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Mostrando postagens de maio, 2015

Sobre facas, facadas, sangue, vingança e demonização

E se invertêssemos a lógica operandi e demonizássemos a nossa irresponsabilidade social e descompromisso ético e político com o nosso país? É fato quase certo, enfim, tomaríamos perfeita ciência de que nos pesa repensar valores e preços e assumir uma nova postura no firme propósito de construir a cidade e o país que desejamos aos berros e desprezamos em ações cotidianas. O que não nos despertou a fazer a imperiosa necessidade do exercício diário da generosidade, da solidariedade, do espírito coletivo, da justiça, da equidade, as facas, facadas, o sangue e a vingança nos impõem hoje, mais uma vez. Mas a quem demonizaremos? Uma manchete. Um mundo de histórias. Um grito. Uma vergonha. "Duas tragédias antes da tragédia 15 passagens pela polícia. A primeira quando tinha 11 anos. O pai, ele só viu duas vezes. A mãe, catadora de latas, foi indiciada por abandoná-lo com fome na rua (...) desistiu dos estudos no sexto ano..." De quem é a conta de tantas tragédias, aque

“Reduzir a Maioridade Penal é Retroceder no Processo de Efetivação de Direitos”

Em meio a tantas ofensivas conservadoras no que diz respeito aos direitos das minorias, das crianças e adolescentes e a discussão no Congresso Nacional sobre uma possível redução da maioridade penal, o Correio da Cidadania conversou com três responsáveis pelo Sefras Cárcere – a coordenadora do projeto, Camila Gibin, a assistente social Aline Dias e o Frei Alex Ferreira – a respeito do trabalho que desenvolvem dentro dos presídios. Na conversa, discutimos questões que permeiam o sistema penal e prisional. O Sefras – Serviço Franciscano de Solidariedade – existe há 15 anos e desde o final de 2011 tem um grupo denominado Sefras Cárcere dentro dos presídios e das unidades da Fundação Casa. Trata-se de uma iniciativa socioeducativa que tem como foco discutir questões da sociedade e temas da atualidade de maneira crítica com os internos. O objetivo principal é criar espaços de convívio com a população presa e desenvolver reflexões e pensamento crítico a respeito dos temas propostos.

“Exame de Consciência”: A Bíblia e a Redução da Maioridade Penal

Algumas Igrejas têm o bonito costume de propor a seus fieis que de tempo em tempo façam seu “exame de consciência”. Às vezes essa prática reforça o sentimento de culpa. Em outras situações, trata-se de oportunidade de revisão de caminho escolhido, de mudança verdadeira, de conversão. Sou convidado/a aqui a fazer meu “exame de consciência” sobre o que desejo para nossas crianças e adolescentes e, pelo fato de ser pessoa cristã, como a Bíblia tem me ajudado nesse propósito. Se desejo saber se estou fazendo uma boa leitura da Bíblia, devo conseguir responder afirmativamente a perguntas como estas: Quando leio a Palavra de Deus, sinto aumentar em mim o desejo de amar e acolher o diferente e de aprender com ele? Minhas meditações bíblicas têm me levado a acreditar mais nas pessoas, mesmo quando elas erram ou cometem crimes? Sou capaz de acreditar na capacidade que um adolescente tem de se recuperar quando ajudado por mim e pela sociedade? Tal como Jesus, sinto vontade de amar e acolher a