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Mostrando postagens de 2015

O Interruptor

O mundo mudou pra caramba, não é verdade? Tecnologia de ponta, comunicação  instantânea e "quase" sem barreiras, liberdade de expressão .... Sociedades Feudais. Séculos IV ao XV Principais características (sem aprofundamentos, ok?): . Eram hierarquizadas (difícil uma pessoa passar de uma posição para outra) e estamentais (cada pessoa assumia um papel muito bem definido nessas sociedades, geralmente de acordo com o grupo em que nasceu); . A posição e o status social eram determinados pelo nascimento e pelas propriedades, especialmente de terras; . Havia uma grande disparidade de renda entre a camada mais rica e os mais pobres, culminando numa grande marca: a desigualdade social... Gosto muito de observar pessoas e prestar atenção as suas conversas, gestos (ok, minha mãe tentou ensinar que isso era feio e blá, mas aos 36 acho que já sou responsável por desaprender) e faço isso quase sempre. No supermercado, na padaria e no ônibus e metrô encontro os meus

Tempos lamentáveis, os atuais

Não, eu não apoio em nenhuma vírgula a Presidente Dilma e o seu (des) Governo. No entanto, não fico nenhum pouco feliz com o impeachment dela. Não por ela, pelo Brasil. Não que o impedimento não deva acontecer, é pela tristeza profunda de chegarmos a esse ponto, é pelo asco que sinto desse partido, o PMDB, posando de boa política quando todos sabemos que sob as suas sombras repousam as piores raposas da política nacional e, registre-se que, tal qual quase TODOS os demais part idos dessa república menina em frangalhos, há gente boa no meio daquela corja (só não entendo como conseguem). Menos de 30 anos de democracia - alijada, violada, patinante, vacilante, doente, largada aos lobos, e cá estamos nós, nesse fosso que parece não ter fim; de onde parece não ser possível controlar o mal odor que exara da Casa Pública maior e do Palácio Presidencial. Que dor, que dor ver o Brasil assim, mergulhado nesse excremento e desfilando como se apenas trocar a roupa resolvesse o que nos f

Foi pro ralo

O ralo é, normalmente, um lugar de repulsa. O escoadouro da sujeira, a representação de perdas, o lugar escuro e nojento no qual não temos prazer de colocar a mão e, até por isso, inventamos métodos muito mais eficientes para limpá-lo quando necessário, daí não precisamos dar tanta atenção a ele, até que ocorra um entupimento. Foi pro ralo não é expressão de uma boa coisa. Mas, e se do ralo vier vida ao invés de por lá a virmos escoar? Às vezes, em pequenas dobras - invisíveis  aos olhos menos atenciosos, ficam depositadas sementes da esperança que jogamos no ralo com a água da nossa sujeira.  Vão-se os dias, vem a chuva e a luz de outros dias, quando a esperança nos dá outra lição - além da sua persistência em existir, há vida nos lugares desprezados do mundo, nos esgotos da nossa existência, na escuridão das privações, no apagar das oportunidades, sob as pequenas e escondidas dobras e curvaturas dos sonhos perdidos. Há vida que não espera muito e já floresce - b

Ser Luz

Minha anotações referente à visita do Pr. Ariovaldo Ramos à Igreja Cristã Missionára - Estrutural, DF. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Mateus 5:14 Jesus aborda a natureza da presença da sua comunidade na sociedade e ele chama isso de luz do mundo. A função da luz significa nos enxergarmos, enxergar o que está ao nosso redor, dar condições necessárias para avaliarmos o local onde estamos, e ai tomarmos decisões. Sem luz, estamos sempre num ambiente perigoso, pois, por causa da escuridão, não se sabe para onde ir. Igreja, luz do mundo, ela tem uma função, e é para o outro, pois luz não existe para ela mesma, ela sempre existe para fora de si, para afugentar a escuridão. A igreja não vive para si mesma, ela existe para dar condição a todas as pessoas à sua volta, de verem onde estão e em que condições estão. A igreja tem de viver de tal maneira, que as pessoas a sua volta, tenham condições de ver a elas mesmas, em

Sobre máscaras e farsas

Em dado momento faltou-lhe ar. Faltou-lhe a palavra. Faltou-lhe verbalizar o que sentia, via, pensava.  E, por anos emudeceu. Havia muita energia e um rigor militar em tudo o que fazia para cumprir as responsabilidades que lhe foram confiadas. Até que, em outro momento, não de repente, mas sob uma ordem de amar, a capacidade de questionar lhe aflorou à mente, novamente. Uma feroz batalha interior minava lentamente seu rigor e seu fervor para aquelas demandas que se haviam feito sua senhora.. Sobrevivia entre o esforço de aprender a amar, como fora ordenado, e a sufocante e crescente percepção de ter-se tornado uma farsa. Sim, ao findar as tarefas, inúmeras de cada dia, resistia apenas a sombra da frágil existência de quem vive uma farsa sob o julgo de estar absolutamente comprometida pelo que representa, na farsa. Uma oração, todos as noites: Senhor, por favor, ajude-me a descobrir como não ser uma farsa! Tirar máscaras traz o alívio de respirar sem t

Menos formalismo. Mais realismo. O planeta pede socorro.

Não tem mais como fugir. Não dá mais para tapar o sol com a peneira. É fato, a questão ambiental precisa ocupar a centralidade das discussões das politicas públicas - educação, saúde, ordenamento territorial, emprego e renda, economia local, regional, nacional e global. Enfim, tudo. Porém, tal qual quando falamos das ditas pautas sociais, o ambiente sofre o mesmo mal, a comunicação dos processos de educação ambiental, é um "tecniquês" que assombra e coloca para longe justamen te aqueles a quem primeiro se deveria alcançar. Data de 1998 o trecho que copio, do Prof. Marcos Sorrentino - em 'Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e experiências' - chamando a atenção para a "necessidade de se articularem ações de educação ambiental baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e participação e práticas interdisciplinares." Não faz tanto tempo assim! Será? Essa necessidade vem

Integração vs Conexão de Almas

Os velhos sábios dos verbetes nos ensinam que integração é a "incorporação de um elemento num conjunto", ou ainda, "tornar algo inteiro" ou, "fazer uma reunião para as pessoas se entrosarem" ou, "a combinação de partes que trabalham isoladamente, formando um conjunto que trabalha como um todo". Verdade é que poderíamos escrever inúmeras frases para a tarefa de tentar explicar o desafio de unificar pessoas, porque no fim, não se trata de pegar um elemento lá e torná-lo parte de um todo ou produzir liga a um todo de elementos isolados. Se não houver uma causa mestra efetiva a energia colocada para o ajuntamento de todos produzirá apenas uma cena ou até um grande e belo espetáculo que terá um fim e depois, atrás das cortinas as ilhas se mostrarão como a verdade que sempre foram. A pergunta, então, fica: é possível produzir integração? Eu daria outro nome ao que queremos chamar de integração. Diria, conexão. Quando aplicamos a nossa energi

A vez e a hora dos pão duros e dos curiosos

Heliana Kátia Tavares Campos (*) Jane Maria Vilas Boas (**) O mundo dá voltas e muitas vezes o que é apreciado e valorizado em uma determinada época, pode se tornar atrasado e obsoleto em outra. O uso de produtos descartáveis vistos como facilitadores da vida moderna pode ser considerado hoje um dos vilões da poluição ambiental. A aquisição de bens e produtos em quantidade, que já foi uma qualidade, hoje passa a ser questionada por diversos segmentos sociais e culturais. O consumo desenfreado passou a ser visto como causador de diferentes impactos ambientais e sociais pela Agenda 21 Global, assinada no Rio 92 e é preocupação que se faz presente nas agendas de sustentabilidade desde então. Buscou-se a partir daí promover a conscientização para o Consumo Sustentável que não só significa consumir menos, como também buscar informações sobre a origem do produto, bem como sobre o modelo produtivo utilizado. Consumir com mais critério, implica em acond

Meu ideal político

Ao meu ideal político, de pronto acrescentei quando tomei conhecimento, o " vamos trabalhar para abrir o código da política" e o "vamos hackear a política". Fico muito animada quando vejo que isso não morreu no nascedouro e exatamente por isso ouso fazer um apelo a todos aqueles que ainda não desistiram da Política e a acreditam uma ferramenta de construção e transformação social e. especialmente aos meus companheiros de luta político-partidária na Rede, aos meus companheiros de ideais sociais, que assim façamos: ABRAMOS OS CÓDIGOS DA POLÍTICA QUE ESTAMOS CONSTRUINDO. Na gestão executiva dos governos que compomos, c om a óbvia ética da res publica , a necessária transparência plena - que gera confiabilidade e educa -, a inovação, as soluções criativas para os problemas crônicos da administração pública, o combate ao pensamento anacrônico fantasiado de avanço. Nas casas legislativas - onde assumimos a representação da sociedade pelos pleitos coletivos e

Como é a vida de quem passa o mês com R$ 154 no Distrito Federal

A realidade nua e crua. E ali a nossa malfadada forma de organizar o mundo dói muito mais. E ali, naqueles esgotos, como os dejetos que por eles escorrem, também escorrem a céu aberto, mas como se ninguém visse, sonhos, esperança, vidas ... a infância. E ali, não tão longe de nós, estão os nossos irmãos, filhos da mesma terra, de quem porém não nos lembramos, sequer percebemos, até que o solapo da violência que lhes impomos vem na mesma proporção e força sobre nós. Aí, finalmente os avistamos e concluímos: eis a desgraça das nossas boas vidas, os miseráveis de bolso, sem nos percebermos, claro, miseráveis de almas, espíritos acorrentados à cretinice do individualismo como religião libertadora dos mortais e, trancafiados na masmorra da boçalidade da ganância, minguamos nós. ------------ Como é a vida de quem passa o mês com R$ 154 no Distrito Federal Estudo mostra que habitações precárias, dependência infantil e defasagem educacional são os maiores problemas enf

Ouço

Ouço vozes no escuro Das sombras do sim e do não Ouço palavras mudas Que grunhem loucuras à minha razão Ouço o silêncio Que fala  Que chora Ouço o silêncio do sim E o alvoroço do não Ouço o chamego do medo E o tremor da precipitação Ouço a movediça mentira Da auto-afirmação Ouço-me agora E em seguida mais não

De quantos em quantos?

De quantos nós é feita uma prisão? O nó da alma bruta em desconstrução? O nó do sentimento cego, coração? O nó do tempo passado à emoção? De quantos passos é feita uma libertação? O passo trôpego, incoerente da emoção, em confusão? O passo firme, constante da razão? O passo do amor próprio em confissão? De quantos ciclos é feita a salvação? O ciclo intenso da perdição?

Mais um dia triste para o Brasil.

Mais um dia triste para o Brasil. Compreendo a sociedade como um todo e o seu insano apoio ao encarceramento dos adolescentes achando que isso resolverá a questão da segurança pública no país. Compreendo, por saber quão baixo é o nosso nível de educação cidadã e outras coisinhas mais e más. Não concordo. Agora, ao fazer um recorte da sociedade considerando o povo que se declara cristão, em especial os evangélicos - grupo do qual confesso, me arrastando e ainda não sabendo c omo, faço parte, está aí uma pesada afronta à fé cristã. Incoerência, inconsistência, pregação evangélica vazia, espasmo de espiritualidade. Na boa, sei que não serei compreendida e acho que já estou quase vencendo essa fase de querer ser compreendida, mas é cansativo isso, viu? Esse evangelho do desamor, da irresponsabilidade com o mundo e com o próximo, da confissão de fé apenas em palavras gritadas cada vez mais altas e abafadas com cada vez mais força e velocidade pela inconsistência de atos e a pratica

Qual é a preocupação, afinal?

A preocupação não é sanear as contas públicas, ou batalhar pelo mínimo de decência na gestão pública, ou implementar um regime de aprofundamento da transparência, ou trabalhar pelo desenvolvimento de uma nova cultura política no país. Não, nada disso interessa. O importante mesmo é a disputa de quem roubou mais, se FHC e sua trupe ou Lula e sua trupe. Isso sim é importante para o Brasil, não fechar a torneira. O importante é esse clima de futebol de várzea, não discutir que  o rumo foi perdido. Não é importante assumir a culpa no cartório, basta se agachar sob a nuvem pesada e escura da fuligem dos destroços da má gestão, descompromisso e irresponsabilidade com o país e esperar um tempo mais, pois as brigas insanas tem o poder de distrair e rápido dissipam o interesse pelo está por trás delas e a praça se esvazia para que tudo volte ao normal. Assim caminhamos nós, presos da subcultura do individualismo, da desimportância pelo que é de todos, das sub-construções do se dar bem a q

Volver! Volver! Volver!

Estão matando os nossos jovens. Estão dizimando as nossas crianças. E os que sobrevivem a esse choque de loucura por poder e ganância, seguem se arrastando pela estrada da desesperança. Então, munidos de rancor e mágoa,   refazem-se em ódio pela violência sofrida e agora retribuída, numa reação de equação matemática simples, de mesmo peso e mesma medida multiplicadas pela vida perdida. E nós queremos exigir-lhes boas lembranças e cuidado com a vida? Que vida lhes demos? Que lembranças lhes semeamos? Que respeito lhes oferecemos? Que dignidade lhes propusemos? Chega!   Não dá para prosseguir assim, condenando os nossos pequenos, minando sonhos, desprezando a esperança. Volver! Volver! Volver! É a ordem imediata. É a resposta mais sensata. Se não queremos definitivamente nos perder. Volver! Volver! Volver! Valores precisam ser revistos. Ou ninguém mais irá sobreviver!

"Saber todo mundo sabe, querer todo mundo quer..."

Foi-se o tempo em que composições frasais me enchiam os olhos. Hoje, palavras, sem a expressão de significado ativo, não me dizem nada. Talvez os cabelos brancos que já se fazem presentes (apesar do apenas 3.5 de velocidade etária), ou as feridas das decepções que foram profundas, ou um processo de amadurecimento misturado (ou fruto) dos fatos anteriores, a verdade é que hoje palavras, para mim, são apenas palavras, sopro nos lábios, vocalização apressada de pensamentos afoi tos. A comunicação que me alcança é aquela do ato, da construção coerente no cotidiano, da expressão das palavras ditas (e não ditas) em ações, em prática, em vida real. ...porque... "saber, todo mundo sabe querer todo mundo quer mais fácil é falar do que fazer..." Então,   Vou-me esforçando para que a minha comunicação seja como aquela que desejo: prática diária dos valores nos quais acredito, pois, "o que a gente faz fala muito mais do que só falar..." Verbo é açã

#ReduçãoNãoÉSolução!

Dia 30? Estarei lá, na rua ... porque problemas crônicos e questões complexas não são resolvidos assim, como se está querendo fazer, é preciso chamar a sociedade para o debate, é preciso olhar a fundo para tudo o que envolve a proposta e aquilo que está posto e não recebeu a atenção devida em 25 anos de ECA. Não é 'reduz ou não reduz' simples assim por isso é preciso por fim a essa corrida de resolver problemas sociais sem integração da sociedade, sem pô-la no centro do debate. ‪#‎ ReduçãoNãoÉSolução‬ Vamos avançar socialmente, minha gente! Linda campanha uruguaia e mudança de opinião a partir de um novo olhar! Somos capazes? Tentemos!   Emoticon wink ---- A lição uruguaia e o nascimento da geração desarmada Dois terços dos uruguaios eram a favor da redução da maioridade penal. Em outubro do ano passado, houve um referendo naquele país sobre o tema. 53% contra a redução, 47% a favor. O que aconteceu? Como as pessoas no Uruguai mudaram de