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Mostrando postagens de outubro, 2014

O privilégio comissiona grandes responsabilidades

O tempo é ligeiro. Hoje, mas que ontem. A tecnologia digital deixa-o ainda mais ligeiro. E parece que nunca vamos "dar conta" de acompanhar o girar do mundo. "Calma alma minha, calminha, você tem muito o que aprender". Só em 1808 começa a circular no Brasil o primeiro jornal por aqui publicado. A primeira transmissão de rádio? Só em 1922. Consegue imaginar? A Europa se trucidando, pra variar, na 1ª Guerra Mundial e na Terra Brasilis, guerra o quê? Não tô falando dos militares e das elites que estudavam na Europa. É do povo, que digo. O mundo "quebra" em 1929. Vem a 2ª Guerra Mundial e o mundo se esfarela de 1939 a 1945. No Brasil tá uma quizumba do criolo doido (pra variar) e em 1950 chega a televisão por aqui. Mas a bichinha só se torna a dona das nossas mentes no final dos anos 1970. É bom lembrar que em 1970 nós tínhamos 33,6% de analfabetos no Brasil, entre pessoas de 15 anos ou mais. Bom ... pra deixar as c

Serenidade para semear a paz

Em tempos de nervos à flor da pele, que nos levam a falar antes que a frase seja revista, estou procurando compreender alguns textos daquele livro que julgo sagrado, a Bíblia. E chamaria os meus irmãos e irmãs em Cristo a fazerem o mesmo. É bem saudável, viu? *As bem-aventuranças trazem o seguinte em Mateus capítulo 5, verso 9: "Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos." Esse texto, então, me remete a Isaías capítulo 32, verso 17:  "A justiça trará paz e tranquilidade, trará segurança que durará para sempre." E por sua vez, me traz à memória Tiago capítulo 1, versos 19 e 20: "Lembrem disto, meus queridos irmãos: cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva. Porque a raiva humana não produz o que Deus aprova." Tomo os textos acima como exortações bem certeiras à busca de alinhamento dos meus comportamentos e reações para que o Evangelho do Reino não seja apenas um

Umuntu ngumuntu nagabantu

Uma daquelas preciosidades que a gente recebe pela internet em razão das boas conexões que a vida nos permite fazer. Conexões que geram crescimento e melhoramento por exemplos, através dos ensinos, da amizade, dos puxões de orelha escancarados ou disfarçados. E aí, como recebi, compartilho: "Talvez este texto toque alguém, provoque alguém, faça algum pensamento eclodir. Achei que valia a pena compartilhar." ( Jane) ---- Um antropólogo estava estudando uma tribo na África, chamada Ubuntu. Quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva. Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e colocou tudo debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse

A hora de revirar o lixo

Nem ao mais asséptico dos seres humanos (já que assepsia total nos é impossível possuir) é dado o privilégio de não ter que mais cedo ou mais tarde colocar a mão na lata do lixo para revirá-lo. E se precisássemos de pelo menos um motivo para aprovar essa necessidade, daria a razão de produzirmos lixo desde antes de nascermos e portanto, nem que seja apenas para nos certificarmos de que o descarte de algo foi realmente feito, não escaparemos dessa cina humana: mexer no lixo. O complicado disso tudo é que mexer no nosso lixo parece ser ainda mais complexo que no de outra pessoa. Mas, uma coisa é certa, na medida em que tomamos consciência da necessidade de revirarmos o nosso lixo, quanto mais adiamos a tarefa, mas complicada e perigosa ela poderá se tornar. O odor do apodrecimento de histórias e relações nos fazem embrulhar o estômago. Todos aqueles bichinhos gerados a partir do lixo, nos enojam e dão medo. E sim, de início, talvez, saiamos ilesos da tarefa. Mas, talvez sa

Sem acusação a ninguém, ok?

Sem acusação a ninguém, ok? Tanto que me incluo! Mas...eu vivo com essa pergunta (ou essas) ... Por que, My God, TEMOS tantos argumentos, tanta energia, tanto tempo disponível para nos opor à chamada "causa gay", usando como pano de fundo o malfadado PLC 122 (que TEM SIM, bizarrices) e NÃO TEMOS TEMPO, NEM argumentos, NEM energia e NENHUMA disposição, de qualquer natureza, para pensar a infância, os meninos e meninas em situação de abandono, largados nos orfanatos, viciados, violentados  nas ruas e dentro de casa, violentados nos seus direitos básicos e por aí, vai. Por que conseguimos rapidamente nos mobilizar quando a causa envolve esse assunto e ficamos a vida toda estáticos, sem mover um dedo diante das milhares de crianças submetidas ao trabalho escravos, à mendicância, subnutridas, fora da escola, sem educação de qualidade, sem assistência médica? Por que exigimos audiências com parlamentares, governadores e presidentes para lhes impor que não defenderão o

Só mais um tijolo?

É bem verdade a pergunta do artigo de Luciana Maria Allan - diretora do Instituto Crescer para a Cidadania à Revista INFO, "por que tenho que aprender isso?" Quem nunca, né?   Até hoje não sei, por que, meu Deus, a tabela periódica? O fato é que para mim, teria sido bem mais útil, mais horas de aulas de língua portuguesa, de artes cênicas (não, não tenho nenhum talento na área, as poucas aulas que tive "só" me ensinaram sobre expressão corporal), de história e geografia, de filosofia e as de literatura - no "formato" de um único ano em que o professor não nos obrigava a decorar se o escritor x era do período romântico ou do realismo e os cambal, mas nos ajudava a olhar a partir do que líamos, o mundo à época de cada texto e o contexto em volta. Isso sim, era o máximo e isso sim, até hoje é útil - quando lembro de usar. Por incrível que pareça, tirando o ensino médio que foi muito legal (por causa das amizades que sobrevivem até hoje,