandioso, a ORLA DO LAGO PARANOÁ, onde ali, Senhoras e Senhores, sob sombras se fazem latifúndios no espaço público, no patrimônio natural, na área de preservação ambiental ou, simplesmente, na área verde de toda a sociedade brasileira, e nós, sociedade, calados, sentenciados a somente atravessar, "caminhar sobre as águas desse momento&quo

A vez e a hora dos pão duros e dos curiosos

Heliana Kátia Tavares Campos (*) Jane Maria Vilas Boas (**) O mundo dá voltas e muitas vezes o que é apreciado e valorizado em uma determinada época, pode se tornar atrasado e obsoleto em outra. O uso de produtos descartáveis vistos como facilitadores da vida moderna pode ser considerado hoje um dos vilões da poluição ambiental. A aquisição de bens e produtos em quantidade, que já foi uma qualidade, hoje passa a ser questionada por diversos segmentos sociais e culturais. O consumo desenfreado passou a ser visto como causador de diferentes impactos ambientais e sociais pela Agenda 21 Global, assinada no Rio 92 e é preocupação que se faz presente nas agendas de sustentabilidade desde então. Buscou-se a partir daí promover a conscientização para o Consumo Sustentável que não só significa consumir menos, como também buscar informações sobre a origem do produto, bem como sobre o modelo produtivo utilizado. Consumir com mais critério, implica em acond