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Mostrando postagens de março, 2016

Os que caem, invisíveis

"Nove entre 10 jovens mortos na área metropolitana de Brasília são negros:  http://goo.gl/TSS35o Essa realidade tem consequências devastadoras. Além de famílias destruídas pela dor, há uma enorme perda para o futuro da cidade". Faço um clamor à sociedade brasiliense e em especial aos meus irmãos, da fé cristã, por que uma vergonha dessas não poderia ser, JAMAIS, admitida por qualquer cidadão dessa cidade. Se sobre nós, pesa a responsabilidade da propagação do EVANGELHO, ou a proclamação das boas novas, pergunto: o que temos feito para que as boas novas e não apenas balas, tiros, drogas e violência, cheguem à juventude? A pergunta que deveria nos perturbar todas as noites e nos tirar o sono, certamente, não deveria ser o carro novo e outras COISAS, mas só e tão somente só "onde está você que diz que me adora, mas não estende a mão?" Não podemos falar de um Reino ali e além, desprezando que o reino está dentro de nós e PRECISA SE MANIF

Nenhum dos gritos é sem legitimidade

"Nenhuma ameaça ou nenhum suplício obterão que eu cometa injustiça, que eu diga mentiras ou que eu deixe de pesquisar a verdade, dizia Sócrates. É preciso nunca matar, jamais ferir. - Mesmo se tu és ferido? - Mesmo se me batem. - O que acabas de dizer, ó Sócrates, é indigno não somente de um ateniense, mas de um homem, disse Aristófanes, o poeta cômico; e brutalmente bateu em Sócrates com o pé. Sócrates respondeu com um sorriso. Antístenes pulou ao pescoço de Aristófanes. Sócrates o tirou das mãos de Antístenes. Aristófanes se afasta envergonhado e rancoroso e começa a escrever a comédia Às Nuvens, vingando-se do mal que fez, injustamente, a Sócrates e do bem que o sábio espalhou naquele exemplo de serenidade para as ofensas e bondade para os perversos." (Recortes de APOLOGIA DE SÓCRATES) Se servir para refletirmos sobre as posições que queremos cobrar uns dos outros frente às questões políticas atuais ou, o ponto a que elas chegaram, então vamos lá. Ainda nã

METANOIA - a complexidade de um caminho possível

É muito difícil lucidez no meio de um incêndio. Sei lá, missão dura e quase impossível, talvez.   Certo é, porém, loucura absoluta jogar gasolina no fogo. Ela pode ser palavras ou atitudes, ou ambas. A seara na qual nos estamos (ou deveríamos estar) propondo atuar, desde o “menorzinho” ao mais gabaritado em cultura intelectual e política, tem sua gradação e valor contributivo para o bem ou para mal, nessa confusão que nos assenhora, e precisamos ter muita responsabilidade nisso. A responsabilidade da introspecção, da oposição e da posição. SEMPRE e alicerçada no esforço pelo alinhamento do discurso à prática. Penso que isso nos ajudará a não ficarmos na reação epidérmica, apenas. Essa, claro, natural, aceitável que ocorra, inadmissível, porém, que se faça nossa patrona. Introspecção em estado de silêncio, por um pouco que seja (ou tempo necessário). É preciso ouvir a razão, ouvir a emoção e depois mergulhar no exercício de equacioná-las. Oposição ao que está posto, sal

Uma nova cultura política como legado

As movimentações recentes no calendário político-policial nacional revelam um quadro que nos sinaliza o tamanho da responsabilidade da REDE e de todas as forças políticas decentes desse país. Essa responsabilidade, penso, é muito maior e mais significativa na medida em que os caminhos menos dolorosos são as nossas primeiras opções quando estamos sob pressão. E TODOS - do brasileiro mais simples ao maior agente político desse país, tendo ou não reserva moral - estamos sob intensa pressão. E assim, claro, é menos doloroso encarar "as soluções" habituais, que podem se travestir na polarização e que nos forçam, na ânsia por resposta rápida, à junção com outras forças políticas quaisquer, apenas para falar algo, ainda que não se tenha nada efetivamente a dizer, quando o que cabe é refletir. Pode ser este o caminho? É sempre uma opção. Apenas, muito privadamente vejo nessa opção, uma busca por achar um novo salvador da pátria que nos livre da nossa desgraça maior de não sabe

Cultivando Cidadania

O triste é que quem toca a música das grandes marchas (essa, aquela e aquela outra) o fazem por nada mais que "agora eu quero a caneta do poder" e só. E vamos, saltitantes, todos marchantes a caminho do estádio para só mais um FLA x FLU de cartas marcadas pelo sangue dos corpos que caem nas favelas, especialmente do menino preto e, daquele índio, sem noves fora no balanço do campo; pelo suor que tempera no rosto e no coração do trabalhador, o desencanto; e vão, os nossos uivos  apressados, sem reflexão, abafando o grito de mais uma mulher que cai, e da outra menina que vai perder a inocência, vendida; e vamos, marchantes na ignorância que cega, rouba, decepa o empoderamento e degola o cidadão e o joga ao canto, ao chão. E a onda vai, vai e quebra nos muros da nossa disputa de verde e amarelo e vermelho e nada mais. Um jogo de um time só e a estrábica platéia vê dois, mas é só um. Só. Bandeiras de uma guerra que não existe. Punhos fechados. Gritos. Panelas.