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Mostrando postagens de julho, 2014

Eu ganhei versos!

O que dizer dela?  Me faz lembrar do primeiro dia que a encontrei  Me faz lembrar da alegria que senti quando a vi voltar Me faz sonhar O que desejar a ela? Amizades que duram uma vida inteira  Bem querer que a faça estremecer  Fé para continuar O que propor a ela? Viagem de mochila na América Latina  Manhãs no monte e tardes também Usufruto da criação e de toda plantação Quem é ela? Pote de ouro prometido no arco-íris  Presença marcante de voz segura Amiga amada que se chama Ádila ------------------------------------------------- Obrigada, Aline, sua amizade é uma pérola de grande valor!;) 

Para além do título de mais antiga

A mais antiga cidade do Distrito Federal. Ela tem o impacto da convivência novidadeira de pequenos estabelecimentos comerciais com presença ativa na internet, via redes sociais, junto aos seus marcos tombados de história. Tem também a belezura das riquezas naturais que a abraçam tão gentilmente, e sobretudo, o encantamento de sua efervescência cultural. Planaltina, catalisadora de sonhos, resistência sombreada em bravas lutas e em cujas veias pulsa, aceleradamente, um contagioso e brilhante espírito de pertencimento, uma mescla de tantos valores que podem fazê-la para além do título de mais antiga, ser a cidade ponto de contágio de um sentimento - por lá tão vivo e tão necessário a todas as demais cidades, o apropriar-se do território, dos frutos que de lá emanam, das histórias e tradições, da luta para criação de uma cultura local forte, de identidade. Planaltina não seria meu destino na semana passada, quis, porém o destino que para lá me dirigisse e, apesar de já conhecer

O lado bom da vida

Uma das vantagens de trabalhar em casa é que você pode ganhar a liberdade - se tiver a cabeça livre pra isso, de começar a dar sentido a algumas pequenas coisas da vida a partir do inusitado. A terça-feira começou assim, como ainda está: fria. A resolução do dia? Tomar café na padaria. Mas lá também estava um gelo, típico dos lugares fechados.  E que tal um voltinha na quadra pra aproveitar o sol? Boa, mas não precisei ir muito longe. Na casa da frente, um horta comunitária. Nada mirabolante. Não? Acho que sim. Nesse nosso mundo de muros, cercas, alarmes, câmeras de segura, pessoas taciturnas, é triste, eu acho, que uma plantinha, um cumprimento, um sorriso despretensioso de um estranho se torne algo mirabolante. A verdade é que nos acostumamos a viver empoleirados nas nossas caixinhas de 40, 35, 20 e muitas vezes até 15 metros quadrados. Nos acostumamos à vida corrida em que o máximo de socialização é uma ida a um bar, ao shopping ou a academia - quando nesta, a preo

Brasília para além das rusgas e feridas

É preciso olhar a vida para além das rusgas e feridas. É preciso enxergar na terra batida e chão vermelho, uma nova chance, todo dia, não uma despedida. Brasília, por aqui começo uma andança que pretendo levar adiante pelas próximas semanas. Ao que chamo de numa espécie de "flash" do Distrito Federal. O meu "flash", obviamente. Porque se esse quadrado me pertence e eu pertenço a ele, devo me esforçar para conhecê-lo. Então, cá estou, do alto de um dos principais símbolos dessa nossa Capital Federal, o Mirante da Torre de TV, no Eixo Monumental. Creio que falar dos traços arquitetônicos dessa cidade - sinônimo de sonhos, é a redundância de pensamento de quase todos nós, sempre. Vou ficar, portanto, com os sonhos que ela inspira. Começando quando ela ainda era papel, foram os sonhos de JK, a força que arregimentou brasileiros de todos os cantos, não necessariamente contagiados pelo vislumbre do Presidente, de construir a cidade de todos os brasilei

A beleza de ser humano!

Sim, a natureza humana, descaracterizada que é, da beleza que lhe fora dada por essência, tornou-se perversa, quase sempre insana e não podemos e não devemos jamais esquecer os atos, frutos dessa nossa propensão ao cruel, perverso, atroz. Marcas terríveis da nossa história, tais como, os judeus dizimados nos campos de concentração nazistas, os povos dizimados em todo o "novo mundo" pela colonização imperialista, nossos índios e negros dizimados na exploração do Brasil, os latinos dizimados nas ditaduras militares, os palestinos dizimados na Faixa de Gaza, hoje, as crianças dizimadas na prostituição, exploração de trabalho e cerceamento de direitos básicos, só para citar alguns exemplos, não podem JAMAIS ser esquecidos. E para tanto, temos a responsabilidade de sempre trazer à memória esses acontecimentos, a fim de que conhecendo esse nosso trágico legado, não o repitamos. Há, entretanto, um outro ser humano na Terra, que luta cotidianamente contra o seu ego

Ah! Lá eu comia três vezes no dia

Foto: Luciana Conrado - Fiquei sabendo que você ficou na casa da vizinha esses dias! - Foi sim. - Foi legal? - Foi sim. - O que mais você gostou lá? - Tia, eu gostei porque lá eu comia três vezes por dia! Ele é bem magrinho e de olhar estranho. Não. Olhar perdido. Ele nunca sorri. Sua mãe é "mulher da vida", dizem os vizinhos, e ela "é tão safada que nem esconde. Ela dá pra comprar drogas". Finalizam. Ele tem uma irmã, cuja vida se passa sobre uma cadeira de rodas, com quase zero controle sobre os próprios movimentos. Ele também tem um irmão que vive por aí, ora sob as sombras de pequenos delitos, ora sob a completa escuridão da barbárie de assassinatos a sangue frio, tendo apenas dezoito anos de idade. E pai? Sem qualquer conhecimento acerca dessa liga ou o que significa essa relação. Ele tem apenas 11 anos de idade e é mais um garoto favelado, infância perdida, sem destino, sem oportunidades e com um peso enorme sobre os seus o