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Mostrando postagens de 2017

Foi para diferenciar que Deus criou a diferença

Foi dEle a frase: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não ficará tateando no escuro. A minha luz é para toda a vida."  Noutro momento Ele disse; " vocês estão aqui para ser luz, para trazer as cores de Deus ao mundo." Quando há luz podemos enxergar as formas, os detalhes, as cores, a diversidade do que pensamos e somos. A luz pode nos despertar a que percebamos que está nas diferenças o que nos falta na nossa singularidade e por isso, precisamos do outro como é, não nosso igual. Então, sabedor disso Ele nos orientou: " que a generosidade seja a marca da vida de vocês."  Hoje, quando "o mundo cristão" exibe sua fé no Cristo, celebrando seu nascimento, poderoso seria nos tornarmos capazes de deixá-lo nascer em nós como prometido foi: aquele que nos faria UM, juntando os diferentes, unindo-nos todos através das virtudes desejáveis, aquelas contra as quais não há lei. " Afeição pelos outros; uma vida cheia de exuberância; serenidade;

Pelo fim do monopólio dos partidos (na política)

A política não tem proprietário. Tem construtor, o cidadão. Por isso, creditar à política status de organização partidária e relegá-la às mãos de alguns poucos iluminados tira-nos autonomia e por consequência, autoridade; faz-nos subservientes aos sistemas, quando menos pior, espectadores; dá à representação status e autoridade substitutiva que nunca caberia; afasta-nos dos eixos decisórios da vida comunitária e, no lugar da soberania popular, coloca a burocracia e a briga por pequenos poderes como mandatários. Nos tempos atuais, quando no mundo todo - de norte a sul - ecoam gritos de " vocês não  nos representam ", o que mais vemos são instâncias decisórias no Estado, nos Governos e nas organizações partidárias é o sistema se repetindo  em autoritarismo, numa quase demência comportamental de quem se tem certeza de propriedade da ágora, da política e do fazer política,  ao invés de os entes humanos ou organizativos se lançarem ao exercício crítico  dos seus processos

Poder: serviço ou tirania?

Poder é para servir ao próximo construindo a coletividade, colaborativamente. Qualquer exercício de poder que não esteja alinhado a essa premissa é TIRANIA. E que se saiba, TIRANIA se exerce com chicotes e grilhões, prendendo pés e mãos a troncos ou, prendendo mentes e corações às escuras e tenebrosas celas da mediocridade humana e seu egoísmo. As prisões da tirania podem surgir de um processo construído sob os escombros da ignorância, ausência se autoconhecimento, sofrimento. Podem, também, ter por origem o medo, esse vilão devorador de destinos, de ir além de si, percebendo nas conexões da vida a liberdade de existir e na existência construir vida. Seríamos capazes de analisar nosso interior em sincero exame para identificar o quanto estamos sendo tiranos ou o quanto nos temos submetido à tirania e assim, deixado de construir a nossa humanidade? E que outro ambiente mais propício à total disseminação da tirania, se não aquele em que o imperativo é a desumanidade?

Dançando no fluxo da consciência

Quase três anos depois de manter-me longe da literatura de administração e negócios, voltei a folheá-la, revisitando o impulsos de algumas das suas facetas e perspectivas frente. É da edição nº 124 da HSM Management que vem inspiração para estas linhas, não para escrever sobre liderança de mercados e negócios, mas política. "Ausência de ego, a sensação de intemporalidade, a motivação natural e a riqueza criativa, que surgem quando as pessoas estão em êxtase, podem alavancar seu desempenho" . São estes os atrativos com os quais Steven Kotlen e Jamie Wheal nos levam para o artigo 'Habilidades que vêm do fluxo da consciência'. O começo é um registro sobre o desafio de Larry Page e Sergey Brin, fundadores do Google, no dilema da escolha um CEO que desse ao mercado e investidores a segurança que eles, jovens, em 2001, não conseguiam dar. Para além das qualificações técnicas, "eles queriam alguém que conseguisse deixar o ego de lado a fim de compreender

Enfim, o adeus!

O futuro não é o resultado de escolhas entre caminhos alternativos oferecidos pelo presente, e sim um lugar criado. Criado antes na mente e na vontade, criado depois na ação. O futuro não é um lugar para onde estamos indo, é um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para serem encontrados e, sim, feitos. E a ação de fazê-los muda ambos, o fazedor e o destino" (John Schaar) Assim, acredito. Depois de quase três anos intensos, contribuindo na assessoria da presidência do Instituto Brasília Ambiental, com trabalho duro, forte, firme e buscando ser o mais consistente possível para colaborar na construção do futuro no qual acredito, sobre uma estrada de múltiplos encontros de saberes, necessidades e oferecimentos de contribuições incontáveis, fez-se o adeus oficial. Gratidão! Meus horizontes se ampliaram, como eu nem imaginava. Aprendi bastante sobre esse pedaço da nossa casa comum, o DF, e muitas das suas demandas e do que esse pedaço de chão que ousamos chamar

Sobre liberdade

A liberdade é controversa, paradoxal muitas vezes e, absolutamente misteriosa. Eu a valorizo profundamente e me aplico com sincero e responsável compromisso de vida, por tentar compreendê-la e exercitá-la. Confesso. Hoje (e já tem 6 anos), faço menos "orações" e nelas não consigo sair do enredo: pedido de perdão dos pecados que cometo todo dia, pedido de renovo da graça e misericórdia do Criador sobre a minha vida, resgatando a minha humanidade, e agradecimento. Muito raramente consigo ir além disso e acho que nisso está tudo. Sei lá. Há 6 anos, depois de servir numa congregação evangélica por 7 anos, como pastora, e outros 6 anos em outras tantas funções, deixei aquela "comunidade". Muita coisa tem rolado debaixo da ponte desde então e tenho tentado olhar para dentro de mim para me exercitar em conhecer as minhas podridões, tanto quanto o que há em mim que possa ser útil para a minha geração, em serviço. Eu era absolutamente apaixonada, dedicada, inteira no

Pessoas virtuosas por instituições virtuosas

Ouvir Marina Silva e acompanhar as suas práticas políticas é um exercício e tanto de aprendizado. Ela é uma pessoa ímpar, por isso procuro prestar bastante atenção ao que diz, matutar, refletir, observar a congruência do seu discurso e prática e absorver o que a minha própria consciência orienta. Admiro especialmente o esforço a que ela se impõe, assim vejo, para que as pessoas se assumam cidadãs responsáveis pelos próprios destinos e para que percebam o quanto isso concorre para o destino coletivo. Admiro a visão de liderança que estimula as pessoas à emancipação. Admiro sua capacidade de provocar processos de pensamento com falas instigantes como quando diz: "Pessoas virtuosas constroem instituições virtuosas que corrigem as pessoas quando falham em suas virtudes". Tenho pensado muito sobre o significado e importância disso e, se e como temos nos desafiado a perceber o valor de, no processo democrático e na relação das forças políticas com a estrutura do Estado, em que

MENSAGEM PRA JUVENTUDE

À Juventude de Luta e de Paz. É nos mistérios da juventude encontro boa parte de poderosa energia inspiracional para os desafios do cotidiano. E, embora os n ossos tempos sejam muito ruins e tanto piores para as juventudes - que se veem dizimadas pela violência; em escalas absurdas de desequilíbrio de oportunidades para desenvolvimento de seus potenciais e sua cidadania e tantas vezes, silenciadas nos campos de disputa de ideais, engessando ideais,  as juventudes continuam fortes, intensas, vibrantes, dinâmicas, sonhadoras, capazes, vivas. É assim que as vejo e por isso não posso dizer outra coisa senão: J OVENS, VOCÊS SÃO IMPRESCINDÍVEIS na construção dos processos políticos do nosso país. Sim, o sistema é viciado (mas a origem dos vícios somos nós), por isso, mesmo as novas proposições e construções políticas, tantas vezes, saltam diante de nós como se velhas fossem. É que estão lá os nossos vícios todos, juntinhos, de mãos dadas. Os meus, os seus e os de gerações anteriore

A política será o que formos capazes de construir

Em toda construção da qual faço parte, procuro ter - como ponto de partida à minha caminhada - o que eu estou disposta a aprender fazer e a fazer e, não a expectativa da construção feita que me sirva. Nos tempos atuais, de absoluta desilusão com a política, instituições e agentes públicos que as operam; a desmedida apatia de um lado e a reação sem reflexão do outro; a ausência de disposição para olhar a sociedade e refletir seus dilemas em conjunção com as suas complexidades, pergunto: QUE POLÍTICA, AFINAL, QUEREMOS? Falamos de generosidade, fraternidade, novo tipo de ação, emancipação, processos coletivos e horizontais, colaboração; ações de longo prazo para o curto prazo dos agentes políticos; o serviço como motivação e muitos outros valiosos atributos. Especialmente por causa desse discurso, que reverbera para mim como um ideário, volto a uma das mais ricas ferramentas que temos à mão – o questionamento. Quanto estamos dispostos, a começar de nós, a aproximar esse dis

Política e políticos

Há muito Marina Silva fala sobre "políticas de longo prazo para o curto prazo dos políticos". Tenho pensado muito acerca dessa chamada à reflexão e o que ela significa para mim quando olho, o papel do Estado, o seu funcionamento, a interação entre os poderes, as demandas da sociedade, a participação da sociedade. Claro que hoje, quase três dentro de um pedaço da estrutura do Estado, este por sinal, que tem interação fortíssima e tensa com outras tantas partes desse mesmo Estado e com a sociedade, tenho outro olhar de período anterior. Entendo um pouco melhor as dinâmicas, percebo um pouco melhor alguns jogos, desespero-me um pouco mais com determinadas ações e incrivelmente, esse um pouco menos ou mais não necessariamente parte dos mesmos lugares de onde eu imaginava partir tempos atrás. Algo guardo com muito seriedade: SEM POLÍTICAS DE LONGO PRAZO PARA O CURTO PRAZO DOS POLÍTICOS nunca sairemos do atoleiro social em que estamos e do estado de crise representativa a que

Aprender contínuo

Às vezes é preciso deixar -se flutuar, leve, sobre águas, mesmo turvas é preciso considerar, com sinceridade, o não controle dos dias às mãos humanas, calejadas de medos é preciso creditar à luz, cuja origem não somos nós, isolados em nós, o apontar de inusitados caminhos surpreendentes  um aprender contínuo  em ciclos  vivos

Ganhei Verso 2

Já diz o ditado que um grama de sorte é melhor que uma barra de ouro. Encontrar Ádila em tempos de poucos sonhadores é magia, imensidão, desfrute e  gratidão Pote no final do arco-iris. Ela é comprometida com a vida. Amiga da lua, se recupera do dia para avançar com o sol. Dada ao outro. Se conecta na força do respirar. Obstinada. Utópica. Desvaloriza padrões. Aprendeu com o cerrado a estimar o não visto. Estico ampulheta quando a tenho por perto. Viagem, cinema, cafés. Teatro, livrarias, shows e rolês. Comparsa da música, livros, poesia.  É natureza. Terra, fogo, vento, água. Linda exuberante apta a desbravar. Com talentos que afrontam a contagem. Expande horizontes. Enfrenta cicerones. Todo dia tem leão que manda pastar. Existencia que inspira e enconraja. Nao compreendo como vivi décadas sem nela morar. Desejo aos anos que nos restam: Tempo de desfrute. Ócio pra criar. Oraçao que escuta e coragem para não se adequar. Amo-a mais do que todas as caronas que

sozinhos somos cinza, apenas.

'quando as ideias fazem sexo' é o título de um TED que vi a primeira vez já tem pra mais de uns cinco anos, eu acho. não falarei dele, objetivamente, de novo. direi do que me aflora ao lembrá-lo. essa troca, mistura, conexão, interação de ideias, gostos, versões, perspectivas, visões, almas. essa diversidade intensa e vibrante do existir que dá sentido à vida. pulso. vibro. sorrio. exulto. imagino coisas mirabolantes e esperanço em cores, formas e diversos sabores quando visl umbro o novo que as nossas conexões são capazes de gerar. sozinhos somos cinza, apenas. conectados por esse fio de cobre poderoso, a diversidade, nos fazemos vivos, múltiplos, inteligentes, ricos, fortes. isso é tão poderoso. talvez esteja aí a razão de tanta contrariedade a que nos façamos respeitosos. isso nos emancipa sem nos fazer independentes, antes apenas se mantém se interdependentes somos, o que não cultiva, almas escravas do eu. torcendo para que nesses tempos de trevas, a e

38 anos de gratidão

Se procurar bem, você acaba encontrando não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia (inexplicável) da vida" - Carlos Drummond de Andrade ------ Assim sigo, procurando com dedicação poesia no verso, na prosa, nas cores, nas formas, nos sons e sabores do existir, a vida que me foi dada de presente. E sim, tenho conseguido encontrá-la e aprendido a desfrutá-la, dando-me à vida, permitindo que ela se faça em mim semente e fruto e me faça, frutífera. Obrigada, FAMÍLIA, base forte. Amo-os bem além do que consigo expressar. Obrigada, AMIGAS e AMIGOS, construção bela. Amo-os além do que consigo dizer. Obrigada, PESSOAS TODAS da minha caminhada. Amo-os, ainda que a nossa existência não seja tão comum, porque o existir é um todo, essa liga que nos faz um. Obrigada, Senhor Criador. Alguém me disse RESILIENTE, e assim tenho-me lido, e admitido e exercitado e, se assim me torno, é de Ti que me vem essa capacidade, é por Ti que me refaço e é para Ti que me vou reconstruin

Todas as versões de mim celebram

Todas as versões de mim quero expressá-las, no samba que não sei dançar;   na canção que não sei cantar; no poema que não sei recitar; nas letras tortas que não sei escrever; na atenção que não sei devotar;  no cuidado que não sei dar;  na entrega que não sei fazer; no serviço que não sei prestar; no amor que não sei significar; porque sou um esboço e quero me eternizar nesse ciclo de transformação, de nada saber e querer aprender, pois não sei me definir de outro modo, em nenhum outro mais desejado significado, senão de APRENDIZ ... Ah, a vida, esse "divino mistério profundo', esse "sopro do criador," dom de "duma atitude repleta de amor", que bom celebrá-la, sempre e todo dia. Obrigada, Eterno, pelo dom da vida, por me dar a alegria de existir, por semear neste coração pulsante - que o caminho para mim, é NUNCA DEIXAR DE SER APRENDIZ! Um pedido só, Criador: continue a dar-me alegria em SERVIR e prazer no APRENDER. M

Contra o monopólio dos partidos

Para derrubar o monopólio dos partidos é preciso participar da política, fazer política, hackear a política e os sistemas vigentes até que eles sejam transformados e os partidos simplesmente se tornem DESNECESSÁRIOS. Porque, na Boa, não se faz política só com partidos. Aliás, as boa política que ainda sobrevive, na esmagadora maioria das vezes, está fora dos partidos. Rumbora quebrar a banca e provar para os partidos que eles não são donos do Estado? Mas,  Ádila Lopes , você é filiada à REDE? Sim, sou e bem atuante. Como é isso, então? É assim, uai, como se vê. A gente está trabalhando para que o sistema mude, a sociedade seja emancipada e os partidos, que já são obsoletos, se tornem DESNECESSÁRIOS. Eles vão continuar existindo? Ainda por muito tempo. Mas, o cidadão PRECISA saber que o poder é do povo e as decisões são do povo e o Estado está a serviço do povo, não dos partidos.

Último cristão

Nós, os que inflamos o peito ao nos dizermos cristãos se cristãos fôssemos, um Brasil mais justo e mais solidário nos entregaríamos para construir. O que nos importa, porém, é discutir o sexo dos anjos, é controlar a sexualidade alheia; é esbanjar a nossa certeza de sermos abençoados (esquecendo de nos desenvolvermos abençoadores); é exaltar o justiçamento na vingança e intolerância e desconsiderar que o nosso desequilíbrio gera as mazelas que alimentam nossos monstros. Alguém já disse que o último cristão morreu pregado na Cruz. Sim, e ele lá permanece, vilipendiado, humilhado, já não não exaltado no poder da entrega, mas sucumbindo porque, ainda que seja Ele - o filho do Criador, a sua ressureição, poder, autoridade e glória operam é na vida imperfeita dos ciclos do nosso existir e na medida em que vai se assemelhando à plena que nos foi dada no paraíso, quando nos dispomos a plantar jardins aqui na terra, pelo exercício das virtudes do Reino de Justiça e Paz que ele nos deu exempl

Poder é permanecer na cruz

A melhor definição de poder que até hoje ouvi e que muito me faz pensar, por isso gosto, é: PODER É ESCOLHER PERMANECER NA CRUZ. Isso dito em referência ao Cristo - que assim cremos (os cristãos)  - que tinha todas as condições de enfrentar tudo e todos, de modo sobrenatural, e para não ser crucificado. Ele escolheu permanecer na Cruz, sacrificar-se e se entregar por algo que somos incapazes de mensurar, descrever. O justo pelos injustos. Poder não é disputa. Não para mim. Pelo menos, tenho me dedicado a compreendê-lo diferente disso. Poder não é a vitória de um sobre outro, se com a sua humilhação, tanto melhor. Não. Para mim, poder é entrega, é serviço, é abnegação, é fraternidade, é respeito, é amor. E todos os frutos gerados por isso. Alguns dirão: o mundo não funciona assim; isso é uma patética ilusão; utopia, coisa de tolos. Perfeito. É o que sou. Tola. Acredito no serviço. Acredito na abnegação. Acredito na fraternidade. Acredito no respeito. Acredito no amor. Acredit

Internet, não-partidos e juventudes: elementos da nova política

Para mim, POLÍTICA é ferramenta de transformação social. Ela pode (e deveria) ser serviço. Também pode (e é na maioria das vezes) dominação de castas. Partindo do que acredito acerca em soma à revolução digital, como nunca antes, a política cada vez mais será dinâmica e desprendida do locus partidário, fruto de redes e redes em conexões extraordinárias, movidas e existindo como a fluidez da dinâmica social e sem o taco pesado dos partidos políticos. É a POLÍTICA firme e forte rompendo com o sistema que a escravizou faz tempo. Ou os partidos se reinventam (alguns tem é que desaparecer e não deixar rastro) para serem movimentos mobilizadores da sociedade ou eles perderão qualquer chance de sobrevivência. E isso logo ali. Sou contra os partidos? Não é que eu seja contra. E você pode e DEVE fazer política independente de partido. Eles ainda são necessários. Apenas ainda. Faço parte de um. Aliás, sou dirigente no partido de que faço parte. Aliás, meu ínfimo tempo após minhas pesadas e

Sobre ensino e pesquisa e sucateamento de instituições

Há uma infinidade de instituições públicas caindo pelas tabelas, especialmente as de ensino e pesquisa. Sim, creio que temos, todos, que lamentar e protestar contra o abandono, o baixo investimento e, bem, a relação seria bem grande, de todas as mazelas que alcançam essa área. E isso é péssimo para o país. A gente nem tem noção do quanto. Uma observação é fundamental, creio, e, no mínimo honesta: o caos do setor não é fruto de uma ação recente, e não estou defendendo os ratos no poder atual, afinal, esses mesmos ratos estão há mais de uma década fazendo parte do mesmo mórbido sistema que se mostra deteriorado e quase sem perspectiva agora. Apenas revezaram na posição de comando ou assumiram o comando formalmente. Problemas sistêmicos são também fruto de ciclos e não de ação isolada. Faz bem pensar. Se o pensamento procurar investigar origens fica mais decente. Isso vale para muitas coisas e poderia nos provocar a pensar e repensar vários dos nossos procedimentos como cidadãos, tra

SOBRE JOGOS E PODER

"Passada a hora de sairmos dos belos discursos e partimos para o jogo", é a frase que me consome há alguns dias. Jogo: atividade que estabelece quem ganha e quem perde. Quem define as regras? Questão importante. Já entrei em alguns jogos, algumas vezes, ao longo dos meus quase 38 anos. Ganhei. Perdi. Não gostei de nenhum dos jogos, em todas a vezes que me prestei e emprestei a eles. Já fiz parte de jogos, sem consciência disso, e quando me soube peça, morri. Da dura ressaca moral me reergui. Hoje estou, conscientemente, há um passo de centenas de jogos, de toda ordem. Alguns vejo com clareza. De outros sei, mas não consigo identificá-los. Tenho uma decisão: meu limite é o jogo. Se lá ele está e consigo seguir  o caminho de servir, missão mestra do meu existir, que seja. Se me for imposto jogar, entrar no jogo, estou fora. A duras penas tenho me desafiado a ser de um único Senhor. Grande parte das vezes não consigo. Por isso, conscientemente decido: não quero jogos, não

Não me moleste

Ah, para! A Bíblia é um livro vivo, dinâmico. Escrito ontem, para orientar princípios e valores saudáveis, para orientar a identificação do verbo encarnado. Escrito hoje, aqui e agora, no reconhecimento do Cristo, nas relações, no cuidado, no serviço, na prática da justiça. O Livro só é sagrado na medida em que revela, pela dinâmica do serviço, Cristo em nós. Do contrário, é só um livro velho. Heresia? Talvez. Uma certeza: não tenho a menor pretensão de estar certa. Esse tempo, graças a Deus, já passou e o meu compromisso hoje é não deixá-lo se realizar novamente. Não quero mais o mundo das certezas. Quanto à sua teologia? Que bom que a tem. As vezes o invejo. Em todas as outras, tento compreender os saberes todos que o Espírito produz, vivo em mim e em todos os outros seres, de modo tão mais profundo e eficaz quanto me interesso por ser mais uma e desenvolvo a consistência de que a Verdade se releva na coletividade. Fora disso, fique com a sua teologia e eu com a minha heresia.

DIVÓRCIOS e SONHOS

A gente sonha e casa com os sonhos. É sempre assim. Ou pelo menos quase sempre. Planos. Enamoramentos. Mergulhos profundos. Desejos. Pele quente. Suor. Pele fria. Medo. Ansiedade. Êxtase. Lágrimas. Risos. Gargalhadas. Frustrações. Insônia. Força sobrehumana. Fé inabalável. Trabalho incansável. Energia infinda. E começa a nascer. O tempo não para. Pensamento afirmativo ao próprio pensamento e aos sentimentos mil de mil momentos loucos: "eu sabia que iria funcionar", "vai valer a pena". Possibilidades. Renovo. Percalços. Decisões erradas. Rupturas profundas. Alianças aos pedaços. Confiança destruída. Sonhos na lama. Nome, reputação em cinzas. Escombros. Incerteza. Prejuízos. Brigas. Ações fraudulentas. Pesa. A responsabilidade pesa. Senso de responsabilidade grita, orienta, define e não isenta, nenhuma ação. Escolhas. Ser. Advogados. Dívidas. Dúvidas. Empréstimos. Família. Amigos. Aprender a repensar as relações, o significado de ser para não perder a fé

Participação, poder de decidir

Uma curiosidade que tinha desde que fui alfabetizada, fuçar dicionário para descobrir novas palavras e seus conceitos, ganhou para mim um tiquinho de sofisticação, através de um programa de TV de uma denominação que frequentei. O nome do programa era 'Raiz da Palavra', e lá, buscava-se estudar a etimologia bíblica para alargar a compreensão teológica de determinados fatos e previsões escatológicas. Eu achava o máximo descobrir mundos mil através das palavras. A verdade é que na grande maioria das vezes em que nos deparamos com palavras, talvez nem precisemos nos aprofundar em investigá-las. Uma visita ao dicionário mais à mão já nos poderá estender o universo de significados e a complexidade de suas significâncias para além das fronteiras das respostas enlatadas que nos são "vendidas" como totalidade inspiracional e expressão finalistica, delimitadora de mentes que é. Um exemplo?  PARTICIPAÇÃO. O que ela lhe significa? Qual a magnitude da sua expressão e o