Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2016

Os ensinos da floresta

Marina Silva repete bastante, e nos seria valioso aprender, que não falta tecnologia, dinheiro, etc. Falta ética. Aproveito e abro um parêntese para repetir, também o que tenho ouvido bastante da Jane Maria Vilas Bôas,Presidente do IBRAM, aos servidores daquele órgão, sobre o quanto é fundamental para ter a sociedade aliada, a inclusão, o que é expresso no vídeo que segue logo abaixo. Quando a ética do cuidado e os processos de inclusão começarem a compor nosso arcabouço comportamental e moral é bem possível que consigamos evoluir e dar passos mais largos na sustentabilidade para além do discurso. Ética do cuidado como processo regenerativo da sociedade. Inclusão nos processos , na responsabilização por aquilo que é de todos, a partir da consciência de que todos podem ser capazes de preservar e melhorar os sistemas dos quais fazem parte. Isso é revolução. Isso pode nos levar a construir uma sociedade mais justa e sustentável. Isso dá trabalho e nos exige e

Interessante é

Interessante é como a todo instante que nos deparamos com a questão Deus e a nossa relação com ele. A primeira reação é colocá-lo distante, um ser incomunicável, frio e que assim deseja manter-se em relação a nós, numa incompreensível relação de autoritarismo em que ele fala e não entendemos e tudo bem. O mais crítico (e bom) disso tudo é que, a bem da verdade, a verdade não é essa. Ele sente falta de conversar intimamente conosco, do rico diálogo do Éden todos os dias e, por isso, Ele nos ensina a COMUNHÃO, a expressão daquela capacidade de diálogo, perdida lá atrás quando julgamos por liberdade o distanciamento, o isolamento, o individualismo ou, a sua materialização mais vil, simplesmente a apatia e concordância tácita com o que nos é apresentado sem nos permitir ao exercício do questionamento sob a desculpa de que isso nos aparta do Criador, quando desprezar as perguntas é justamente romper a comunhão. O criador sonha e festeja todas as vezes exercemos a soberania da intel

O ponto da virada?

O ponto da virada. Este é o nome de um livro de Malcolm Gladwell que me foi emprestado por uma amiga (e até hoje não devolvi porque acabou virando um livro de cabeceira), ao qual recorro frequentemente para lembrar de não perder a perspectiva da esperança. Então, de repente me vejo tentando olhar o Brasil para além de um pouco mais do pouco que o conheço, e perguntando se não seria este o momento do nosso ponto de virada. De um lado sou completamente incrédula quanto a isso, uma vez que considero a virada possível, somente a partir de um escopo de consciência de responsabilidade, o que se adquire com o manto da educação para a cidadania, e nisso repousa uma das nossas grandes deficiências - quando nem mesmo aqueles que tem acesso a boas escolas (para terem condições de boas escolhas) tem assim assegurada uma formação cidadã. De outro lado porém, sei que há muitos processos no contexto da individualidade que recebem um tal empurrão para a transformação, justamente no esta

É assim que eu congrego

Confesso, sinceramente, faço esforço para voltar a me encaixar no sistema religioso tal como fiz a vida inteira. Aquele do tipo congregar várias vezes na semana, cantar músicas "espirituais", chorar, ler a Bíblia com outras pessoas e orar com elas e aí me vejo asfixiando como um peixe fora d'água. É estranho. Sinto falta das pessoas e careço de oração que me fortaleça a fé para as lutas diárias, que me mantenha consciente de quem eu sou e de quem eu não sou. Mas cada vez menos, consigo enxergar possibilidade de me encaixar em reuniões num templo, dentro de um processo litúrgico normal. Não, não tem nada a ver com a liturgia e não querê-la, até porque a minha construção pessoal me faz aderir muito facilmente a determinadas formalidades. A questão é outra e tem a ver com compreensão das coisas, sentido de existência, significado de vocação e exercício dela. Decidi-me "romper" para me perder com o anseio de me achar, faz pouco mais de dois anos.

Violência contra a mulher, e o que a Igreja tem a ver com isso

Eis um tema sobre o qual deveríamos investir muitas horas conversando para disso saírem ações. Dirijo-me especialmente às igrejas e ainda chegando mais perto, às igrejas evangélicas. Nós nos escondemos em textos fora do contexto para fingir não vermos a violência física e psicológica a que mulheres são submetidas e ousamos descaradamente, por prazer em tradições vencidas, desprezar que o Cristo deu à mulher um lugar no mundo, que nós não queremos dar. Do outro lado, nós mulheres precisamos compreender que a cultura que nos violenta e mata é um caldo que nós também temperamos. Vamos pensar tudo isso? Vamos discutir a violência contra a mulher dentro das nossas igrejas, com homens, jovens e mulheres? Vamos encarar a submissão de outra perspectivas e não usá - la como pano a esconder o sangue sobre o qual pisamos como se não existisse?