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Mostrando postagens de 2013

É possível viver como Cristo viveu?

O desafio é: Como Jesus Cristo viveu? * Você consegue listar? Depois, e eu, no que a minha vida se assemelha à vida de Cristo? * Há algum rascunho de Cristo nas nossas palavras (sim, muitas vezes). Mas, e nos nossos sentimentos e nas nossas atitudes, o que há de concreto, de Cristo em nós? A nossa expressão de amor, sinceramente, em quase todos os casos, se formos honestos (de verdade), não passa de uma massagem delicada ao nosso ego ou um choque à nossa consciência que pesa com o nosso egoísmo. E nos ofendemos quando alguém nos diz isso. A nossa renúncia é válida até ao ponto que toca naquilo que representa o nosso conflito interior, de quem eu sou e/ou deveria ser, porque o que denunciamos no outro, é o que somos muitas vezes, é a mais dura realidade que temos a enfrentar, não as misérias sociais com as quais nos deparamos se extrapolamos os nossos muros, mas a nossa própria miséria. Essa é a pior realidade e o pior, ela está em nós. Ela somos nós. Não dá para fu

De longe somos mais interessantes (?)

"A distância iguala tudo".  É quando se está perto que as diferenças e desigualdades se tornam visíveis e passam a incomodar e ai, ou nos empurram para longe outra vez, ou nos movem para  a construção coletiva rumo a um novo caminho. A frase de abertura desse artigo foi capturada de um filme, o documentário "Lixo Extraordinário" e ela é dita por Vik Muniz. Desde que a ouvi, tenho tentado não esquecê-la, mas permitir que o incômodo que ela me provoca, se reproduza num processo de transformação interior frente ao que há dentro dela, segundo o meu ponto de vista. É engraçado que nós sabemos que nos é impossível uma vida plenamente saudável (física, emocional e espiritual) se escolhemos o caminho do isolamento ou como queremos crer, do distanciamento.  À distância vemos uma rosa, não seu espinho;  À distância vemos um rio, não o seu odor; À distância vemos um lixão, não a degradação que o habita; À distância vemos o nosso Congresso Nacional, não o

Ela nos traz Ele

Interessante é, como a todo instante que nos deparamos com a questão Deus e a nossa relação com Ele, a primeira reação é colocá-Lo distante, um ser incomunicável, frio e que assim deseja se manter frente a nós, numa incompreensível relação de autoritarismo, em que ele fala e não entendemos, e tudo bem. Mas, o estado crítico disso tudo, é que a bem da verdade, a verdade não é essa. Ele sente falta de conversar intimamente conosco, do rico diálogo que no Éden, Ele tinha conosco - todos os dias, e por isso, Ele nos deixou Bíblia, para que aquela capacidade de diálogo, perdida no pecado, seja restabelecida.  Ora, Deus não nos quer em apatia e concordância tácita do que nos rodeia. Muito ao contrário, o desejo e sonho dEle é que exerçamos a soberania da inteligência que Ele colocou em nós. E que ou outra maneira há, de se começar esse processo, se não através do questionamento? Sim, é isso mesmo, Deus nos quer semelhantes a crianças: tagarelas, curiosas, que querem saber o porquê

Crianças são livres, adultos escravos

Havia uma vila e na vila mulheres, crianças, homens em reinserção social (e a minha primeira pergunta é sobre o porquê de ter que mencionar isso - reinserção social). Havia casebres, entulhos e lixos. Havia trabalho, reaproveitamo de materiais, arte. Havia sonhos.  Uma criança, sob a liberdade que lhe é peculiar. Admirável característica que aliás, perdemos ao 'adultecermos', sumiu.  Houve corre-corre. Houve "desespero". Houve apreensão. Houve medo. Qual a razão disso tudo?  A criança sumiu e aqui tem vários bandidos. Meu coração ruborizou, não pelo sangue que nele corre, mas de vergonha. Afastei-me. Após cinco minutos de buscas na vila a criança apareceu. Claro, como eu imaginava, estava embrenhada nas casas, livre - como são as crianças, brincando. O fato passou e a reflexão que me faço é: Por quanto tempo ainda insistiremos em carregar a escravidão sobre nós? Por quanto tempo ainda desprezaremos a orientação do mestre quanto a ren

Sobre o Orgulho, sobre a nossa natureza

"O orgulho leva a pessoas à destruição, e a vaidade faz cair na desgraça" (Provérbios 16.18 - Bíblia) ---------------------------- Eu sempre fiz questão de guardar esse texto bem vivo na minha memória para não ser o caso de testemunhá-lo na minha trajetória. Aliado a ele, guardo também, a busca por compreender o que Paulo compartilha com os irmãos da Galácia, na carta dirigida a eles, capítulo 6, verso 7 e 8 - "...Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é isso que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colherá a morte. Porém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vida eterna". Confesso que, quanto ao primeiro texto, muitas vezes o compreendi no contexto de puro e simples terrorismo, medo de consequência, numa visão bem focada no remorso de más ações. Já no segundo, ainda hoje, procuro sempre me policiar para que o sentimento que o traga à minha memória , seja maior que o

Embora eu queira, não posso mentir

Embora eu queira, não posso mentir Há dias em que a única verdadeira vontade é desistir Há frio no coração Há pensamentos de ações em vão E o calor que resta É somente o da lágrima Escorrendo em outra decepção Há o medo de ter ganância Há a culpa de ter sentido medo Há a ganância por tudo querer Há a certeza de nada possuir Por querer não discerniu Por querer não viu quando ruiu Por querer não percebeu o vil E se feriu Só resta ser? Para quê? Aquecer o corpo e outra lágrima receber? Então, eu poderia mentir E ocupar-me em sentir Que o coração é quente  Que a ganância é farsa Que o medo não existe Que a culpa passou Mas, não Embora eu queira, eu não posso mentir

Do Marrom ao Azul

Inspirado em: Atrás de uma borboleta azul, Marina Silva -------------------------------------------------------------------------------- Há dias de estruturas complexas Há dias de enfadonhos pensamentos E eles escurecem a alma E há vezes que até turvam o espírito Mas há um facho de luz ao longe, à minha vista Que se aproxima, entretanto, a uma enorme velocidade E posto sobre a alma escura e o turvo espírito Revela-se o milagre da esperança e da verdade

Subversivo e Constrangedor Amor

Sim, o amor é subversivo E o amor é constrangedor E ante o amor, não resistem o ego, a injustiça como prática intocável, não denunciável e não percebida em suas razões e consequências.  E ante o amor, desnudam-se os homens e sucumbem os nossos deuses interiores E ante o amor resgatamos a compreensão da nossa humanidade, imperfeição e necessidade de mútua sujeição  Para que o amor opere em nós, através de nós e apesar de nós E ante o amor a imperfeição descontinua e nua se veste de virtudes para que se manifeste o Perfeito E assim, o amor subverte o sistema E assim, o amor constrange a todo o homem Ele é chama que ateia fogo à ordem estabelecida Ele é a força que põem em desordem a acomodação Ele é a contradição à maioria Ele é o Eterno compartilhado em nós, meio de nós e através de nós

Há dias que parecem noites

Há dias que parecem noites Quando as nuvens negras lá ao longe Se personificam em braços que nos envolvem e maõs que nos apalpam Bem aqui perto e dentro de nós E elas parecem se transformar no nosso teto Cobrem a nossa mente e nos impedem de ver o sol Tão densas, imensas, intensas E elas se transformam, assim, de repente, em tempestades Avassaladoras, imprevisíveis, incontíveis  Feras indomadas e perturbadoras Não há raios de sol, ou sequer fachos de luz Só há trevas e medo Há culpa e solidão, apesar da multidão Há paralisia ou movimentos vãos, sem destinos, sem caminhos, sem razão Há dias que parecem noites Intermináveis De sufocantes pesadelos É quando a alma é acorrentada ao passado É quando a alma tem os olhos perfurados E a dor a impede de esperançar o futuro É quando a alma se perde na nuvem da sua longa escuridão Mas, mesmo nos dias que parecem noites É preciso recobrar à alma a c

E se ...

... E se não fosse a ganância, a culpa e o medo? Ah! Se não fosse a alma acorrentada! ... e se não fosse um espírito emudecido pelo coração? Ah! Se não fosse a decisão perdida na escuridão! Seria outro caminho ou haveria apenas prostração? Haveria liberdade ou a mais profunda desilusão? Seria um ato de coragem ou loucura e precipitação? Teria a alma lavada ou presa à própria contradição? Haveria trevas ou luz dissipando a escuridão? ... E se não fosse a ganância, a culpa e o medo? Como seria, então?

Quando os sonhos revisitarem a sua alma

E quando os sonhos revisitarem a sua alma, Não tenha pressa. Não tenha medo. Não tenha sombra, nem desespero. Abra a porta. Sorria. Abrace-os. Desnude-se. Acalente-os. Deixe os sonhos revistarem a sua alma. Deixe-os, outra vez serem a força da sua fé na vida. Deixe-os, reproduzirem-se em sons tão vibrantes que inquietarão o seu espírito e o impulsionarão a sair do lugar comum, do beco do sou só um para praça da coletividade em que reinam as frondosas e frutíferas árvores do nós por todos nós, multiplicando-se em esperança e novos sonhos. E quando os sonhos revisitarem a sua alma... Não tenha pressa. Não tenha medo. Não tenha sombra, nem desespero. Abra a porta. Sorria. Abrace-os. Desnude-se. Acalente-os.

O Amor se manifesta através da renúncia

Bom, eu entendo o amor como renúncia e é sobre isso que quero falar hoje. Na verdade, quero apenas compartilhar um pouco do que falei na comunidade cristã em que congrego, no domingo dia 24 de novembro. O que é o amor? Se renúncia é abrir mão de algo seu em prol do outro, vamos perceber ao longo de toda a trajetória humana, Deus agindo assim: Renúncia, por amor. Então, se renúncia é a manifestação do amor, penso que o primeiro ato de amor de Deus, se deu na criação (Gn. 1:1-3) e percebo o segundo ato de amor quando nos dar a conhecer a redenção (Gn. 3). E ele prossegue assim, geração após geração, renunciando por amor a nós, até que no Salmo 14, verso 2, encontramos um dos mais trágicos diagnósticos da condição humana, e embora com o coração decepcionado (se é que podemos atribuir a Deus os nossos sentimentos), o Pai fala outra vez de restauração, o que se concretiza na pessoa de Cristo. Então, quando olho Cristo, vejo Deus renunciando a melhor parte de si por nós. N

45 LIÇÕES ESCRITAS POR UMA SENHORA DE 90 ANOS

Um amigo compartilhou no facebook e achei sensacional. resolvi compartilhar aqui. 1. A vida é boa. 2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo. 3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém. 4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato. 5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês. 6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar. 7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho. 8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta. 9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário. 10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão. 11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente. 12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar. 13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles. 14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não

Nos Dias da Minha Infância

Nos dias da minha infância eu aprendi que orar é falar com Deus e que, não necessariamente, isso acontece de joelhos dobrados e olhados fechados, muito ao contrário, é na vida diária em resposta à voz dEle. Pois, essencialmente, nos dias da minha infância, eu aprendi que sobre todas as coisas, eu deveria prestar atenção à voz dEle e apenas responder "fala, Senhor, porque a Tua serva ouve". Eu era livre, nos dias da minha infância, e  por isso eu não tinha vergonha de dizer que falava, ouvia e obedecia a um Deus que só eu e quem vivia dias de infância, via. Então, eu cresci e desaprendi e não via mais a Deus porque eu não o ouvia, e se o ouvia, também não respondia da maneira que devia.  Agora, eu adulta, não me preocupava mais com a voz de Deus, queria enxergá-Lo haver nas suas mãos para mim. Eu não queria mais responder à voz. Eu só queria o que as suas mãos pudermos dar a nós. Eu me perdi. Nas coisas, eu me perdi. Nos desejos, eu me perdi. No tempo, eu

As Cartas da Minha Vida

Eu gosto da letra, das palavras, das frases, dos textos, suas formas e significados. As palavras sempre foram um paradoxo para mim, em que consigo ver mistérios e nestes mesmos, nítidas revelações, que de outro modo não seriam percebidas.  Eu amo tanto as palavras e os seus significados, que sim, talvez um dia eu consiga escrever um livro. E porque eu amo tanto assim, as palavras? Não sei ao certo, mas suspeito que tenha a ver com o fato de que desde muito pequena, essa era a melhor expressão de mim. Eu era muito tímida (porque hoje sou apenas tímida) rs e ainda muito menina, eu vivia conflitos muito intensos, dos quais eu não podia ou tinha com quem falar e ai, sobraram-me o papel, a caneta, as palavras e, então, eu escrevia muitas cartas. Lembro-me que no começo dos anos 90, morávamos em uma cidadezinha no interior do Maranhão, chamada Alto Alegre e havia, na frente dessa casa um jardim e uma planta trepadeira que não me lembro o nome, mas ela formava uma copa tão grande q

Há de se cuidar da amizade e do amor

A amizade e o amor constituem as relações maiores e mais realizadores que o ser humano, homem e mulher, pode  experimentar e desfrutar. Mesmo o místico mais ardente só consegue uma fusão com a divindade através do caminho do amor. No dizer de São João da Cruz, trata-se da experiência da “a amada(a alma) no Amado transformada”. Há vasta literatura sobre estas duas experiências de base. Aqui restringimo-nos ao mínimo. A amizade é aquela relação que nasce de uma ignota afinidade, de uma simpatia de todo inexplicável, de uma proximidade afetuosa para com a outra pessoa. Entre os amigos e amigas se cria uma como que comunidade de destino. A amizade vive do desinteresse, da confiança e da lealdade. A amizade possui raízes tão profundas que, mesmo passados muitos anos, ao reencontrarem-se os amigos e amigas, os tempos se anulam e se reatam os laços e até  se recordam da última conversa havida há muito tempo. Cuidar da amizade é preocupar-se com a vida, as penas e as alegrias do ami