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Mostrando postagens de abril, 2017

Entre misérias e emoções manipuláveis

Do alto da Rodoviária. Sei lá quantas vezes já passei pela Rodoviária do Plano Piloto (e até virei a noite por lá). Sempre, ali, na plataforma superior, sou atraída a um momento de reflexão a partir da visão da Esplanada dos Ministérios. À esquerda, Teatro Nacional e por trás, CNI, SESI, IEL, Setor Bancário Norte. À direita, a Rodoviária para o Entorno, Museu Nacional e pouco atrás, Banco Central, Setor Bancário Sul. E na visão mais à frente há os ministérios dos dois lados e ao fundo o Congresso Nacional.  Bem, tem-se a Praça dos Três Poderes. Eles, os Poderes. Sob a plataforma, seria exagero dizer, o inferno? Nos horários de pico, um holocausto zumbi. Gentes cansadas de todas os cantos do DF e do Entorno, desesperadamente correndo no troca-troca de ônibus. Imperam lixo, bichos roedores, roubos, prostituição, tráfico de drogas, exploração de trabalho infantil, mendicância, subempregos, cultos das mais diversas religiões, trabalhadores de toda ordem, jo

Trabalho e Sindicalismo

Faltam-nos reflexão e espírito crítico. Acredito que o Brasil precise de uma reforma previdenciária, de uma reforma trabalhista, de uma reforma tributária e fiscal e, essencialmente, de uma REFORMA PO LÍTICA. A ausência dessa essencial reforma, a política, nos deixa, a todos reféns de um sistema apodrecido que se retroalimenta, ano após ano, e que numa avassaladora capacidade de ação, apodrece também a todos os sistemas de serviços à sociedade - seja através do aparato estatal, seja pela produção econômica nas mais variadas frentes de ação. E nisso. a premissa número um é a sobreposição do interesse individual e de pequenos grupos à coletividade e ao estado de equidade, justiça e desenvolvimento sustentável de que necessitamos. TRABALHO, EMPREGO E RENDA Neste país, emprego e renda são gerados, significativamente, pelas quase 9 milhões de micro e pequenas empresas espalhadas de norte a sul, leste a oeste. Segundo o SEBRAE, esses pequenos negócios produzem à economia bra

Sobre Manifestações

Brasília, Capital Federal, Sede dos Três Poderes ... deveria ter uma polícia melhor preparada para as dezenas de manifestações populares que aqui ocorrem todos os anos, conforme prescreve a Constituição Afinal, elas são, não apenas importantes, mas necessárias e fundamentais em qualquer processo democrático. Ao invés disso temos uma polícia incompetente, quando a questão é a relação com as populações em marcha. Não, não me venham com papo que é o "governo golpista" porque vou às ruas desde 1998, e SEMPRE vi as MESMAS CENAS. Truculência, uso desmedido de força, provocações. É a cultura MILITAR AUTORITÁRIA E ARBITRÁRIA que é estimulada nos quartéis e centros de formação desses que se colocam em patamar de não cidadãos, em categoria superior, como se ela existisse - e deles transbordam para as ruas. O que vi ontem, por exemplo, foi de um absurdo tenebroso. Vários idosos indígenas sob fogo cruzado da polícia. Tão ameaçadores eram, aqueles velhos, que nem conseguiam correr, p

Sobre Golpes

Sim, é bem possível, como se vê (ou como disse em entrevista a ex-Presidente Dilma), que a América Latina esteja voltando ao Neoliberalismo e é  certo, lamentavelmente, que por aqui,  na Terra Brasilis, quem colocou a chave na ignição, deu partida e acelerou a marcha, ladeira abaixo nessa direção, foram os que se diziam do povo e pelo povo e para o povo. Isso sim, É GOLPE. Aí está uma das principais razões porque não aderi àquela tese de marketing de desespero (?), ou faz de conta pra querer alguma dignidade na queda (?), de golpe. Sim, vivemos temos sombrios de retrocessos de toda ordem e eles fazem parte do mesmo podre pacote em curso no golpe silencioso que nos ocorria desde muitos anos, quando as almas foram vendidas por nacos de poder - de um lado os que se enebriaram, do outro, os que jamais consideraram a possibilidade de sociedades menos desiguais - e fizeram-se irmãos siameses, mesma alma, mesmo corpo, mesmo chão, mesmo tom de vibração, mesmo cálculo padrão de ação, mesma v

Medo, o maestro da humanidade

O medo é o grande maestro da humanidade. Duvida? Olhe pro lado e veja. Na família, no trabalho, nas práticas religiosas, na convenção social, nas interações políticas e econômicas. De todos os modos, em todos os tempos, em todos os dilemas humanos, o delineador das ações e reações não é a consciência de ser, mas o medo de não ter algum poder. Medo, a prisão. Medo, a acusação. Medo, o escape. Medo, a conformação. Como canta o poeta pernambucano: "o medo é uma linha que separa o mundo; o medo é uma casa aonde ninguém vai; o medo é como um laço que se aperta em nós; o medo é uma força que não me deixa andar; o medo é uma sombra que o temor não desvia; o medo é uma armadilha que pegou o amor; o medo é uma chave que apagou a vida; o medo é uma brecha que fez crescer a dor; medo que dá medo do medo que dá". E o que quebrará os grilhões dessa clausura?

No caminho de Emaús, um milagre

"Te ver e não te querer É improvável, é impossível?" A história humana se repete e é intrigante perceber o que dizia o Pregador sobre não haver nada de novo na face da terra. Os dilemas do caminho de Emaús continuam a nos acompanhar.  O que tínhamos ali? - Dois discípulos de Jesus indo em direção a Emaús; - Uma caminhada envolta nas cenas de uma tragédia (anunciada e cumprida). Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus chegou perto e começou a caminhar com eles, mas, "alguma coisa não deixou que eles o reconhecessem" . O Cristo, então, sob a nuvem do desconhecimento começa a levantar algumas indagações, que obviamente, não são bem recebidas, afinal, como poderia alguém não saber dos últimos acontecimentos que varreram Jerusalém, provocando expectativas, distúrbios, desavenças e muito choro?  Esperança frustrada.  Promessa não compreendida. Corações abalados. Mentes preocupadas. E eles discorrem ao novo companhe

Orla, livre para todos

# OrlaLivre  é um projeto de democratização do acesso a um importantíssimo ativo ambiental. Foram décadas de espera, uma sentença judicial e o momento de fazer cumprir é agora. #OrlaLivre é um desafio para repensarmos que tipo de cidade queremos - não apenas em estrutura física, mas também de compreensão de cooperação, interação e relação da população com os espaços públicos e de relevância ambiental no acesso aos serviços ecossistêmicos oferecidos nessas áreas. #OrlaLivre é u m projeto que engrandece o Distrito Federal ao colocar a população para pensar seu lago, uma vasta e rica área ambientalmente revelante e absolutamente indispensável à qualidade de vida neste dito Quadrinho. #OrlaLivre é um desafio a Governo e sociedade para criar novos paradigmas urbanos, novas perspectivas e soluções para a cidade colocando a sua diversidade de riqueza ambiental na centralidade da construção. #OrlaLivre:  # EuApoio  e Convido a todxs xs amigxs para estarmos juntxs, segunda-feira (17

Brasília de todos os brasileiros

Dizem, a arrogância e a estupidez, que Brasília foi criada para poucos e que sua vocação era o vazio. Ledo engano. Brasília foi criada para TODOS OS BRASILEIROS, por isso democratizá-la em acesso é tão difícil. Pode-se até construir enormes e complexos prédios em cinco anos e rapidamente fazê-los habitados sob o fogo cruzado das vantagens, trocas e negociatas ou, dos sonhos dessas almas brasileiras. Uma cidade, porém, se faz no tempero do tempo que prossegue, avança e traz a força do tornar-se. Brasília é a CIDADE DE TODOS OS BRASILEIROS. Ricos, pobres, brancos, pretos, mulheres, homens, crianças. Brasília é, por natureza, a flor do cerrado, esse bioma poderoso, profundo, resistente, exuberante em cores e formas. Brasília é RESISTÊNCIA, sua vocação é ser DEMOCRATIZADA para inspirar sonhos mil nesse gigante de natureza bruta que ainda se faz nação. RESISTAMOS. DEMOCRATIZEMOS, pois, esta cidade e façamos o que lhe foi agraciada ser: A CIDADE DE TODOS OS