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Mostrando postagens de novembro, 2015

Foi pro ralo

O ralo é, normalmente, um lugar de repulsa. O escoadouro da sujeira, a representação de perdas, o lugar escuro e nojento no qual não temos prazer de colocar a mão e, até por isso, inventamos métodos muito mais eficientes para limpá-lo quando necessário, daí não precisamos dar tanta atenção a ele, até que ocorra um entupimento. Foi pro ralo não é expressão de uma boa coisa. Mas, e se do ralo vier vida ao invés de por lá a virmos escoar? Às vezes, em pequenas dobras - invisíveis  aos olhos menos atenciosos, ficam depositadas sementes da esperança que jogamos no ralo com a água da nossa sujeira.  Vão-se os dias, vem a chuva e a luz de outros dias, quando a esperança nos dá outra lição - além da sua persistência em existir, há vida nos lugares desprezados do mundo, nos esgotos da nossa existência, na escuridão das privações, no apagar das oportunidades, sob as pequenas e escondidas dobras e curvaturas dos sonhos perdidos. Há vida que não espera muito e já floresce - b

Ser Luz

Minha anotações referente à visita do Pr. Ariovaldo Ramos à Igreja Cristã Missionára - Estrutural, DF. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Mateus 5:14 Jesus aborda a natureza da presença da sua comunidade na sociedade e ele chama isso de luz do mundo. A função da luz significa nos enxergarmos, enxergar o que está ao nosso redor, dar condições necessárias para avaliarmos o local onde estamos, e ai tomarmos decisões. Sem luz, estamos sempre num ambiente perigoso, pois, por causa da escuridão, não se sabe para onde ir. Igreja, luz do mundo, ela tem uma função, e é para o outro, pois luz não existe para ela mesma, ela sempre existe para fora de si, para afugentar a escuridão. A igreja não vive para si mesma, ela existe para dar condição a todas as pessoas à sua volta, de verem onde estão e em que condições estão. A igreja tem de viver de tal maneira, que as pessoas a sua volta, tenham condições de ver a elas mesmas, em

Sobre máscaras e farsas

Em dado momento faltou-lhe ar. Faltou-lhe a palavra. Faltou-lhe verbalizar o que sentia, via, pensava.  E, por anos emudeceu. Havia muita energia e um rigor militar em tudo o que fazia para cumprir as responsabilidades que lhe foram confiadas. Até que, em outro momento, não de repente, mas sob uma ordem de amar, a capacidade de questionar lhe aflorou à mente, novamente. Uma feroz batalha interior minava lentamente seu rigor e seu fervor para aquelas demandas que se haviam feito sua senhora.. Sobrevivia entre o esforço de aprender a amar, como fora ordenado, e a sufocante e crescente percepção de ter-se tornado uma farsa. Sim, ao findar as tarefas, inúmeras de cada dia, resistia apenas a sombra da frágil existência de quem vive uma farsa sob o julgo de estar absolutamente comprometida pelo que representa, na farsa. Uma oração, todos as noites: Senhor, por favor, ajude-me a descobrir como não ser uma farsa! Tirar máscaras traz o alívio de respirar sem t