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Mostrando postagens de outubro, 2016

Em Reforma?

Às vésperas do tal 499º aniversário da Reforma Protestante , talvez nos grite com muita força hoje a necessidade de pensarmos sobre essa palavra - REFORMA - o seu poder e o seu significado. Quando a nossa teologia está distante dos gritos da alma humana; quando a nossa teologia não consegue mais dialogar com os guetos, os becos, as vielas, as ruas, as demandas sociais, a inquietação da nossa existência, o nosso sentido espiritual de ser gente; quando a nossa teologia não nos p rova a pensar, enxergar e a assumir responsabilidade com o sistema de vida no qual existimos como parte, alguma coisa está estranha. Muito estranha. Não é a Escritura, assim creio, que se fez incompleta nos seus princípios e, portanto, insuficiente para as demandas da humanidade. Mas, a estratagema teológica do distanciamento, da comunicação academicista, do discurso ao invés do diálogo, da vedação aos questionamentos e às dúvidas, da literalidade textual e desprezo de valor do Cristo, pessoa inspirado

Comunhão

Até que me provem o contrário continuarei crendo e dizendo: é impossível comunhão na multidão. À multidão a gente se agrega e faz coro, dá novos tons e novas cores às vozes. Comunhão mesmo é fruto do partir do pão, do olho no olho que perscruta a alma e decifra a anatomia dos pensamentos de quem convive, se desnuda sem temores dos julgamentos. Comunhão é ombro para receber o peso do corpo cansado, é peito sobre o qual reclinar a cabeça confusa, é colo pra dar e receber carinho, são braços estendidos pra segurar o que cai e levantar o derrotado, são pés dispostos e disponíveis pra mais uma caminhada, ainda aquela do desgarrado. Comunhão são as agruras do pensar junto, construir junto, acreditar junto, se transformar junto, chorar junto, sorrir junto e ajuntar os dilacerados pela vida pra fazer-se um novamente. No mais, há expectação, mais uma voz em coro numa multidão em frenesi por existir em pequenos rompantes de ajuntamentos sectários. Impossível comungar assim. Por isso, sigo a

Um grito que não sai

Um recorte da PDAD (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios) - 2016, no caso Estrutural:  http://www.codeplan.df.gov.br/…/Apresentacao_PDAD_Estrutura… Dados que dizem muito, especialmente quando olhamos o resultado da pesquisa de outra Região Administrativa do DF, o Lago Sul (divulgada hoje:  http://agenciabrasilia.df.gov.br/…/10/pdad-lago-sul-2016.pdf ), e lembro o que ouvi em audiência pública sobre a desobstrução da Orla do Lago que é de TODOS NÓS, contra a qual se agarram com unhas e dentes, uma meia dúzia de moradores auto proclamados "o maior PIB do planeta", e que lançam mão de todas as formas possíveis para continuar a judicialização das ações de abertura da orla a quem de direito. Enfim, o real grito das nossas ações e reações não sai da nossa garganta, ficando os nossos silêncios expressos em números como esses aqui, resumidos ao final, e em mais detalhes no link abaixo. E esse grito, quem o dará? Quando falaremos pela redução da desigualdade so