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Mostrando postagens de agosto, 2015

Ouço

Ouço vozes no escuro Das sombras do sim e do não Ouço palavras mudas Que grunhem loucuras à minha razão Ouço o silêncio Que fala  Que chora Ouço o silêncio do sim E o alvoroço do não Ouço o chamego do medo E o tremor da precipitação Ouço a movediça mentira Da auto-afirmação Ouço-me agora E em seguida mais não

De quantos em quantos?

De quantos nós é feita uma prisão? O nó da alma bruta em desconstrução? O nó do sentimento cego, coração? O nó do tempo passado à emoção? De quantos passos é feita uma libertação? O passo trôpego, incoerente da emoção, em confusão? O passo firme, constante da razão? O passo do amor próprio em confissão? De quantos ciclos é feita a salvação? O ciclo intenso da perdição?

Mais um dia triste para o Brasil.

Mais um dia triste para o Brasil. Compreendo a sociedade como um todo e o seu insano apoio ao encarceramento dos adolescentes achando que isso resolverá a questão da segurança pública no país. Compreendo, por saber quão baixo é o nosso nível de educação cidadã e outras coisinhas mais e más. Não concordo. Agora, ao fazer um recorte da sociedade considerando o povo que se declara cristão, em especial os evangélicos - grupo do qual confesso, me arrastando e ainda não sabendo c omo, faço parte, está aí uma pesada afronta à fé cristã. Incoerência, inconsistência, pregação evangélica vazia, espasmo de espiritualidade. Na boa, sei que não serei compreendida e acho que já estou quase vencendo essa fase de querer ser compreendida, mas é cansativo isso, viu? Esse evangelho do desamor, da irresponsabilidade com o mundo e com o próximo, da confissão de fé apenas em palavras gritadas cada vez mais altas e abafadas com cada vez mais força e velocidade pela inconsistência de atos e a pratica

Qual é a preocupação, afinal?

A preocupação não é sanear as contas públicas, ou batalhar pelo mínimo de decência na gestão pública, ou implementar um regime de aprofundamento da transparência, ou trabalhar pelo desenvolvimento de uma nova cultura política no país. Não, nada disso interessa. O importante mesmo é a disputa de quem roubou mais, se FHC e sua trupe ou Lula e sua trupe. Isso sim é importante para o Brasil, não fechar a torneira. O importante é esse clima de futebol de várzea, não discutir que  o rumo foi perdido. Não é importante assumir a culpa no cartório, basta se agachar sob a nuvem pesada e escura da fuligem dos destroços da má gestão, descompromisso e irresponsabilidade com o país e esperar um tempo mais, pois as brigas insanas tem o poder de distrair e rápido dissipam o interesse pelo está por trás delas e a praça se esvazia para que tudo volte ao normal. Assim caminhamos nós, presos da subcultura do individualismo, da desimportância pelo que é de todos, das sub-construções do se dar bem a q